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Erros de prescrição de medicamentos em pacientes hospitalizados: revisão de literatura (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: SANTOS, JÉSSICA MARCELLA LUCAS - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSP
  • DOI: 10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717
  • Assuntos: ERROS DE MEDICAÇÃO (PESQUISA); SEGUIMENTOS; HOSPITAIS; PACIENTES INTERNADOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: Introdução. A terapia medicamentosa é uma intervenção terapêutica realizada com a finalidade de reduzir sofrimento, promover a cura e melhorar a saúde e qualidade de vida, entretanto, não é isenta de riscos. A ocorrência de erros de medicação é comum nas instituições hospitalares e pode afetar a segurança do paciente. A prevenção de erros de medicação tem sido reconhecida como uma prioridade para os serviços de saúde, visto que, esses eventos acarretam repercussões assistenciais, econômicas e sociais e são considerados crescentes problemas de saúde pública. Objetivo. Analisar a literatura sobre erros de prescrição de medicamentos ocorridos em pacientes adultos hospitalizados em unidades de clínica médica e cirúrgica. Método. Pesquisou-se nas bases de dados MedlinelPubMed, IPA, Lilacs, Embase, Web of Science e Scopus para seleção de estudos com dados primários publicados em português, inglês e espanhol, entre janeiro de 1999 e dezembro de 2009. Foi utilizada como estratégia de busca os seguintes termos, medication error(s) , medication order(s) , prescribing error(s), prescription error(s) , prescrição, hospitalis), medication system, inpatient(s), adult(s) e os resultados foram filtrados utilizando-se a expressão and. Resultados. Foram se1ecionadas 51 publicações. A análise revelou que 71 por cento dos artigos não utilizaram nenhuma definição para determinar eITO de prescrição, sendo que a definição proposta por DEAN e col. (2000) foi verificada em 22 por cento das publicações. Diversos métodos de coleta de dados foram utilizados, entretanto, a revisão de prescrição-prontuário foi a técnica mais utilizada (51 por cento) e o acompanhamento prospectivo foi empregado em 72 por cento dos estudos.O farmacêutico foi o principal profissional envolvido na coleta de dados, em 41 por cento das p e a prescrição manual foi o tipo de prescrição mais analisada, em 39 por cento dos estudos. Os erros de dosagem (frequência, dose e omissão), erros administrativos (ilegibilidade, rasura e prescrição incompleta) e erros terapêuticos (interação medicamentosa, seleção de medicamento) foram considerados os tipos mais comuns de erros de prescrição. Observou-se que os erros de prescrição com gravidade leve e moderada apresentaram expressiva ocorrência, apesar da falta de uma padronização nas escalas de gravidade entre os estudos. A frequência de erros de prescrição variou de I por cento a 62 por cento por prescrição; 2,1 por cento a 66,1 por cento por medicamentos prescritos e 0,25 a 2,72 erros por 100 pacientes-dia. O denominador "número de prescrições" foi o mais utilizado em 41 por cento dos artigos. As principais classes de medicamentos envolvidas foram cardiovasculares, antimicrobianos, analgésicos, psicoativos, gastrointestinais e respiratórios. Múltiplas causas foram associadas a erros de prescrição verificadas em 31 por cento dos estudos, incluindo lapsos de memória e deslizes, excesso de trabalho, falta de comunicação, conhecimento inadequado sobre medicamento. A implantação de prescrição eletrônica com suporte de decisão clínica e introdução de farmacêutico clínico foram as principais estratégias para redução dos erros destacadas em 47 por cento e 27 por cento dos estudos analisados, respectivamente. Conclusão. A literatura apresenta uma diversidade de definições e métodos para detecção de erros de prescrição, o que pode influenciar na variabilidade das taxas de ocorrência de erros de prescrição. Não foi observada diferença na frequência de erro em relação ao tipo de prescrição (manual ou eletrônica).Apesar de algumas publicações referirem que erros de prescrição são os tipos mais graves que ocorrem com a utilização de medicamentos, observou-se nesta revisão, que os erros de gravidade leve e moderada foram relatados com maior frequência. Como os erros de prescrição estão associados a múltiplas causas, faz-se necessária a implantação de intervenções multifatoriais nas diversas etapas do sistema de uso de medicamentos para ajudar na prevenção ou minimização do impacto dos erros.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.09.2010
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    Como citar
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    • ABNT

      SANTOS, Jéssica Marcella Lucas. Erros de prescrição de medicamentos em pacientes hospitalizados: revisão de literatura. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Santos, J. M. L. (2010). Erros de prescrição de medicamentos em pacientes hospitalizados: revisão de literatura (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717
    • NLM

      Santos JML. Erros de prescrição de medicamentos em pacientes hospitalizados: revisão de literatura [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717
    • Vancouver

      Santos JML. Erros de prescrição de medicamentos em pacientes hospitalizados: revisão de literatura [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.6.2010.tde-26102010-154717

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