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(Re)internação de idosos em um hospital privado: vulnerabilidades, fragilidades e enfrentamentos (2015)

  • Autores:
  • Autor USP: FRANCISCO, CÉLIA MARIA - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENS
  • Assuntos: IDOSOS; VULNERABILIDADE; ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE; ENFERMAGEM
  • Palavras-chave do autor: Elderly; Primary Attention to Health; Vulnerabilities
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução: As (re) internações entre idosos vem aumentando no decorrer dos últimos anos, principalmente entre aqueles em idade mais avançada que levam a alta demanda da atenção terciária. Conhecer as vulnerabilidades, as fragilidades e os diagnósticos que os idosos estão sujeitos, balizados pela lista brasileira de internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP), podem orientar mudanças no cenário do cuidado. Objetivo: Analisar as vulnerabilidades, as fragilidades e o enfrentamento da doença em idosos internados num hospital privado. Método: Pesquisa prospectiva, quantitativa e qualitativa, realizada na Clínica Médica de um Hospital Privado do Município de São Paulo, entre fevereiro à dezembro de 2014. A coleta de dados foi desenvolvida em duas etapas, a primeira através de um questionário e a aplicação da Escala de Avaliação de Fragilidade de Fabricio-Wehbe, em pacientes clínicos idosos (acima de 60 anos) por amostra de conveniência, a segunda, realizada por amostra intencional, selecionados dentre os participantes da primeira etapa e com diagnóstico de ICSAP, por entrevista no domicílio, a partir de agendamentos por telefone, após a alta. Atendendo a Resolução 466/12, o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP e da Instituição Privada e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram utilizados o teste ANOVA e o teste exato de Fisher (significativo para p 0,05), para os dados quantitativos e análise qualitativa, realizada através do programa Alceste.Resultados: Participaram do estudo 60 idosos e, destes, 12 participaram da segunda fase. Dos 60 idosos, 65% eram mulheres, 48% tinham 80 anos ou mais, 88.3% eram brasileiros, 90% da raça branca, 68.3% católicos, 85.7% dos homens eram casados e 51.3% mulheres viúvas e 75.4% aposentados. Os diagnósticos mais freqüentes foram a pneumonia e infecção do trato urinário, correspondendo respectivamente a 21.7% e 18.3%. Somente as mulheres apresentaram infecção do trato urinário. Das comorbidades, destaca-se a hipertensão entre as mulheres 51.3% e a diabetes nos homens 34.8%. A perda urinária foi referida por 43.3%, sendo mais freqüente entre as mulheres (46,2%). Dos idosos, 41.7% não apresentavam fragilidades, 16.7% eram aparentemente vulneráveis, 23.3% possuíam fragilidade leve, 11.7% moderada e 6.7% severa. O teste de Fisher evidenciou uma marginal (0,051) da fragilidade com a idade, onde a forma leve e moderada predominou na idade avançada e a severa atingiu o grupo de 70 anos. Quanto as atividades preventivas, os homens (61.9%) freqüentaram as consultas mais vezes ao ano. Verificou-se que 95% dos idosos referiram ter sempre suporte social. Apesar de possuírem convênio de saúde, 61.7% utilizavam o SUS para algum tipo de serviço, ocorrendo em 64.1% das mulheres e em 57.1% dos homens. As internações por ICSAP (58.3%) foram mais freqüente entre as mulheres (69.2%), aumentando com a idade em ambos os sexos.As ICSAP são as internações que poderiam ser evitadas por ações da atenção primária e, os testes aplicados, mostraram que estão estatisticamente associadas à idade (0,017). Ao buscar conhecer as vulnerabilidades dos idosos, evidenciaram-se três categorias: na individual, as falas expressaram os enfrentamentos da doença e, as limitações que comprometem a vida diária e a existência de apoio familiar, apesar das relações sociais estarem comprometidas entre os mais dependentes; no social, o apoio econômico possibilitou o acesso e segurança no tratamento; e por fim no programático, verificou-se a facilidade de acesso, um itinerário terapêutico resolutivo, no entanto alguns se utilizaram de liminar judicial para ter o direito ao atendimento nos serviços de saúde. Conclusão: O fato de mais da metade dos idosos internarem por ICSAP, mostrou a importância de investimentos na prevenção e controle de doenças na atenção primária, especialmente pelo perfil leve e moderado de fragilidades na idade avançada. A área individual é onde os idosos apresentam maior vulnerabilidade, principalmente quanto ao enfrentamento da doença. Enfim, esta população de idosos, mostrou-se privilegiada e de baixa vulnerabilidade
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.04.2015
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    • ABNT

      FRANCISCO, Célia Maria. (Re)internação de idosos em um hospital privado: vulnerabilidades, fragilidades e enfrentamentos. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-29062015-142814/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Francisco, C. M. (2015). (Re)internação de idosos em um hospital privado: vulnerabilidades, fragilidades e enfrentamentos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-29062015-142814/
    • NLM

      Francisco CM. (Re)internação de idosos em um hospital privado: vulnerabilidades, fragilidades e enfrentamentos [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-29062015-142814/
    • Vancouver

      Francisco CM. (Re)internação de idosos em um hospital privado: vulnerabilidades, fragilidades e enfrentamentos [Internet]. 2015 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-29062015-142814/


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