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Avaliação videofluoroscópica da deglutição antes e após a tireoidectomia (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: GONZAGA, GERUZA COSTA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assuntos: DEGLUTIÇÃO; TRANSTORNOS DE DEGLUTIÇÃO; TIREOIDECTOMIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Pacientes com lesões tireoidianas podem desenvolver disfagia como resultado da compressão dos órgãos relacionados à deglutição, ou por envolvimento nervoso, em decorrência da invasão do carcinoma tireodiano; ou por consequência de tratamentos como a tireoidectomia ou terapia radioterápica. A faringe e a laringe, em sua complexidade sensória e motora, pode ser atingida durante a tireoidectomia, mesmo na ausência de lesões dos nervos laríngeos, podendo gerar alterações no transito orofaríngeo. O objetivo do trabalho foi averiguar as queixas de disfagia, e avaliar, por meio do exame videofluoroscópico da deglutição, as fases oral e faríngea da deglutição, antes e após a tireoidectomia. Para tal, 38 indivíduos, média de idade 47,21 ‘+ OU –‘ 11 anos, foram avaliados quanto aos fenómenos da deglutição orofaríngea: tempo de movimentação do osso hióide (TMH); trânsitos: oral (TO), Laríngeo (TF), orofaríngeo (TOF), transito do alimento pelo segmento faringoesofágico (TSFE); deputação Laríngea (DF); latência da movimentação Laríngea (LMF) e tempo de residência do alimento sobre o segmento faringoesofágico (TRSFE). Os resultados videofluoroscópicos foram comparados entre o próprio grupo nos dois diferentes momentos avaliados e também a um grupo controle, composto por 21 indivíduos saudáveis, média de idade 44~16 anos. Todos os sujeitos foram submetidos a um questionário referente às queixas de deglutição e ao exame videofluoroscópico, antes e após a cirurgia. Dentre os 38 pacientes avaliados, 26 realizaram a avaliação de forma completa, ou seja, f`orar~^1 avaliados os dois períodos propostas: pré e pósoperatório. Dezessete pacientes (44,7%) apresentaram cancer de tireóide e 55,3% nódulos benignos. Vinte e sete indivíduos (71%) se submeteram à tireoidectomia total e os demais (29%) à tireoidectomia parcial. Em dois casos (5,26%) houve esvaziamentocervical. Antes da tireoidectomia (n=38), 27 pacientes (70%) apresentaram queixas de dificuldades de deglutição e após (n=26), 20 (76,9%) apresentaram-nas. As principais queixas no período pré-operatório foram: desconforto durante a deglutição (52,6%); presença de engasgas e tosses (52,6%) e medo de deglutir (18,42%). As queixas que predominaram ruo período pós-operatório foram: dor ao deglutir (57,6%), desconforto orofaríngeo (34,6%), tosses e engasgas (30,7%), medo de deglutir (26,9%) e falta de ar (3,84%). Quanto as medidas dos intervalos de tempo dos diferentes fenómenos da deglutição avaliados observou-se: na deglutição de 5 ml da consistência líquida, diferença significativa (p= 0,03) na medida da L~IF entre os pacientes nos períodos pré e pós-operatório; diferença significativa (p= 0,04) entre as medidas do TRSFE, entre o grupo controle e pacientes avaliados após a tireoidectomia; valor de p=0,04, na comparação da medida do TSFE, entre controles e pacientes no momento pós-operatório. Na deglutição de 5 mi da consistência pastosa, houve diferença significativa (p=0,01) na medida do TSFE na comparação entre os pacientes nos períodos pré e pós-operatório. Na deglutição de 10 mi da consistência pastosa, houve diferença significativa (p=0,01) na medida do TSFE, entre controles e pacientes, no momento pós-operatório. Na medida da DF, o valor de p foi menor que 0,01; quando comparados os pacientes nos dois momentos avaliados. Na comparação exclusiva dos pacientes no momento pré-operatório e controles, observou-se: na deglutição de 5 ml da consistência líquida e 5 ml da consistência pastosa, os valores de p foram, respectivamente, p=0,01 e p<0,01, na medida do TRSFE. Na deglutição de 10 mi da consistência pastosa, houve diferença significativa (p=0,01) na medida da DF. Na medida do TRSFE, o valor de p foi significativo (p<0,01) entre os dois grupos avaliados.A penetração laríngea ocorreu exclusivamente em um paciente, antes da realização da tireoidectomia. Não houve aspiração do bolo alimentar para a traquéia, nos indivíduos estudados. Os pacientes tireoidectomizados, de uma maneira geral, apresentaram pequenas alterações na deglutição orofaríngea nos momentos avaliados. Tais alterações não foram Imitantes, não impossibilitando a alimentação oral
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.10.2010

  • Como citar
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    • ABNT

      ANÉAS, Geruza Costa Gonzaga. Avaliação videofluoroscópica da deglutição antes e após a tireoidectomia. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Anéas, G. C. G. (2010). Avaliação videofluoroscópica da deglutição antes e após a tireoidectomia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Anéas GCG. Avaliação videofluoroscópica da deglutição antes e após a tireoidectomia. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Anéas GCG. Avaliação videofluoroscópica da deglutição antes e após a tireoidectomia. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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