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Violência por parceiro íntimo contra a gestante: estudo sobre as repercussões obstétricas e neonatais (2013)

  • Autores:
  • Autor USP: RODRIGUES, DRIÉLI PACHECO - EERP
  • Unidade: EERP
  • Sigla do Departamento: ERM
  • Assuntos: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER; MAUS-TRATOS CONJUGAIS; SAÚDE MATERNO-INFANTIL
  • Palavras-chave do autor: Maternal and child health; Spouse abuse; Violence against women
  • Idioma: Português
  • Resumo: A violência por parceiro íntimo (VPI) é uma das formas mais frequentes de violência contra a mulher, e se constitui em um fenômeno complexo, que faz parte de uma construção histórica e possui íntima relação com as questões de gênero e suas relações de poder. Durante a gestação, a mulher utiliza com maior frequência os serviços de saúde, o que pode facilitar a construção de vínculo com a equipe de saúde e favorecer a identificação de casos de violência. Os objetivos deste estudo foram: identificar a prevalência de casos de VPI entre gestantes usuárias de um serviço público de saúde e classificar quanto ao tipo e frequência; identificar fatores sociais e demográficos das gestantes e seus parceiros que poderiam estar associados a episódios de violência; identificar os resultados obstétricos e neonatais e suas associações com a ocorrência da VPI na gestação atual. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e analítico, desenvolvido no CRSM-MATER e no HCFMRP-USP, situados em Ribeirão Preto, SP. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP da EERP-USP, sob nº 1383/2011. Os dados foram coletados no período de maio a dezembro de 2012, por meio de entrevista estruturada por um questionário que contemplava as características sociodemográficas da mulher e de seu parceiro e características obstétricas, além das questões relacionadas à violência; também foram coletados dados dos prontuários das participantes com a utilização de um instrumento que contemplava as variáveis relacionadas aos resultados obstétricos e neonatais. Durante a coleta de dados, iniciada no ambulatório de pré-natal do CRSM-MATER, algumas participantes foram encaminhadas ao HC-FMRP e tiveram a coleta nos prontuários realizada nesta última instituição. Para análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico SAS® 9.0. Esta análise foi fundamentada na estatística descritiva, além da utilização doTeste Exato de Fisher e Regressão Logística. Verificou-se que 15,5% das participantes sofreram algum tipo de VPI durante a gestação, sendo que 14,7% sofreram violência psicológica, 5,2%, violência física e 0,4% sofreu violência sexual. As mulheres que se autorreferiram como pretas ou pardas, que não moravam com o parceiro e que referiram consumir bebida alcoólica eventualmente, apresentaram maior chance de sofrer VPI na gestação. Além disso, as mulheres que não desejaram a gestação tinham 4,3 vezes a chance de sofrer VPI na gestação, quando comparadas com aquelas que desejaram a gestação (p<0,00; OR= 4,32 e IC 95% [1,77 - 10,54]). As participantes com parceiros na faixa etária de 15 a 18 anos apresentaram 5,5 vezes a chance de sofrer violência, quando comparadas com aquelas que tinham parceiros com 30 anos ou mais (OR= 5,5; IC 95% [1,02 - 30,2]). Com relação às repercussões obstétricas, não houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis investigadas. Quanto às repercussões neonatais dos filhos das participantes, as análises também não apresentaram resultados estatisticamente significativos. Conclui-se que, para as participantes do estudo, não houve repercussões obstétricas e neonatais negativas relacionadas à VPI na gestação. No entanto, outras variáveis se mostraram associadas a este tipo de violência, o que indica, aos profissionais de saúde, a importância de se atentar a outras características das gestantes e de seus parceiros, favorecendo a identificação da violência e o oferecimento de suporte adequado a estas mulheres, quando necessário
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.09.2013
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      RODRIGUES, Driéli Pacheco. Violência por parceiro íntimo contra a gestante: estudo sobre as repercussões obstétricas e neonatais. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012014-113442/. Acesso em: 25 abr. 2024.
    • APA

      Rodrigues, D. P. (2013). Violência por parceiro íntimo contra a gestante: estudo sobre as repercussões obstétricas e neonatais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012014-113442/
    • NLM

      Rodrigues DP. Violência por parceiro íntimo contra a gestante: estudo sobre as repercussões obstétricas e neonatais [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 25 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012014-113442/
    • Vancouver

      Rodrigues DP. Violência por parceiro íntimo contra a gestante: estudo sobre as repercussões obstétricas e neonatais [Internet]. 2013 ;[citado 2024 abr. 25 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012014-113442/

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