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Avaliação da tolerabilidade e eficácia do topiramato, lamotrigina e levetiracetam em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes (2013)

  • Autores:
  • Autor USP: OLIVEIRA, SILVIA MARIA VARALDO - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Assuntos: EPILEPSIA; FÁRMACOS PSICOTRÓPICOS; TOLERÂNCIA; ADOLESCENTES
  • Idioma: Português
  • Resumo: O uso das drogas antiepilépticas (DAE) de nova geração no tratamento das epilepsias pode permitir uma redução dos efeitos adversos, não sendo certo se sua eficácia é de fato muito superior às drogas antigas. Ainda, o custo elevado destas medicações deve ser considerado quando da sua prescrição, sendo essencial avaliar a relação custo-beneficio. Existem poucos estudos nacionais que avaliem a eficácia destas drogas, particularmente na faixa etária pediátrica. Desta forma, neste estudo avaliamos a tolerabilidade e eficácia das drogas antiepilépticas de alto custo topiramato, lamotrigina e levetiracetam usadas em uma população de crianças e adolescentes acompanhadas no Ambulatório de Epilepsia de Dificil Controle infantil do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. A droga foi considerada eficaz quando levou à redução em pelo menos 50% da frequência de crises. Os efeitos adversos foram analisados de acordo com as queixas dos pacientes e/ou familiares e, quando indicado, através de exames laboratoriais. Todos os resultados apresentados foram obtidas através da revisão dos prontuários, dos relatórios do video-EEG arquivados no Centro de Cirurgia de Epilepsia (CIREP), quando existentes e revisão dos exames de neuroimagem. A seleção dos pacientes foi independente do tempo de evolução da doença ou sexo do paciente. Foram analisados: sexo, idade de inicio da epilepsia e do período do estudo, etiologia, tipo de crise exame cognitivo, se o paciente foi submetido à cirurgia de epilepsia, frequência de crises epilépticas antes e após a introdução das DAE do estudo e seus efeitos adversos. As crises e síndromes epilépticas foram classificadas de acordo com as propostas pela Liga internacional Contra a Epilepsia (1981 e 1989). Este foi um estudo retrospectivo onde inicialmente foram selecionados 468 pacientes, sendo 216 pacientes excluidos porque nãousaram topiramato, lamotrigina ou levetiracetam ou porque tinham crises de origem não epiléptica, restando 252 pacientes que usaram uma ou mais DAE do estudo. Todos os pacientes tinham o diagnóstico de epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso com DAE da rede básica de saúde. Não houve uma redução estatisticamente significativa no número de crises considerando-se o período antes e após a introdução das medicações do estudo. No entanto observamos que no grupo TPM 37,8% dos pacientes apresentaram redução de ao menos 50% da frequência de crises, sendo que 5,7% ficaram livre de crises ou mantiveram até 2 crises/ano, 17,6% tiveram agravamento das crises e em 13,9% o TPM foi ineficaz. Com a LTG 33,9% dos pacientes apresentaram redução de ao menos 50% da frequência de crises, sendo que 5,1% ficaram livre de crises ou mantiveram até 2 crises/ano, 21,2% tiveram agravamento das crises e em 17,8% a LTG foi ineficaz. Com o LEV 46,6% dos pacientes apresentaram redução de ao menos 50% da frequência de crises, sendo que 6,6% ficaram livre de crises ou mantiveram até 2 crises/ano, 10% tiveram agravamento das crises e em 23,3% o LEV foi ineficaz. A medicação foi suspensa em decorrência de efeitos adversos em 13,9%, 14,4% e 6,7% dos pacientes que usaram topiramato, lamotrigina e levetiracetam, respectivamente. Embora este estudo tenha sido conduzido em uma população de crianças e adolescentes já previamente considerados como formas refratárias de epilepsia, as drogas analisadas neste estudo evidenciaram melhora de 50% da frequência das crises em aproximadamente 30 a 40% dos pacientes, com baixa incidência de efeitos adversos. No entanto, devido ao custo elevado destas medicações, deve-se considerar a retirada das mesmas frente a uma resposta terapêutica ineficaz, optando-se pelo uso de medicações de menor custo, desde que a troca não implique em um aumento dos efeitos adversos ouagravamento das crises epilépticas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.04.2013

  • Como citar
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    • ABNT

      OLIVEIRA, Silvia Maria Varaldo. Avaliação da tolerabilidade e eficácia do topiramato, lamotrigina e levetiracetam em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes. 2013. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Oliveira, S. M. V. (2013). Avaliação da tolerabilidade e eficácia do topiramato, lamotrigina e levetiracetam em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Oliveira SMV. Avaliação da tolerabilidade e eficácia do topiramato, lamotrigina e levetiracetam em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes. 2013 ;[citado 2024 abr. 16 ]
    • Vancouver

      Oliveira SMV. Avaliação da tolerabilidade e eficácia do topiramato, lamotrigina e levetiracetam em crianças e adolescentes com epilepsias fármaco-resistentes. 2013 ;[citado 2024 abr. 16 ]

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