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Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: TONIOLO, ALEXANDRA DO ROSARIO - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENC
  • Subjects: HEMODIÁLISE; DESINFECÇÃO; ESTERILIZAÇÃO; ENFERMAGEM
  • Keywords: Diálise renal; Unidades hospitalares de hemodiálise; Renal dialysis; Hemodialysis units; Disinfection; Sterilization
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A hemodiálise é um procedimento invasivo, para pacientes em falência renal onde se realiza a filtração do sangue continuamente, utilizando-se circulação extracorpórea em um filtro hemodialisador. No Brasil, a prática do reuso de hemodialisadores atinge quase 100% nos serviços de diálise. Uma das justificativas para o reuso são os limitados recursos para a assistência à saúde. No entanto, esta prática, causa questionamentos relacionados à segurança. Erros técnicos no reprocessamento, qualidade da água e alteração da integridade da membrana do hemodiliasador podem afetar a qualidade do processamento expondo os pacientes ao risco de bacteriemia e sepse. Objetivo: Avaliar a contaminação microbiana dos hemodialisadores após o número máximo de reusos permitidos, comparando os resultados conforme tipo de processamento: manual e automatizado. Método: Esta pesquisa caracterizou-se como estudo de campo, transversal, de caráter exploratório comparativo em dois serviços de diálise. A composição da amostra foi por conveniência conforme a disponibilidade destas, pelas instituições doadoras, sendo os grupos experimentais compostos por 11 hemodialisadores processados pelo método automatizado e quatro hemodialisadores processados manualmente. As amostras foram coletadas após o processamento obedecendo ao número máximo de reusos permitidos pela RDC ANVISA nº 11/2014, sendo 12 reusos para processamento manual e 20 reusos para processamento automatizado. Em Cabine de Proteção Biológica a solução salina e dialisadora foram drenadas dos compartimentos de sangue e dialisato, respectivamente, e injetados 150 mL de meio de cultura Tioglicolato de Sódio Fluido em cada compartimento. As amostras foram incubadas em estufa microbiológica por 14 dias, a temperatura de 35 ºC ±2ºC.Após esse período alíquotas do meio de cultura foram semeadas em meios de ágar sangue, anaerinsol e sabouraud, capazes de recuperar a maioria dos microrganismos aeróbios, anaeróbios, bolores e leveduras. As placas foram incubadas por 48 horas a 35 ºC ±2ºC, e procedida a identificação de gênero dos micorganismos. Realizados controles positivos com hemodialisadores contaminados intencionalmente e controles negativos, com novos esterilizados. Resultados: Das amostras submetidas ao processamento automatizado três amostras (3/11-27,3%) apresentaram crescimento microbiano no compartimento de sangue, sendo identificados dois diferentes microrganismos: de Sphingomonas paucimobilis (66,67%) e de Penicillium sp. (33,33%). Todas as amostras 11/11 (100%) apresentaram crescimento microbiano no compartimento de dialisato, sendo identificados 5 diferentes microrganismos: Sphingomonas paucimobilis (43,75%), Strenotrophomonas maltophilia (25%), Pseudomonas aeruginosa (18,75%), Acinectobacter baumannii (6,25%) e Candida sp (6,25%). Dos quatro hemodialisadores submetidos ao processamento manual, uma amostra (25%) apresentou crescimento de bacilo Gram-positivo no compartimento de sangue e uma amostra (25%) apresentou crescimento no compartimento do dialisato contaminados por três microrganismos distintos: de Bacillus sp, Rhizobium radiobacter, Burkholderia sp. Comparando os resultados da contaminação microbiana segundo os dois métodos de processamento analisados não houve diferença estatisticamente significante (p=1) para o compartimento de sangue. Para o compartimento do dialisato o método automatizado apresentou maior número amostras positivas em relação ao manual (p=0,008791). Conclusão: Os resultados demonstraram que o reuso dos hemodialisadores não é uma prática recomendada, podendo causar bacteriemia e sepse em pacientes em tratamento hemodialítico.Ressalta-se que a pesquisa foi conduzida no pior cenário após o número máximo de reusos permitidos sem determinar em qual número de reusos a contaminação aconteceu.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.12.2014
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      TONIOLO, Alexandra do Rosario. Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17042015-113752/. Acesso em: 26 set. 2024.
    • APA

      Toniolo, A. do R. (2014). Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17042015-113752/
    • NLM

      Toniolo A do R. Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos [Internet]. 2014 ;[citado 2024 set. 26 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17042015-113752/
    • Vancouver

      Toniolo A do R. Contaminação microbiana de hemodialisadores processados pelo método automatizado e manual após o número máximo de reusos [Internet]. 2014 ;[citado 2024 set. 26 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17042015-113752/

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