Desigualdades sociais e a mortalidade por Aids em Campinas (2014)
- Autores:
- Autor USP: BERNARDI, CLÁUDIA BARROS - FSP
- Unidade: FSP
- Sigla do Departamento: HEP
- DOI: 10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410
- Assuntos: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (MORTALIDADE); FATORES SOCIOECONÔMICOS; CLASSES SOCIAIS; TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DE ALTA ATIVIDADE (EFEITOS); MORTALIDADE; DESIGUALDADES EM SAÚDE
- Palavras-chave do autor: Aids; Mortalidade; Status Socioeconômico; TARV
- Idioma: Português
- Resumo: Introdução: A partir da segunda metade da década de noventa, a oferta de tratamento com a Terapia Antiretroviral de Alta Potência contribuiu para a redução da mortalidade de pessoas vivendo com aids nos locais com acesso universal a medicação. Porém, a introdução de procedimentos efetivos tem sido apontada como associada a desigualdades em saúde, quando fatores sociais dificultam o acesso e a aderência ao tratamento. Objetivo: Descrever a evolução temporal da mortalidade nos bairros de Campinas, verificando se houve declínio após a disponibilização da terapêutica antirretroviral de alta potência em 1997 e se este declínio foi homogêneo entre três agregados de áreas da cidade, ou se foi de algum modo associada com a condição socioeconômica das mesmas. Métodos: Foram avaliadas as taxas de mortalidade por aids em bairros de Campinas, São Paulo, de 1996 a 2012, a fim de testar sua associação com o status socioeconômico da área de residência após o início da oferta universal e sem custo de Terapia Antiretroviral de Alta Potência. Foram calculadas as taxas de mortalidade anuais por aids, ajustadas por sexo e faixa etária, com base em informações oficiais de população e mortalidade. Foi estimada a tendência de declínio da mortalidade por aids, usando o procedimento de auto-regressão de Prais- Winsten para séries temporais. A taxa de declínio anual nos três agregados de bairros da cidade foi comparada segundo índices socioeconômicos estimados para o Índice de Condições de Vida.Resultados: A mortalidade por aids ajustada por sexo e idade em Campinas caiu de 13,6 óbitos/100.000 habitantes em 1996 para 4,6 óbitos /100.000 habitantes em 2012. O decréscimo anual foi de 5,5 por cento (Intervalo de Confiança 95 por cento 3,3 por cento -7,5 por cento). Não foram observadas diferenças significantes de mortalidade (magnitude e taxa de redução) entre as áreas de moradia. Na faixa etária de adultos (20 a 49 anos), houve menor queda da mortalidade no sexo feminino, principalmente na área de pior status socioeconômico. Conclusões: O programa de tratamento para as pessoas com aids foi efetivo para a redução global da mortalidade devida à doença na cidade de Campinas. A redução de mortalidade foi homogênea entre as áreas, o que é compatível com a hipótese de redução das desigualdades em saúde. Porém, a menor redução na mortalidade de mulheres, na faixa etária de adultos, principalmente na região de pior condição socioeconômica, aponta a persistência de desigualdades sociais em saúde.
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- Data da defesa: 27.08.2014
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ABNT
BERNARDI, Cláudia Barros. Desigualdades sociais e a mortalidade por Aids em Campinas. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410. Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Bernardi, C. B. (2014). Desigualdades sociais e a mortalidade por Aids em Campinas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410 -
NLM
Bernardi CB. Desigualdades sociais e a mortalidade por Aids em Campinas [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410 -
Vancouver
Bernardi CB. Desigualdades sociais e a mortalidade por Aids em Campinas [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410
Informações sobre o DOI: 10.11606/D.6.2014.tde-04092014-130410 (Fonte: oaDOI API)
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