Deformidade dentofacial na fissura labiopalatina: análise da hiponasalidade pré e pós avanço cirúrgico da maxila (2010)
- Autores:
- Autores USP: FUKUSHIRO, ANA PAULA - FOB ; TRINDADE, INGE ELLY KIEMLE - FOB ; GENARO, KATIA FLORES - FOB
- Unidade: FOB
- Assuntos: DEFORMIDADES DENTO-FACIAIS; FISSURA LÁBIOPALATINA; HIPONASALIDADE
- Idioma: Português
- Resumo: Embora seja comum nos casos com fissura labiopalatina a presença de hipernasalidade da fala devido à disfunção velofaríngea, há que se considerar que a presença da deformidade dentofacial decorrente das cirurgias reparadoras do lábio e palato, encontrada em muitos casos, pode levar à hiponasalidade. Isso ocorre em função do comprometimento no crescimento transversal da maxila provocado pelas cirurgias de lábio e palato, com consequente redução do espaço aéreo nasal e diminuição da permeabilidade nasal. A correção da deformidade dentofacial é possível a partir do tratamento ortodôntico cirúrgico que visa restabelecer a oclusão, a estética e o desempenho funcional da mastigação, deglutição, fala e respiração. O objetivo deste estudo é analisar a repercussão do avanço cirúrgico da maxila sobre a hiponasalidade da fala. Foram estudados 21 adultos jovens com fissura labiopalatina reparada previamente, de ambos os sexos, apresentando atresia maxilar severa e hiponasalidade da fala, todos com indicação para a realização de cirurgia ortognática. As avaliações foram realizadas nas fases pré avanço cirúrgico da maxila e, aproximadamente, 12 meses após. A nasalidade foi aferida por meio da nasometria utilizando um nasômetro modelo 6200-3 IBM (Kay Elemetrics Corp., software versão 30-02-3.22), sistema computadorizado composto por uma placa de separação sonora, que contem um microfone em cada lado de sua superfície, posicionada na região do filtro labial e mantida por meio de um capacete. Os microfones captam o sinal dos componentes nasal e oral da fala, os quais são filtrados, digitalizados e analisados por um software específico. (continua)(Continuação) O resultado refere-se à razão entre a energia acústica nasal e a energia acústica total (soma da energia acústica nasal e oral), multiplicado por 100. O valor da nasalância pode variar de 0% a 100% e como valor de referência considerou-se para o texto nasal valores maiores que 43%, ou seja, valores abaixo são sugestivos de hiponasalidade, conforme estudo desenvolvido previamente em falantes do português brasileiro. O exame é realizado a partir da leitura de texto padronizado caracterizado por predomínio de fonemas nasais. Os resultados mostraram que após a cirurgia, a maioria dos sujeitos estudados, cujos valores de nasalância eram menores de 43%, sofreu modificação, ou seja, 52% (n=11) passaram a apresentar valores de nasalância sugestivos de ressonância equilibrada, 29% (n=6) desenvolveram hipernasalidade, enquanto que 19% (n=4) mantiveram-se abaixo de 43%, sugestivo de hiponasalidade. Assim, pode-se concluir que a atresia maxilar influencia na ressonância da fala, especialmente no desenvolvimento da hiponasalidade, pois a maioria da amostra eliminou essa condição após o avanço cirúrgico da maxila, e, ainda, que alguns casos com fissura labiopalatina não têm reserva funcional e estrutural suficientes na região velofaríngea a ponto de impedir o desenvolvimento da hipernasalidade. Além disso, os casos que permaneceram com hiponasalidade sugerem que outros fatores devem ser considerados no processo de reabilitação para eliminar a hiponasalidade e não desenvolver hipernasalidade. Vale ressaltar a importância da avaliação da ressonância da fala pré e pós-cirúrgica, a fim de diagnosticar e orientar sobre as possíveis alterações após a cirurgia ortognática, bem como auxiliar no seu tratamento
- Imprenta:
- Editora: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- Local: São Paulo
- Data de publicação: 2010
- Fonte:
- Título do periódico: Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- ISSN: 2179-0841
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 15, suplemento, p. 4405, 2010
- Nome do evento: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia
-
ABNT
MODOLO, Daniela Jovel et al. Deformidade dentofacial na fissura labiopalatina: análise da hiponasalidade pré e pós avanço cirúrgico da maxila. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. . Acesso em: 19 abr. 2024. , 2010 -
APA
Modolo, D. J., Fukushiro, A. P., Trindade, I. E. K., & Genaro, K. F. (2010). Deformidade dentofacial na fissura labiopalatina: análise da hiponasalidade pré e pós avanço cirúrgico da maxila. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. -
NLM
Modolo DJ, Fukushiro AP, Trindade IEK, Genaro KF. Deformidade dentofacial na fissura labiopalatina: análise da hiponasalidade pré e pós avanço cirúrgico da maxila. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2010 ; 15 4405.[citado 2024 abr. 19 ] -
Vancouver
Modolo DJ, Fukushiro AP, Trindade IEK, Genaro KF. Deformidade dentofacial na fissura labiopalatina: análise da hiponasalidade pré e pós avanço cirúrgico da maxila. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2010 ; 15 4405.[citado 2024 abr. 19 ] - Análise pré e pós-cirúrgica de aspectos vocais de individuos com anquilose mandibular
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