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Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: RESENDE, ALINE LáZARA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCM
  • Subjects: MULHERES; PÓS-MENOPAUSA; LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO; NEFRITE
  • Keywords: Bone diseases; Doenças ósseas; Histologia; Histology; Inflamação; Inflammation; Lúpus eritematoso sistêmico; Lupus erythematosus, systemic; Lupus nephritis; Mulheres; Nefrite lúpica; Pré-menopausa; Premenopausal; Vitamin D; Vitamina D; Women
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: O comprometimento ósseo em pacientes portadoras de nefrite lúpica é comum e multifatorial. O objetivo deste trabalho foi estudar a contribuição do componente inflamatório para o comprometimento ósseo destas pacientes. MÉTODOS: Foram estudadas 15 pacientes do sexo feminino (no menacme) com diagnóstico recente (<= 2 meses) de Lupus Eritematoso Sistêmico e Nefrite Lúpica (NL). Foram excluídos pacientes com história/evidência de doença renal ou óssea prévia. A avaliação laboratorial incluiu a dosagem de 25-hidroxivitamina D3 ([25(OH)D] e de citocinas inflamatórias associadas a fisiopatologia do lupus [Interleucina-6, Fator de necrose tumoral α e Monocyte Chemoattractant Protein-1 (MCP-1)]. Além disso, as pacientes foram submetidas a biópsia óssea, com análise histomorfométrica, imunohistoquímica e cultura celular (estudo da proliferação e citometria de fluxo). RESULTADOS: As pacientes lúpicas apresentavam em média 29,5±10 anos, com uma proteinúria de 4,7±2,9 g/dia, e uma taxa de filtração glomerular estimada de 37(31-87) ml/min/1,73m², e estavam em uso de glicocorticóide por 34±12 dias. Todas as pacientes apresentavam níveis insuficientes de vitamina D (9,9±4,4ng/ml, variando de 4 a 20 ng/ml). Os níveis de 25(OH)D se correlacionaram negativamente com os de todas as citocinas inflamatórias estudadas. Os níveis de MCP-1 urinário se correlacionaram negativamente com os de 25(OH)D (r= -0,53, p=0,003) e positivamente com os de deoxipiridinolina (r=0,53, p=0,004). Não observamos diferença significativa entre pacientes e controles na proliferação de osteoblastos medida pela incorporação pela timidina (82,22±8,43 vs 56,06±23,73 contagem por minuto, p=0,21).Os osteoblastos provenientes dos fragmentos ósseos das pacientes lúpicas apresentaram uma maior expressão de MCP-1, medida pela intensidade média de fluorescência (32,0±9,1 vs 22,9±5,3, p=0,01). Quando comparadas a controles, as pacientes portadoras de nefrite lúpica apresentaram valores significativamente inferiores de dois parâmetros de formação óssea (volume e espessura osteoide). Além disso, detectamos também uma redução em dois parâmetros de mineralização óssea (superfície mineralizante e taxa de formação óssea). Por fim, as pacientes lúpicas apresentaram um aumento significativo da reabsorção óssea e da superfície osteoclástica. Com relação a imunohistoquímica, as pacientes lúpicas apresentaram uma menor expressão de osteoprotegerina (0,61±0,82 vs 1,08±0,50, p=0,003) e uma maior expressão do receptor ativador do fator nuclear-?B ligante (RANKL) (1,76±0,92 vs 0,41±0,28, p<0,001) quando comparadas aos controles. CONCLUSÕES: Pacientes com diagnóstico recente de nefrite lúpica, submetidas a um reduzido tempo de exposição e carga cumulativa de corticóide, apresentam um significativo comprometimento ósseo, caracterizado por uma redução da formação e mineralização óssea, associada a um aumento da reabsorção óssea. Os níveis de MCP-1 urinário se correlacionaram negativamente com os de 25-hidroxivitamina D3 e positivamente com os de deoxipiridinolina, sugerindo que fatores inflamatórios possam contribuir para a insuficiência de vitamina D e a reabsorção óssea. A expressão óssea aumentada de RANKL e reduzida de OPG, assim como o aumento da expressão de MCP-1 pelas células ósseas das pacientes lúpicas, reiteram a hipótese de que a inflamação per se possa influenciar a reabsorção óssea observada nestas pacientes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.04.2014
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      RESENDE, Aline Lázara. Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-15082014-142821/. Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Resende, A. L. (2014). Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-15082014-142821/
    • NLM

      Resende AL. Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-15082014-142821/
    • Vancouver

      Resende AL. Doença óssea em pacientes com nefrite lúpica: aspectos inflamatórios [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-15082014-142821/

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