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Ontogenia e morfologia de flores pluricarpeladas de espécies de Leguminosae (2012)

  • Autores:
  • Autor USP: PAULINO, JULIANA VILLELA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assuntos: FLORES (DESENVOLVIMENTO;ANATOMIA); LEGUMINOSAE; MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Leguminosae, a terceira maior família de angiospermas, com cerca de 19000 espécies, possui representantes, geralmente, unicarpelares e, apenas, cerca de 30 táxons pluricarpelados, distribuídos pelas três subfamílias. A presença de mais de um carpelo suscita questões sobre a origem, as etapas de desenvolvimento e a funcionalidade deste órgão. A fim de compreender quais vias ontogenéticas deram origem à pluricarpelia, Cassia fistula (Caesalpinioideae), Acacia celastrifolia, duas espécies de Archidendron, cinco de Inga (Mimosoideae) e Swartzia dipetala (Papilionoideae), foram analisadas. Para tal, botões florais de vários tamanhos e flores foram processados para estudos de superfície e anatômico (microscopia eletrônica de varredura e de luz), a fim de compreender o desenvolvimento floral. Para entender a estrutura e funcionalidade dos carpelos, foram escolhidas duas espécies (Inga congesta e Swartzia dipetala), das quais foram processados os carpelos para estudo anatômico e grãos de pólen para análise do crescimento do tubo polínico (microscopia de epifluorescência). Duas vias ontogenéticas distintas dão origem à pluricarpelia em Leguminosae: (1) o gineceu se inicia por meio do surgimento de uma protuberância central, subdividida posteriormente devido ao aumento pronunciado de divisões celulares nas regiões laterais, resultando em dois ou mais primórdios carpelares em Inga congesta; (2) iniciação de protuberâncias individualizadas nas demais espécies. Morfologia e desenvolvimento floral diferem entre as espécies estudadas, em especial no gênero Inga, que apresenta variação quanto ao número, ordem e posição da iniciação dos órgãos florais, principalmente do perianto. O gineceu é constituído por carpelos livres; entretanto, em Inga congesta, I. gereauana e Archidendron glabrum pode ocorrer uma união fraca na base dos ovários entre carpelos adjacentes. Nas espécies de Caesalpinioideaee Mimosoideae as fendas carpelares estão voltadas para o centro do meristema floral, enquanto em Swartzia dipetala (Papilionoideae) estão voltadas para o lado adaxial. O androceu é poliândrico, exceto em Cassia fistula, e é iniciado em dois verticilos diferentes. Os estames são fundidos na base nas espécies de Archidendron e Inga e permanecem livres nas de Acacia, Cassia e Swartzia. A pluricarpelia aparece relacionada à poliandria e pode ser resultado de fasciação em Leguminosae; surgiu independentemente na família, por meio de vias ontogenéticas distintas. A flor de Inga congesta, apesar de exibir dois a quatro carpelos, produz um fruto, raro dois. Já a flor de Swartzia dipetala exibe dois carpelos e pode produzir um ou dois frutos. Não há diferenças anatômicas entre os carpelos e os óvulos de uma mesma flor em ambas as espécies. Todos os ovários em uma flor produzem aproximadamente o mesmo número de óvulos. Não foram encontradas alterações estruturais em nenhum dos carpelos, nem na germinação do pólen ou no crescimento do tubo polínico até o ovário. Os carpelos de uma mesma flor são aptos à formação de frutos; no entanto, deve haver restrição na alocação de recursos da planta mãe para a produção de mais de um fruto por flor
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.04.2012

  • Como citar
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    • ABNT

      PAULINO, Juliana Villela. Ontogenia e morfologia de flores pluricarpeladas de espécies de Leguminosae. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Paulino, J. V. (2012). Ontogenia e morfologia de flores pluricarpeladas de espécies de Leguminosae (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Paulino JV. Ontogenia e morfologia de flores pluricarpeladas de espécies de Leguminosae. 2012 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Paulino JV. Ontogenia e morfologia de flores pluricarpeladas de espécies de Leguminosae. 2012 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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