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A exclusão do sujeito no autismo e na psicose pelo discurso científico: a instalação do laço social no Lugar de Vida Terapêutico (2014)

  • Autores:
  • Autor USP: SANTOS, VERÔNICA LOPES DOS - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Assuntos: DISCURSO; SUJEITO; ANÁLISE DO DISCURSO; PSICANÁLISE; AUTISMO; TRANSTORNOS PSICÓTICOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: Os discursos sobre a "loucura" foram produzidos ao longo dos séculos através do discurso religioso e do discurso jurídico culminando no discurso científico. No discurso científico o "louco" é identificado como "doente mental" isso ocorreu na passagem da Antiguidade para modernidade se estendendo até os dias atuais. O que foi nomeado "loucura" na Antiguidade sofre um deslocamento para "doença mental" na modernidade. Tal passagem é feita com o auxílio do discurso científico, que tenta objetificar os sujeitos ao propor uma prática que os exclui, e, para tanto, lança mão de classificações diagnosticas. Os diagnósticos servem como uma marca do sujeito na sociedade, levando muitas práticas discursivas a se relacionarem mais com esta marca do que com o sujeito. Nesta pesquisa, visamos o tratamento de crianças autistas e psicóticas em uma Oficina Mix, que conta com encontro de crianças de diferentes diagnósticos estruturais, mas que enfatiza o laço social e a diferença. A estrutura “furada” desta oficina contribuiu para que as crianças fossem interpeladas no lugar de crianças, e assim produzissem atividades próprias da infância, como a brincadeira e as narrativas orais. A estrutura "furada" relaciona-se com as conceituações teóricas da análise do discurso pêcheutiana e da psicanálise lacaniana sobre o discurso e a estrutura. Observamos que enquanto o discurso científico apaga o sujeito; e obtura a verdade com um saber (o diagnóstico médico, por exemplo), a oficina Mix mantém o caráter semidito da verdade, não se preocupa em apagar o sujeito com um saber ou um conhecimento científico, esvaziando as crianças de rótulos taxionômicos, possibilitando a emergência da subjetividade sem apagar as diferenças. Assim, esses sujeitos podem estar no laço Social da maneira que lhes é possível, conservando as diferenças, ao invés de abafá-las como quer o discurso científico. Desse modo o sujeito, como efeito do discurso,pode aparecer, e o sujeito autista ou psicótico pode reinventar de algum modo sua relação com o Outro, e estar no laço social de uma forma que lhe é própria sem, no entanto, ser banido ou poupado de suas consequências
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.06.2014

  • Como citar
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    • ABNT

      SANTOS, Verônica Lopes dos. A exclusão do sujeito no autismo e na psicose pelo discurso científico: a instalação do laço social no Lugar de Vida Terapêutico. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Santos, V. L. dos. (2014). A exclusão do sujeito no autismo e na psicose pelo discurso científico: a instalação do laço social no Lugar de Vida Terapêutico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Santos VL dos. A exclusão do sujeito no autismo e na psicose pelo discurso científico: a instalação do laço social no Lugar de Vida Terapêutico. 2014 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Santos VL dos. A exclusão do sujeito no autismo e na psicose pelo discurso científico: a instalação do laço social no Lugar de Vida Terapêutico. 2014 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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