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Participação social, saúde e radiocomunicação comunitária: uma discussão sobre limites e possibilidades de ampliação das bases socias da Reforma Sanitária Brasileira (2011)

  • Autores:
  • Autor USP: SILVA, HUGO FANTON RIBEIRO DA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSM
  • DOI: 10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255
  • Assuntos: RÁDIO COMUNITÁRIA (ASPECTOS SOCIAIS); PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA (SOCIOLOGIA); FATORES PSICOSSOCIAIS (CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS); REFORMA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE; MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS; DIREITO À SAÚDE; CIDADANIA; AÇÃO SOCIAL; PROBLEMAS SOCIAIS
  • Idioma: Português
  • Resumo: Este trabalho se propôs a analisar limites e possibilidades da participação social na saúde por espaços não institucionalizados, a partir de alguns dos limites decorrentes da institucionalidade posta e do conjunto de práticas sociais, técnicas e sistêmicas na saúde. A discussão enfoca a rádio comunitária como espaço de emergência de conflitos e questões que perpassam dada realidade e suas relações sociais, de forma a poder contribuir com a participação social na saúde. Nesse sentido, optou-se pela realização de um estudo de caso em Heliópolis, São Paulo, SP, por um olhar para o território na sua diversidade de espaços e vivências, e também para os conflitos que lhe são próprios e relacionados às relações sociais daquele espaço constitutivas. A partir das práticas significantes relacionadas à produção simbólica e material de Heliópolis, do entrejogo entre práticas sociais e trajetórias individuais, e entre aquelas e contexto global, foi possível uma formulação teórica em relação ao objetivo da pesquisa. A organização da população de Heliópolis se deu em resistência à dominação exercida por grupos político-econômicos e à repressão do Estado, pela construção de laços sociais de solidariedade em processos de subjetivação de indivíduos, que resultou na constituição de uma comissão de moradores.Com a transformação progressiva da relação do Estado com aquele corpo social, a comissão torna-se associação e deixa de fazer enfrentamento direto por manifestações e ocupações, passando a atuar na forma projeto financiável pelo Estado ou pela iniciativa privada. Hoje, parte das necessidades sociais, as financiáveis, é tomada pelo todo, e as determinações econômicas e sociais decorrentes da divisão de classes impedem que ganhe centralidade, nas ações sociais, a luta de classes. No entanto, a Rádio Comunitária possui historicidade e legitimidade distintas das dos projetos financiáveis, e disto decorrem distintas formas de ação social. O espaço é de lazer e trabalho, de produção e divulgação culturais, e também de constituição de sujeitos políticos, pois nele se dá a formação de uma cadeia coletiva de ações em resistência a determinações políticas, econômicas e sociais. Da especificidade da relação entre forma e conteúdo na produção e expressão culturais decorre a emergência diferenciada de necessidades sociais, de modo que a rádio possibilita a expressão, articulação e mobilização de sujeitos em ação política diferenciada daquela que ocorre em espaços institucionalizados. A atuação pela rádio comunitária também possibilita a construção histórica de necessidades sociais em sua relação com a saúde, e tem função organizativa de demandas que permitem guiar a satisfação dessas necessidades pela reivindicação frente ao poder público e ao sistema de saúde. Na atuação deste com a rádio, gera-se demandas a que existem respostas sistêmicas previamente definidas.No entanto, a rádio é espaço que auxilia na construção de processos instituintes, o que em Heliópolis se expressa pelo combate à política de privatização da saúde São Paulo e às Organizações Sociais (OS), além da articulação de sujeitos em ações como a organização da coleta de lixo.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.09.2011
  • Acesso à fonteAcesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
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    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    Como citar
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    • ABNT

      SILVA, Hugo Fanton Ribeiro da. Participação social, saúde e radiocomunicação comunitária: uma discussão sobre limites e possibilidades de ampliação das bases socias da Reforma Sanitária Brasileira. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Silva, H. F. R. da. (2011). Participação social, saúde e radiocomunicação comunitária: uma discussão sobre limites e possibilidades de ampliação das bases socias da Reforma Sanitária Brasileira (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255
    • NLM

      Silva HFR da. Participação social, saúde e radiocomunicação comunitária: uma discussão sobre limites e possibilidades de ampliação das bases socias da Reforma Sanitária Brasileira [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255
    • Vancouver

      Silva HFR da. Participação social, saúde e radiocomunicação comunitária: uma discussão sobre limites e possibilidades de ampliação das bases socias da Reforma Sanitária Brasileira [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2011.tde-06092011-120255


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