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Identificação de proteínas ancoradas por GPI (Glicosilfosfatidilinositol) nos fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: GONÇALES, RELBER AGUIAR - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS; PARACOCCIDIOIDES; PROTEÍNAS (IDENTIFICAÇÃO)
  • Language: Português
  • Abstract: Fungos do género Paracoccidioides são patogênicos, termodimórficos e agentes etiológicos da Paracoccidioidomicose (PCM), a principal micose da América Latina. Cepas de P. brasiliensis Pb01, atualmente denominado Paracoccidioides lutzii são endémicas da região Centro-Oeste do Brasil e susceptíveis ao tratamento com trimetoprima-sulfametoxazol quando comparadas a cepas de P. brasiliensis (Pb03 e Pb18) encontradas principalmente na região Sudeste e Norte do país. Os testes sorológicos são o principal método diagnóstico para a PCM, mas não diferenciam pacientes infectados com P. brasiliensis ou P. lutzii e podem apresentar reatividade em soros de pacientes infectados com outras doenças fúngicas. Proteínas ancoradas por GPI (glicosilfosfatidilinositol) são um dos principais componentes da parede celular de fungos e interagem com o organismo humano de diferentes maneiras, tais como adesão e indução do sistema imunológico. Neste trabalho identificamos ORFs (fases abertas de leitura) candidatas a proteínas ancoradas por GPI (proteínas-GPI) em P. brasiliensis e P. lutzii a partir da análise in silico de seus genomas, e investigamos a utilização de quatro destas proteínas em testes sorológicos que possam ser empregados no diagnóstico da PCM. Neste trabalho foram analisadas 8.741 ORFs de P. brasiliensis e 9.132 ORFs de P. lutzii utilizando-se cinco diferentes estratégias de predição de proteínas-GPI. Os resultados obtidos identificaram 94 ORFs em P. brasiliensis e 92 ORFs em P. lutzii candidatas ao ancoramento por GPI. Os respectivos homólogos foram identificados nas espécies de Paracoccidioides e outros fungos. Aproximadamente 87 % das ORFs identificadas em cada espécie são conservadas entre os membros da classe Eurotiomiceta. Neste conjunto de ORFs candidatas a proteínas-GPI, 47 ORFs de P. brasiliensis e 45 ORFs de P. lutzii podem ser agrupadas em 5 diferentes classes de proteínasGPI (glicosil hidrolases, proteínas de processamento de carboidratos, biogênese da parede celular, hidrofobinas e superóxido dismutases) e 47 ORFs em P. brasiliensis e P. lutzii não possuem função conhecida, mas são conservadas em outros organismos. O processo de identificação de proteínas-GPI em P. brasiliensis e P. lutzii revelou discrepâncias da predição da estrutura éxon/intron de grande número de ORFs em ambas espécies. Um total de 1.219 ORFs de P. brasiliensis (13,95 % do total de ORFs) e 1.235 ORFs de P. lutzii (13,52 % do total de ORFs) tiveram suas estruturas éxon/intron comparadas com seus homólogos em Paracoccidioides e outras 17 espécies de fungos com genomas disponíveis em bancos públicos. Esta comparação revelou que 36,8 % das ORFs analisadas de P. brasiliensis e 37,5 % das ORFs de P. lutzii apresentaram incompatibilidade das suas estruturas éxon/intron com seus homólogos. A reanotação manual destas ORFs resultou em 281 ORFs reanotadas em P. brasiliensis e 312 ORFs em P. lutzii que passaram a ser compatíveis com seus homólogos em Paracoccidioides e demais fungos analisados. A partir da identificação das potenciais proteínas-GPI, quatro ORFs foram expressas em Saccharomyces cerevisae e analisadas quanto a sua reatividade contra soros de pacientes infectados com P. brasiliensis e outras doenças fúngicas através de Western blot e ELISA. A proteína recombinante codificada pela ORF PADG_02842 (denominada rPADG_02842) apresentou reatividade especifica em pacientes com PCM e nenhuma reatividade contra soros de pacientes com outras infecções fúngicas, sendo urna candidata potencial para a utilização em testes sorológicos para diagnóstico da PCM
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.04.2014

  • How to cite
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    • ABNT

      GONÇALES, Relber Aguiar. Identificação de proteínas ancoradas por GPI (Glicosilfosfatidilinositol) nos fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Gonçales, R. A. (2014). Identificação de proteínas ancoradas por GPI (Glicosilfosfatidilinositol) nos fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Gonçales RA. Identificação de proteínas ancoradas por GPI (Glicosilfosfatidilinositol) nos fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii. 2014 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Gonçales RA. Identificação de proteínas ancoradas por GPI (Glicosilfosfatidilinositol) nos fungos Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii. 2014 ;[citado 2024 abr. 18 ]


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