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Família monoparental feminina: a experiência materna e o desenvolvimento do self infantil (2015)

  • Autores:
  • Autor USP: DEZAN, STÉFANI ZANOVELLO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Assuntos: MÃES; RELAÇÕES MÃE-CRIANÇA; PSICOLOGIA DA CRIANÇA; PSICANÁLISE
  • Idioma: Português
  • Resumo: Considerando a relevância da família no desenvolvimento do Self infantil e o aumento significativo da configuração familiar monoparental feminina, este trabalho teve como objetivo possibilitar uma compreensão integrada da relação entre a experiência materna e o desenvolvimento do Self das crianças, na ausência do cônjuge. A presente pesquisa fundamentou-se no método qualitativo de investigação, com um enfoque psicanalítico. Participaram do estudo quatro mães, com idade entre 30 e 40 anos e seus respectivos filhos únicos, dois meninos e duas meninas, com idade entre 7 e 10 anos. Duas mulheres eram divorciadas, uma separada e outra viúva Foi realizada uma entrevista com a mãe, utilizando como mediador da comunicação o quadro "Mae e Filho" de Gustav Klimt, os dados foram apresentados na forma de Narrativa Psicanalitica e analisados de modo interpretativo, com base na livre inspeção do material. Foi realizado um encontro com a criança para aplicação do Procedimento de Desenhos de Família com Estórias, com posterior análise interpretativa de cada unidade de produção. Na sequência, foram realizadas uma síntese interpretativa de cada díade, uma síntese das análises das narrativas das mães, uma síntese das análises pertinentes às produções do DF-E das crianças e uma síntese das díades. As famílias apresentaram-se em suas particularidades, de acordo com o momento e o contexto em que se inseriam. A primeira família trouxe a separação recente do casal como questão central, permeando a dinâmica mãe-filha que ganhou faces mais simbióticas. A segunda teve a particularidade de pertencer a um nível socioeconômico menos favorecido, o que acarretou uma série de dificuldades no âmbito da sustentação básica da dupla. A terceira se apresentou a partir do prisma do suicídio do marido, que agregou à dupla mãe-filho um impasse na elaboração desse luto. A quarta se encontrava a mais tempona monoparentalidade e passava por um momento de transição - a reconstituição da vida familiar a três, trazendo, como centrais, os temas de adoção e laços afetivos para além da consanguinidade. Em comum, todas as mães apresentaram dificuldades de manejo concreto e afetivo do filho; conflitos em desempenhar seus papéis de mãe e de mulher; mistura e inversão dos papéis mãe-criança, em que a mãe, mais regredida e adoecida por conta da ruptura do casal, não conseguia assumir suas funções; estigma social por serem mães solteiras. As crianças apresentaram-se mais inteiras na relação da díade, responsabilizando-se por oferecer holding às mães, ajudando-as a se reconstituirem em sua continuidade de ser; revelaram a segurança da figura e da função paterna já internalizadas; e mostraram absorver as descontinuidades da vida por apresentarem um self já mais amadurecido. As díades revelaram possuir pontos frágeis, que as colocavam em contata com seus limites e dificuldades, mas mostraram-se num processo de elaboração das perdas e superacão dos conflitos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.06.2015

  • Como citar
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    • ABNT

      DEZAN, Stéfani Zanovello. Família monoparental feminina: a experiência materna e o desenvolvimento do self infantil. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Dezan, S. Z. (2015). Família monoparental feminina: a experiência materna e o desenvolvimento do self infantil (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Dezan SZ. Família monoparental feminina: a experiência materna e o desenvolvimento do self infantil. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Dezan SZ. Família monoparental feminina: a experiência materna e o desenvolvimento do self infantil. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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