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Operação de Blalock-Taussig: experiência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em um período de 14 anos (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: GUIMARÃES, VIVIANE ASSUNÇÃO - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Subjects: ANASTOMOSE CIRÚRGICA; PULMÃO; FATORES DE RISCO; FISIOTERAPIA
  • Language: Português
  • Abstract: Nas crianças com cardiopatia congênita e hipofluxo pulmonar, a anastomose-sistêmicopulmonar representa importante opção paliativa. O objetivo foi analisar os resultados das anastomoses sistêmico-pulmonar realizadas no Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto de 1995 a 2008 para assegurar tempo de acompanhamento pós-operatório de pelo menos 1 ano e identificar os fatores de risco de mortalidade hospitalar. O estudo foi retrospectivo e incluíram dados clínicos e cirúrgicos no pré, intra e pós-operatório. Foram excluídos os casos em que a operação de Blalock-Taussig foi complemento a uma reconstrução cirúrgica de grande porte, como a operação de Norwood e a de Damus Stansel Kaye, naqueles submetidos à derivação sistêmico-pulmonar prévia em outros serviços e operações feitas em caráter de salvamento por insucesso de cirurgia corretiva da cardiopatia. Foram estudados 139 pacientes submetidos a 169 operações. Houve predominância do acesso por toracotomia (grupo T) (63,9%) em relação à esternotomia (grupo E). Entretanto, a proporção de neonatos foi maior no grupo E (n=35; 79,6%) em relação ao grupo T (n=44; 56,4%) (p=0,01). Na comparação dos neonatos quanto ao tipo de acesso cirúrgico, houve maior número de cirurgias realizadas em caráter de urgência (p<0,01) e maior tempo de acompanhamento pós-operatório (p<0,01) no grupo T. Por outro lado, tempo cirúrgico (p<0,0 1), fechamento cirúrgico do canal arterial (PCA) (p<0,01), uso de circulação extracorpórea (CEC) (p<0,01), transfusão intra-operatória (p<0,01) e pós-operatória (p<0,01), uso de drogas vasoativas (p<0,01), terapia diurético (p<0,01) e tempo de ventilação mecânica (VM) pós-operatório (PO) (p=0,05) foram estatisticamente superiores no grupo E. Em relação ao insucesso cirúrgico, ou seja, necessidade de reoperação e/ou óbito previamente ao reparo completo houve maior proporção de óbitohospitalar nos neonatos do grupo esternotomia (p<0,01). A taxa de cardiopatias do AP com SIV integro foi estatisticamente maior no segundo período (20022008) (p=0,01), além de maior proporção de "shunts" centrais (p<0,01), de fechamento cirúrgico do PCA (p<0,01), de operações no período neonatal (p=0,02), com uso de CEC (p<0,01) e de heparina pós-operatória (p<0,01), por outro lado, menor diâmetro do enxerto (p<0,0l) foi utilizado nesse período em relação ao primeiro período (1995-2001). As causas mais prevalentes de óbito hospitalar foram infecciosa no primeiro período, e choque cardiogênico no segundo. Não houve alteração nos índices de insucesso cirúrgico entre os períodos. Idade neonatal (p=0,03), baixo peso na operação (p=0,04), acesso por esternotomia (p=0,0004), uso de CEC (p=0,001) e tempo de VM prolongado (p=0,006) foram identificados como fatores de risco isolados de mortalidade hospitalar. Apenas tempo de ventilação mecânica prolongado (p=0,048) mostrou-se fator de risco independente desse desfecho. Por outro lado, acesso por esternotomia (p=0,006) e falha precoce da anastomose (p=0,001) revelaram-se fatores preditivos de tempo de VM prolongado. Conclui-se que o tempo de VM PO prolongado é fator de risco independente de mortalidade hospitalar após a realização da derivação sistêmico-pulmonar e, o acesso cirúrgico por esternotomia mediana e a falha precoce da anastomose são fatores preditivos de VM invasiva prolongada no pós-operatório
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.05.2010

  • How to cite
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    • ABNT

      GUIMARÃES, Viviane Assunção. Operação de Blalock-Taussig: experiência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em um período de 14 anos. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Guimarães, V. A. (2010). Operação de Blalock-Taussig: experiência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em um período de 14 anos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Guimarães VA. Operação de Blalock-Taussig: experiência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em um período de 14 anos. 2010 ;[citado 2024 abr. 16 ]
    • Vancouver

      Guimarães VA. Operação de Blalock-Taussig: experiência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em um período de 14 anos. 2010 ;[citado 2024 abr. 16 ]

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