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Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: ARRUDA, LUCAS COELHO MARLIÉRE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBI
  • Subjects: AUTOIMUNIDADE; DIABETES MELLITUS; ESCLEROSE MÚLTIPLA; CÉLULAS-TRONCO (TRANSPLANTE)
  • Keywords: reconstituicao imunologica; transplante de celulas-tronco; autoimmunity; autologous hematopoietic stem cell transplantation; cell therapy; immune reconstitution; multiple sclerosis; type 1 diabetes
  • Language: Português
  • Abstract: Ensaios clínicos têm demonstrado que a imunossupressão em altas doses (IAD) seguida de transplante autólogo de células tronco hematopoéticas (TACTH) é capaz de suprimir a atividade inflamatória em pacientes com doenças autoimunes (DAIs) e induzir remissões clinicas prolongadas nesses pacientes, porém os mecanismos de ação do TACTH ainda não estão bem esclarecidos. O racional dessa terapia baseia-se na eliminação das células autorreativas pela IAD e na reconstituição de um sistema imunológico novo e tolerante após o transplante a partir dos precursores hematopoéticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reconstituição imunológico em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DMI, N=21) e pacientes com esclerose múltipla (EM, N=37) sequencialmente após o TACTH, e correlacionar os dados imunológicos com a resposta clinica dos pacientes ao transplante. Os pacientes com EM e DM1 foram divididos em dois grupos com base na resposta clínica após o transplante: respondedores (EM-R; N=22) e não-respondedores (EM-NR; N=15); livres de insulina por periodo maior ou igual a 3 anos (DM1’>OU=’3 anos; N=11) e livres de insulina por período menor que 3 anos (DMI<3 anos; n=10); e acompanhados clinica e imunofenotipicamente por seis anos. Em relação ao período pré-transplante, todos os grupos de pacientes com DM1 e EM apresentaram: 1, diminuição do número absoluto de células T ‘CD3 POT. +’ praticamente em todos os períodos pós-transplante avaliados, indicando uma intensa linfopenia decorrente da IAD; 2, aumento acentuado do número de linfócitos T ‘CD8 POT. +’ e a diminuição dos linfócitos T ‘CD4 POT. +’, resultando na inversão da razão CD4:CD8 durante todo o seguimento pós-transplante avaliado; 3, aumento significativo no primeiro ano após o transplante das subpopulações de células T ‘CD8 POT. +’ de memória central ‘CD27 POT. +’’CD45RO POT. +’e memória efetora ‘CD27 POT. +’‘CD45RO POT. +’; 4, normalização dos números de linfócitos T ‘CD4 POT. +’ e ‘CD8 POT. +’ naïve ‘CD27 POT. +’’CD45RO POT. -’ somente cinco anos após o transplante, enquanto o número de células T ‘CD4 POT. +’’CD45RA POT. +’’CD31 POT. +’ recém-emigrantes do timo manteve-se abaixo dos valores pré-transplante durante todo o período avaliado, demonstrando que durante os seis anos de seguimento após a IAD/TACTH predominaram mecanismos timo-independentes de reconstituição imunológica; 5, normalização dos números de linfócitos B ‘CD19 POT. +’ entre dois a três meses pós-transplante. O grupo de pacientes com DM1 que obteve melhor resposta clínica após o tratamento com IAD/TACTH (DMI’>OU=’3anos) apresentou, em comparação ao periodo pré-transplante, número diminuído de células T ‘CD3 POT. +’ (linfopenia) em vários períodos pós-transplante, número aumentado de células T ‘CD8 POT. +’‘CD28 POT. -’ supressoras no primeiro ano pós-transplante principalmente, número diminuído de células T CD4+ de memória efetora nos períodos 2 a 9 meses pós-transplante e número aumentado de células T reguladoras ‘CD4 POT. +’ ‘CD25 POT. hi’ ‘FOXP3 POT. +’ pós-transplante. O grupo de pacientes com EM com melhor resposta clínica após o tratamento com IAD/TACTH (EM-R) apresentou, em comparação ao período pré-transplante, número diminuído de células T ‘CD3 POT. + ‘(linfopenia) em vários períodos pós-transplante e números aumentados de células T reguladoras ‘CD4 POT. +’ ‘CD25 POT. hi’ ‘FOXP3 POT. +’e ‘CDB POT. + ‘CD28 POT. –‘ supressoras nos primeiros três anos pós-transplante. Vale ressaltar que os pacientes com DM1 e EM que apresentaram melhor resposta clínica permaneceram linfopênicos por maiores períodos de tempo após o transplante. Desse modo, esse estudo revelou quea resposta terapêutica dos pacientes com DM1 e EM ao TACTH depende de uma linfopenia persistente, além do aumento de células T reguladoras e supressoras e diminuição de células T ‘CD4 POT. + de memória após o transplante
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.08.2013
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      ARRUDA, Lucas Coelho Marliére. Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21102013-122404/. Acesso em: 18 set. 2024.
    • APA

      Arruda, L. C. M. (2013). Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21102013-122404/
    • NLM

      Arruda LCM. Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla [Internet]. 2013 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21102013-122404/
    • Vancouver

      Arruda LCM. Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla [Internet]. 2013 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21102013-122404/


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