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Avaliação dos danos no DNA e do grau de recuperação celular em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: POERSCH, ALINE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGE
  • Assuntos: NEOPLASIAS MAMÁRIAS; DNA (DANOS); QUIMIOTERAPIA; CÉLULAS (RECUPERAÇÃO)
  • Idioma: Português
  • Resumo: A resistência a drogas é considerada o maior impedimento ao sucesso da quimioterapia no tratamento do câncer, e a busca por um método que prediga a resposta individual à quimioterapia ou o resultado prévio do tratamento é muito intensa. Além disso, diferenças substanciais interindividuais são vistas em muitos tratamentos quimioterápicos de câncer, tanto na resposta clinica como na toxicidade. O maior conhecimento da estrutura e função dos genes humanos, dos efeitos das drogas usadas na quimioterapia e da resposta terapêutica a tal tratamento, certamente irá contribuir na quantificação do risco individual, diagnóstico, prognóstico e tratamento do câncer. Os objetivos deste estudo foram avaliar, in vitro, a indução de danos no DNA e a recuperação ou sensibilidade celular adquirida frente aos quimioterápicos docetaxel e epirubicina em pacientes com câncer de mama (CM) e em mulheres saudáveis pelo Teste do Micronúcleo (MN), Índice de Divisão Nuclear (IDN) e Ensaio Cometa; determinar a freqüência dos polimorfismos gênicos CYP3A4*1B, CYP3A5*3 e GSTO1*A140D pela técnica PCR-RFLP em todos os indivíduos coletados e verificar se existe associação destes polimorfismos com a suscetibilidade ao CM; correlacionar a indução de danos no DNA e a recuperação celular com os genomas individuais relacionados aos polimorfismos gênicos CYP3A4*1B, CYP3A5*3 e GSTO1*A140D e relacionar os dados obtidas in vitro e os polimorfismos gênicos com a resposta patológico das pacientes com CM após o término do tratamento quimioterápico. Nos estudos citogenéticos in vitro foram realizados cinco tipos de tratamentos: controle negativo, controle de solvente, docetaxel, epirubicina e docetaxel + epirubicina. No Ensaio Cometa, três amostras celulares foram analisadas: imediatamente antes do inicio do tratamento (‘T IND. O’), imediatamente após o término do tratamento (‘T IND. 1’) e quatro horasapós o término do tratamento (‘T IND. 2’). Foram coletadas 168 amostras de pacientes com CM para análise molecular, sendo que 20 destas amostras foram avaliadas também citogeneticamente, e 187 amostras de mulheres saudáveis, das quais 40 também foram avaliadas citogeneticamente. Em relação ao polimorfismo CYP3A4*1B, foi verificada a freqüência de 100% do genótipo mais freqüente (M). Quanto ao polimorfismo CYP3A5*3, as freqüências genotípicas e alélicas não diferiram significativamente entre pacientes e mulheres saudáveis. Para o polimorfismo GSTO1*A140D, foi observada diferença significativa entre pacientes e mulheres saudáveis somente para o genótipo homozigoto polimórfico (M). Portanto, não foi verificada associação significativa dos polimorfismos CYP3A4*1B, CYP3A5*3 e GSTO1*A140D com o risco de desenvolvimento de CM, assim como com a resposta patológico após a quimioterapia neoadjuvante. Além disso, os diferentes genótipos estudados não mostraram associação com os resultados obtidas nos testes citogenéticos utilizados. No Teste do MN, foi observado que pacientes com CM e mulheres saudáveis diferem significativamente quanto à freqüência de MNs em todos os tipos de tratamentos utilizados, indicando diferenças quanto à freqüência basal de MNs e quanto à indução de danos no DNA. Nas pacientes com CM, ocorreu um acúmulo significativo de danos no DNA durante o tratamento quimioterápico e a idade exerceu influência somente sobre mulheres saudáveis, onde mulheres acima de 45 anos possuem freqüência basal de MNs significativamente maior do que mulheres com idade até 45 anos. De acordo com os resultados obtidas no Teste do MN, pacientes com CM fumantes mostraram-se mais suscetíveis aos danos induzidos pelo docetaxel e epirubicina. Não foi observada correlação entre freqüência de MNs e a resposta patológico das pacientes com CM submetidas à quimioterapianeoadjuvante. Pacientes com CM apresentaram valores de IDN significativamente menores do que mulheres saudáveis em todos os tratamentos utilizados e ocorreu uma redução significativa dos valores de IDN durante o tratamento quimioterápico. A idade, o hábito tabagista, os diferentes genótipos analisados não apresentaram correlação com os valores de IDN observados, assim como com os valores de escore de dano (ED) no Ensaio Cometa. No Ensaio Cometa não foram observadas diferenças significativas entre pacientes com CM e mulheres saudáveis nos tratamentos realizados, assim como não foram observadas diferenças significativas entre as amostras coletadas durante a quimioterapia, embora tenha ocorrido um aumento gradual dos valores do ED. Além disso, não houve redução significativa do ED após quatro horas de incubação (‘ T IND. 2’) nos dois grupos de estudo, e pacientes com doença residual mínima e resposta patológica completa possuem valores de ED significativamente menores que pacientes com doença residual extensa antes de iniciar o tratamento quimioterápico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.04.2010

  • Como citar
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    • ABNT

      POERSCH, Aline. Avaliação dos danos no DNA e do grau de recuperação celular em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Poersch, A. (2010). Avaliação dos danos no DNA e do grau de recuperação celular em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Poersch A. Avaliação dos danos no DNA e do grau de recuperação celular em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Poersch A. Avaliação dos danos no DNA e do grau de recuperação celular em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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