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O retalho miocutâneo de peitoral maior nas reconstruções de cabeça e pescoço: aspectos anatômicos e clínicos (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: PINTO, FÁBIO ROBERTO - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCG
  • Subjects: PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS RECONSTRUTIVOS (MÉTODOS); ANATOMIA; AVALIAÇÃO DE RESULTADOS (CUIDADOS DE SAÚDE); COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
  • Language: Português
  • Abstract: O retalho miocutâneo de peitoral maior continua sendo uma ferramenta importante do cirurgião de cabeça e pescoço, principalmente em países como o Brasil, onde as técnicas microcirúrgicas não estão disponíveis em todos os serviços ou não são aplicáveis a muitos de nossos doentes, devido ao seu baixo performance status. Desta forma, pesquisas que visam melhorar os resultados das reconstruções com esse retalho são fundamentais, seja pela identificação de dados anatômicos importantes para aprimorar a técnica cirúrgica, seja pela determinação de fatores de risco ou associados às complicações, de forma a minimizar possíveis maus resultados. O objetivo deste texto sistematizado é, através da exposição de oito artigos do autor e seus colaboradores, que refletem 15 anos de experiência na utilização do retalho miocutâneo de peitoral maior em reconstruções da cabeça e pescoço, pontuar achados anatômicos e clínicos que podem contribuir para a formação de novos especialistas e melhorar os resultados daqueles que utilizam tal retalho em sua prática clínica. Para tanto, inicia-se a introdução deste texto sistematizado expondo detalhes anatômicos e técnicos importantes, segundo a visão do autor, sobre a confecção do retalho. Nos três trabalhos anatômicos em cadáver foi possível determinar uma equação matemática que pode predizer o comprimento do pedículo de um retalho miocutâneo de peitoral maior com ilha de pele quadrangular, medindo oito por seis centímetros, localizado na porção esternocostal do músculo, medialmente ao mamilo, com sua borda inferior sobre o 6º espaço intercostal. Tal achado pode determinar, indiretamente, o arco de rotação do retalho,sendo, portanto, útil na prática clínica. Determinou-se também nesses estudos que a origem do pedículo do retalho, o ramo peitoral da artéria toracoacromial, localiza-se, na maioria das vezes, dois centímetros medialmente ou lateralmente à linha medioclavicular. Do lado esquerdo pode haver um posicionamento mais lateral da origem do pedículo do retalho em alguns casos, situando-se mais que dois centímetros lateralmente à linha medioclavicular (pedículo tipo C). Nesses casos, a rotação subclavicular perde alcance em relação à rotação supraclavicular, pelo trajeto que este pedículo mais lateralizado necessita fazer para ser transposto sob a clavícula no ponto medioclavicular. Sugere-se ainda nesses estudos que a rotação supraclavicular deve ser a via de rotação de escolha dos cirurgiões para a transposição do retalho miocutâneo de peitoral maior, uma vez que a rotação subclavicular não confere ganho de alcance do retalho para a região cérvico-facial em comparação com a rotação supraclavicular. Quanto aos estudos clínicos, demonstrou-se que os fatores associados a complicações graves e falhas na reconstrução de cabeça e pescoço com o retalho miocutâneo de peitoral maior são, principalmente, a hipofaringe como área a ser reconstruída e tratamentos prévios realizados na região cérvico-facial. Valores de albumina sérica menores que 3,4 g/dL e idade mais avançada (> 53 anos) também aparecem associados a complicações maiores, sendo a que associação da variável idade ocorreu apenas no subgrupo de pacientes previamente tratados. Estudando-se apenas as reconstruções de mucosa com esse retalho, o autor deste texto sistematizado e seus colaboradores concluíram que as reconstruções da hipofaringe, níveis de albumina inferiores a 3,4 g/dL e níveis de hemoglobinainferiores a 13 g/dL são fatores de risco independentes para o desenvolvimento de fístula orocutânea e orofaringocutânea. O último artigo apresentado discorre sobre as alterações histológicas que ocorrem na porção cutânea de retalhos miocutâneos de peitoral maior utilizados para reconstruções de boca e faringe. É demonstrado que a pele desses retalhos sofre uma metaplasia em direção à estrutura histológica da mucosa do trato aéreo-digestório superior (perda ou redução da camada córnea do epitélio e dos anexos cutâneos), tornando-se mais adaptada às funções do órgão reconstruído. Assim, esclarece-se qualquer dúvida porventura existente sobre a superioridade funcional dos retalhos miocutâneos sobre os retalhos miofasciais. Nas considerações finais o autor traz perspectivas de novas pesquisas envolvendo o retalho miocutâneo de peitoral maior, a fim de melhorar a qualidade das reconstruções e incrementar a formação de novos especialistas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.06.2015

  • How to cite
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    • ABNT

      PINTO, Fabio Roberto. O retalho miocutâneo de peitoral maior nas reconstruções de cabeça e pescoço: aspectos anatômicos e clínicos. 2015. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. . Acesso em: 11 maio 2024.
    • APA

      Pinto, F. R. (2015). O retalho miocutâneo de peitoral maior nas reconstruções de cabeça e pescoço: aspectos anatômicos e clínicos (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Pinto FR. O retalho miocutâneo de peitoral maior nas reconstruções de cabeça e pescoço: aspectos anatômicos e clínicos. 2015 ;[citado 2024 maio 11 ]
    • Vancouver

      Pinto FR. O retalho miocutâneo de peitoral maior nas reconstruções de cabeça e pescoço: aspectos anatômicos e clínicos. 2015 ;[citado 2024 maio 11 ]


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