Trespasse horizontal e ressonância da fala após cirurgia ortognática (2012)
- Autores:
- Autores USP: YAMASHITA, RENATA PACIELLO - HRAC ; GENARO, KATIA FLORES - FOB ; FUKUSHIRO, ANA PAULA - FOB
- Unidades: HRAC; FOB
- Assuntos: CIRURGIA ORTOGNÁTICA; VOZ FALADA; FISSURA LÁBIOPALATINA
- Idioma: Português
- Resumo: A cirurgia ortognática com avanço de maxila (CO) pode ocasionar insuficiência velofaríngea em indivíduos com fissura labiopalatina devido ao aumento do espaço velofaríngeo induzido pelo procedimento, sendo a hipernasalidade da fala o sinal mais evidente. Pretendeu-se, assim, verificar a correlação entre desproporção maxilomandibular e ressonância da fala em sujeitos submetidos à CO. Foram avaliados 78 sujeitos com fissura labiopalatina reparada e indicação para CO, com idade entre 16 e 44 anos, de ambos os sexos. Analisou-se o trespasse horizontal (TH, em mm), por meio de paquímetro digital (100.174BL Digimess). A ressonância da fala foi determinada perceptivamente utilizando-se escala de 6 pontos (0=ausência de hipernasalidade e 6=hipernasalidade grave). Os sujeitos foram avaliados 5 dias antes e 5 meses, em média, após a CO. No pré-cirúrgico, 77% dos pacientes não apresentavam hipernasalidade e, 23%, hipernasalidade variando de leve à moderada. O TH variou de -14,63 a 0mm, confirmando a discrepância maxilomandibular. Após a CO, 85% dos pacientes não sofreram alteração na ressonância da fala e, em 15%, o sintoma hipernasalidade passou a ser observado ou agravou-se. O TH pós-cirúrgico variou de -3,88 a +4,56mm. Dentre aqueles que passaram a apresentar hipernasalidade ou agravamento da mesma, a diferença média entre o TH pré e póscirúrgico (THpós - THpré) foi de 6,99mm. Valor médio semelhante (7,16mm) foi obtido no grupo sem alteração de fala, não havendo diferença estatisticamente significante entre os grupos. Frente aos resultados obtidos, há que se considerar que outras variáveis, além do aumento do espaço velofaríngeo provocado pela CO, podem contribuir para a inadequação do mecanismo velofaríngeo. Fatores como extensão e inserção inadequadas da musculatura do véu palatino podem estar envolvidos.Os resultados mostraram que a severidade da discrepância maxilomandibular, bem como a proporção do avanço cirúrgico da maxila não foram fatores decisivos para o desenvolvimento ou agravamento da hipernasalidade.
- Imprenta:
- Editora: Faculdade de Odontologia de Bauru - USP
- Local: Bauru
- Data de publicação: 2012
- Fonte:
- Título do periódico: Resumos
- Nome do evento: Congresso Odontológico de Bauru - COB
-
ABNT
MEDEIROS, M. N. L. et al. Trespasse horizontal e ressonância da fala após cirurgia ortognática. 2012, Anais.. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, 2012. . Acesso em: 28 mar. 2024. -
APA
Medeiros, M. N. L., Brito, G., Araújo, B. M. A. M., Yamashita, R. P., Genaro, K. F., & Fukushiro, A. P. (2012). Trespasse horizontal e ressonância da fala após cirurgia ortognática. In Resumos. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. -
NLM
Medeiros MNL, Brito G, Araújo BMAM, Yamashita RP, Genaro KF, Fukushiro AP. Trespasse horizontal e ressonância da fala após cirurgia ortognática. Resumos. 2012 ;[citado 2024 mar. 28 ] -
Vancouver
Medeiros MNL, Brito G, Araújo BMAM, Yamashita RP, Genaro KF, Fukushiro AP. Trespasse horizontal e ressonância da fala após cirurgia ortognática. Resumos. 2012 ;[citado 2024 mar. 28 ] - Speech outcomes and velopharyngeal function in individuals with signs of velocardiofacial syndrome submitted to surgical treatment
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