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A contabilidade dos nomes no português brasileiro (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: MARTINS, NIZE DA ROCHA SANTOS PARAGUASSÚ - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLL
  • Assuntos: NÚMERO (SUBSTANTIVO); PORTUGUÊS DO BRASIL (GRAMÁTICA); SUBSTANTIVO COMUM
  • Idioma: Português
  • Resumo: Esta tese investiga a denotação dos nomes comuns nas línguas naturais. De forma mais específica enfoca a denotação dos nomes comuns no português brasileiro (PB). O objetivo é investigar os mecanismos que licenciam contabilidade no PB. Primeiramente investiga-se a denotação dos nomes no PB frente à proposta de Borer (2005). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas estruturalmente, mas que interpretações massivas não, e, nesse sentido, interpretações massivas são default. Segundo Borer (2005), o plural, em línguas como o inglês, e os classificadores, em línguas como o chinês, são sintagmas de classificação que originam interpretações contáveis, cujo núcleo tem um valor aberto div, onde DIV é um operador de divisão. A ausência desses sintagmas confere uma interpretação massiva aos nomes. Diferentemente da maioria das línguas germânicas e românicas que permitem a ocorrência do plural nu, mas não permitem a ocorrência do singular nu, no PB, o singular nu é extremamente produtivo. Assim, se Borer (2005) estiver certa, no PB os nomes são massivos, pois os nomes nessa língua podem ocorrer sem nenhuma estrutura que os divida, denotando uma massa amorfa, sem divisão. No entanto, a análise dos dados do PB mostra, contra as previsões de Borer (2005), que a denotação default dos nomes, independentemente de ser indeterminada para número, pode ser massiva ou contável e que tais nomes já vêm com essa denotação marcada do léxico. Em segundo lugar, investiga-se adenotação dos nomes lexicalmente contáveis em estruturas não marcadas para contabilidade. Como Rullmann e You (2003) defendem para o chinês, o PB é uma língua em que os nomes possuem número geral, isto é, não são singular nem plural, são neutros para número, como defendem Müller (2001) e Schmitt e Munn (1999, 2002) para o PB. Línguas que possuem número geral geralmente não possuem morfologia de número, entretanto, o PB é um exemplo de língua que possui número geral, classificação e morfologia de número. Em terceiro lugar, investiga-se a denotação dos nomes segundo a proposta de Rothstein (2007). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas por um mecanismo de contabilidade gramatical. Segundo Rothstein (2007), o singular em línguas como o inglês e os classificadores numéricos em línguas como o chinês são operações gramaticais que licenciam interpretações contáveis. Como o PB é uma língua que possui número geral, classificadores numéricos e morfologia de número, defende-se a tese de que nessa língua o que licencia contabilidade são as operações de número e de classificação
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.08.2010
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      MARTINS, Nize da Rocha Santos Paraguassú. A contabilidade dos nomes no português brasileiro. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-08112010-101718/. Acesso em: 17 abr. 2024.
    • APA

      Martins, N. da R. S. P. (2010). A contabilidade dos nomes no português brasileiro (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-08112010-101718/
    • NLM

      Martins N da RSP. A contabilidade dos nomes no português brasileiro [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 17 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-08112010-101718/
    • Vancouver

      Martins N da RSP. A contabilidade dos nomes no português brasileiro [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 17 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-08112010-101718/

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