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A influência do contraste na hiperacuidade Vernier medida em humanos através do potencial visual provocado e as contribuições das vias retino-geniculadas para o processamento desta informação no córtex visual primário (2011)

  • Autores:
  • Autor USP: CARVALHO, FABIO ALVES - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSE
  • Assuntos: CÓRTEX VISUAL; VISÃO; ACUIDADE VISUAL
  • Idioma: Português
  • Resumo: O estudo da acuidade Vernier (VRN) revela a capacidade do sistema visual humano em detectar deslocamentos espaciais de poucos arcos de segundos, menores que a distância entre dois cones foveais adjacentes. Tal fato desperta interesse teórico sobre o tema, além de futuras aplicações na área clínica. A acuidade VRN pode ser medida tanto psicofisicamente quanto eletrofisiologicamente. Para a detecção de quebras de colinearidade (acuidade VRN), alguns autores hipotetizam que as células ganglionares (CGs) M da retina provêem sinal adequado da retina ao córtex, e dão suporte ao desempenho psicofísico da tarefa VRN. Em condições de estímulos semelhantes, as células ganglionares magnocelulares (M) em primatas parecem ter precisão espacial com razão sinal-ruído mais alta do que as células parvocelulares (P) . A dependência ao contraste (C) das células M na precisão espacial, frequência espacial, frequência temporal e velocidade do estímulo é mais similar ao desempenho psicofísico em humanos do que comparados aos dados das células P (Rüttiger et al., 2002; Sun et al., 2004). Nós utilizamos o Potencial Provocado Cortical Visual de Varredura (sVEP) para avaliar esta hipótese no nível de processamento intermediário entre as respostas de célula única na retina e a detecção psicofísica. Nós medimos os limiares corticais VRN em função do contraste (14 participantes, média de 28,21 ± 2,8) e lacunas (9 participantes, média de 29,7 ± 5,9). As quebras verticais VRN na colinearidade foramintroduzidas em uma grade de onda quadrada horizontal. O estímulo VRN alternou entre um estado alinhado (grades sem quebras) e desalinhado (grades com quebras) a 6 Hz. Durante cada uma das 10 tentativas, o deslocamento aumentou em passos logarítmicos iguais de 0,5 a 7,5. O limiar VRN foi definido no momento do deslocamento em que a extrapolação linear da média vetorial das respostas em 1F atinge zero uV. Os contrastes testados foram: 4, 8, 16, 32, 64, 80%. Os resultados mostram que (1) aos limiares VRN em Log, medidos com sVEP, com o C em Log, diminuíram de forma linear (com uma inclinação de -0,5), similiares às células ganglionares M mas não P (Sun et al., 2004) e próximo às medidas psicofísicas (Sun et al., 2004; Wehrhahn e Westheimer, 1990); (2) Para C 16% obtivemos limiares de hiperacuidade (menor que 1 arcmin). Em altos contrastes a média do limiar foi de 0,37(erro padrão de 0,06 unidades logarítmicas); (3) Os limiares para o 2F tiveram uma dependência para o contraste diferente, com poucos efeitos para contraste abaixo de 16%. (4) As inclinações das linhas de extrapolação dos sVEP para o 1F1 foram 2 a 3 vezes maiores que as inclinações para 2F; (5) No protocolo controle, deslocamentos bidirecionais e simétricos geraram somente respostas no 2F. Os resultados 3 a 5 implicam que os componentes 1F e 2F derivam de neurônios distintos e fundamentam que respostas no 2F refletem respostas de movimento cortical simétrico. A dependência dos limiares de contraste do sVEPVRN (1F) é similiar aos estudos prévios psicofísicos (Sun et al., 2004; Wehrhahn e Westheimer, 1990), e repete a dependência ao contraste das células M (Sun et al., 2004). Estes resultados fundamentam a hipótese que o córtex extrai informações da posição relativa com precisão de hiperacuidade dos sinais advindos das células M
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.04.2011
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      CARVALHO, Fabio Alves. A influência do contraste na hiperacuidade Vernier medida em humanos através do potencial visual provocado e as contribuições das vias retino-geniculadas para o processamento desta informação no córtex visual primário. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-21072011-162506/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Carvalho, F. A. (2011). A influência do contraste na hiperacuidade Vernier medida em humanos através do potencial visual provocado e as contribuições das vias retino-geniculadas para o processamento desta informação no córtex visual primário (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-21072011-162506/
    • NLM

      Carvalho FA. A influência do contraste na hiperacuidade Vernier medida em humanos através do potencial visual provocado e as contribuições das vias retino-geniculadas para o processamento desta informação no córtex visual primário [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-21072011-162506/
    • Vancouver

      Carvalho FA. A influência do contraste na hiperacuidade Vernier medida em humanos através do potencial visual provocado e as contribuições das vias retino-geniculadas para o processamento desta informação no córtex visual primário [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-21072011-162506/

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