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A formação do movimento Katarista: classe e cultura nos Andes bolivianos (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: HASHIZUME, MAURICIO HIROAKI - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FSL
  • Assuntos: MOVIMENTOS SOCIAIS; CAMPONESES (ASPECTOS SOCIAIS); ÍNDIOS (ASPECTOS SOCIAIS); TRABALHADORES; SINDICATOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: O protagonismo social de camponeses e indígenas na Bolívia é comumente associado à particular composição étnico-cultural da população do país vizinho. O exame do katarismo - nome herdado do índio insurgente Tupac Katari, que liderou rebelião contra os colonizadores espanhóis no final do século XVIII -, especialmente em sua fase inicial (1969 a 1985), permite uma compreensão mais ampla e complexa do processo de formação, mudança e consolidação da classe trabalhadora boliviana. Antes disso, o trabalhador era representado pela figura do operário mineiro. A partir do surgimento de corrente político-ideológica de valorização étnico-cultural nos grandes centros urbanos e do fortalecimento de novas lideranças do sindicalismo no campo (como Jenaro Flores e Raimundo Tambo), os camponeses-indígenas se consolidam, em um intervalo de aproximadamente 15 anos, como os principais atores sociais das classes populares na Bolívia e reforçam o seu papel no que se refere à organização da sociedade. Ao assumir a problematização da dialética entre os rasgos tradicionais (ou pré-modernos) e as características tipicamente modernas que compõem o movimento, são enfocados os elementos de classe, de um lado, e os antecedentes mais ligados à etnia, de outro. A obra de E. P. Thompson acerca da centralidade das classes sociais é utilizada como referência, juntamente com contribuições de outros autores como Marx, Fernandes, Stavenhagen, Wood e Sewell, para ajudar a decifrar essa combinação entremobilizações de cunho tradicional e aspectos ligados à modernidade, com especial destaque para a opção katarista pela disputa institucional dentro da estrutura sindical. Nesse sentido, fatores subjetivos (como a teoria dos dois olhos) se imiscuem com a concretude do racismo e do paternalismo, em meio a choques e influências decorrentes da relação com outras correntes de pensamento. Além da questão territorial, também são abordadas as práticas do cotidiano como a atuação das igrejas, o futebol, a rádio e o comércio popular com significados próprios dos povos originários. A análise da formação do katarismo permite um olhar privilegiado de como as estruturais por trás da classe social moderna ideal podem se articular com costumes, tradições e valores étnico-culturais reais dentro de um complexo contexto de país subdesenvolvido
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 23.12.2010
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      HASHIZUME, Mauricio Hiroaki. A formação do movimento Katarista: classe e cultura nos Andes bolivianos. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20062011-102911/. Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Hashizume, M. H. (2010). A formação do movimento Katarista: classe e cultura nos Andes bolivianos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20062011-102911/
    • NLM

      Hashizume MH. A formação do movimento Katarista: classe e cultura nos Andes bolivianos [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20062011-102911/
    • Vancouver

      Hashizume MH. A formação do movimento Katarista: classe e cultura nos Andes bolivianos [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 20 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20062011-102911/

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