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Papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida e da função quimiotáxica de neutrófilos em pacientes com sepse grave na emergência (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: SOUSA, ROMUALDO BARROSO DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: SEPSE; NEUTRÓFILOS; GLICOPROTEÍNAS
  • Language: Português
  • Abstract: O objetivo deste estudo foi avaliar o papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida (AGP), da função quimiotáxica de neutrófilos e da expressão de CXCR2 e de quinases associadas aos receptores acoplados à proteina G (GRKs) nessas células, como marcadores prognóstico de mortalidade em pacientes com sepse grave. Ainda, investigamos a associação destas características neutrofílicas com disfunção orgânica. Conduzimos um estudo prospectivo na unidade de emergência (UE) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, incluindo 40 pacientes com sepse grave e 30 com choque séptico nas primeiras 24 horas após admissão, e amostras de sangue foram coletes para a mensuração dos níveis de AGP. Estes foram comparados com características clínicas, incluindo o desfecho primário de mortalidade em 96 horas (precoce), disjunção orgânica e gravidade da doença, mensurados pelo SOFA e APACHE II. Os pacientes foram acompanhados até o dia da alta ou do óbito. Dezesseis controles saudáveis forneceram soro para comparação. Num subgrupo de pacientes (10 sepse grave e 10 choque séptico), amostras de sangue adicionais foram coletadas no mesmo momento para a realização de ensaios de quimiotaxia de neutrófilos, análise por citometria de fluxo de CXCR2 e imunofluorescência de GRK2. A idade media foi 63,3 (‘+ OU –’DP, 18,5) anos, 51,4% eram do sexo masculino e o sitio mais comum de infecção foi o pulmão (51,4%). Idade, sexo, comorbidades, sítio de infecção, níveis séricos de proteína C reativa, bilirrubina e creatinina não foram estatisticamente diferentes entre os grupos sepse grave e choque séptico. Os níveis medianos de AGP foram significativamente maiores nos pacientes com sepse em comparação aos controles (respectivamente, 173,0 mg/dL, 130,0 - 212,0 vs 83,5 mg/dL, 71,7- 93,0; p < 0.001). Quando analisamos os indivíduos sépticos, observamos níveis medianos de AGP menores naquelescom choque séptico em comparação aos com sepse grave (respectivamente, 152,5 mg/dL, 121,0 - 178,0 vs 194,5 mg/dL, 134,5 - 233,0; p < 0,01). Observamos que baixos valores de AGP (‘< OU = 120’ mg/dL) estavam associados com um aumento no risco de morte nas primeiras 96 horas (OR 0,161 [IC 95%, 0,038-0,671], p = 0,012). Baixos níveis de AGP permaneceram como fator prognóstico independente de morte precoce na análise multivariada (OR ajustada de 0,070 [IC 95%, 0,008-0,661], p = 0,020). Além disso, a função quimiotáxica em resposta à IL-8 (0,56 vs. 1,05; p < 0,01) e a expressão de CXCR2 (0,32 vs. 0,96; p < 0,01) estavam significativamente diminuídas naqueles que morreram durante a internação em comparação aos sobreviventes. A expressão de GRK2 estava aumentada nos não-sobrevientes em comparação aos controles (p < 0.05). A redução da expressão de CXCR2 se correlacionou negativamente com as escalas APACHE II (r=-0,55; p < 0,01) e SOFA (r=-0,77; p < 0,001). Estes resultados sugerem que tanto a AGP quanto o estudo da função quimiotáxica de neutrófilos, assim como da expressão de CXCR2 e de GRK2 nessa população, podem se tornar biomarcadores importante na prática clínica, predizendo disfunção orgânica e mortalidade
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 12.08.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      SOUSA, Romualdo Barroso de. Papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida e da função quimiotáxica de neutrófilos em pacientes com sepse grave na emergência. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Sousa, R. B. de. (2011). Papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida e da função quimiotáxica de neutrófilos em pacientes com sepse grave na emergência (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Sousa RB de. Papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida e da função quimiotáxica de neutrófilos em pacientes com sepse grave na emergência. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Sousa RB de. Papel prognóstico da alfa-1 glicoproteina ácida e da função quimiotáxica de neutrófilos em pacientes com sepse grave na emergência. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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