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Comportamento social e resposta hormonal: hierarquia e estresse em um grupo de bugio-pretos (Alouatta caraya) de uma ilha de mata urbana em Ribeirão Preto/SP (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: FERMOSELI, ANDRÉ FERNANDO DE OLIVEIRA - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assuntos: PRIMATAS; ESTRUTURA SOCIAL; TESTOSTERONA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Os Alouatta são animais amplamente distribuídos devido a sua dieta basicamente folívora que lhes permite explorar ambientes diversificados, como os de alta degradação. Esta dieta torna a obtenção de energia altamente custosa e dependente de longos períodos de inatividade. Com estas' características comportamentais e a necessidade de maximização de energia, o sistema social dos bugios-depende de comportamentos ritualizados, os quais determinam a manutenção da hierarquia intra e inter-grupos. Na região de Ribeirão- Preto, a espécie Alouatta caraya, 'encontrasse distribuída em remanescentes de mata. A existência de um grupo de bugios no Parque Municipal Morro de São Bento (PMMSB3, de 25,08 ha, tem nos preocupado pela limitação do espaço e as possibilidades de agressão intra-grupo. No presente estudo o objetivo foi estudar o comportamento' social e relacionar determinadas variáveis com dosagens hormonais (testosterona e cortisol). Os dados das categorias comportamentais . de distancias inter-individual, distribuição vertical, liderança de locomoção direcional, locomoção não direcional, pós locomoção direcional è forrageio foram amestrados pelo método de varredura (scan sampling) com períodos amostrais de 5 min e intervalos de 15 min, compreendendo 37 períodos amostrais durante um dia de coleta de 12 h (das 6 às 18 h). Os comportamentos mais raros (catação, esfregação, vocalização, comportamentos agonísticos e encontros inter-grupos) foram amostrados pelo método de episódios observados do comportamento. Os dados foram transferidos para gráficos e tabelas. As análises estatísticas foram realizadas usando o software Stat graphics PLUS 5.0. As amostras decais foram coletadas oportunisticamente durante a coleta de dados comportamentais. Às análises hormonais foram realizadas utilizando-se kits comerciais para leitura em espectrômetro de radiação gama'Radioimunoensaio - RIE). Observou-se uma significativa dinâmica social, cuja composição do grupo variou dez vezes durante o estudo. Esta variação acarretou uma grande diversidade nas relações espaciais entre os membros do grupo e caracterizou a formação de subgrupos, os quais foram avaliados pela análise de Cluster, corno: 1 - associação entre macho dominante e fêmeas adultas (Mi - F), 2 - associações entre indivíduos machos (M - M; M - SA; AS; SA); 3 - associações entre fêmeas e entre fêmeas e infantes (F - F; F – b); 4 associações entre machos subordinados e fêmeas adultas (M - F); 5 - associações entre bugios não-adultos (J - J; J - SA). Os comportamentos de vocalização, esfregação e vigília do grupo foram associados ao macho dominante (Mi); as fêmeas estão envolvidas, principalmente, na maior parte dos comportamentos de manutenção da hierarquia intra-grupo. Os indivíduos jovens (machos sub adultos e juvenis) estão envolvidos em comportamentos de desenvolvimento motor e das relações sociais através de comportamentos como interação social As análises hormonais demonstraram que os encontros inter-grupos desencadeiam uma maior liberação de testosterona nos machos adultos, principalmente Ml(p = 0, 0017) e M2 (p = 0, 0028), e que a liberação entre os dois indivíduos é relacionada (p < 0, 01, isto é, quando um aumenta o outro também aumenta a liberação de testosterona . Isto pode estar indicando uma cooperação na defesa do grupo contra co-específicos. As maiores concentrações de cortisol foram encontradas nas fêmeas, principalmente F3, à dominante entre as fêmeas. As altas concentrações foram encontradas nos períodos de maior conflito inter-grupos. Os animais do PMMSB apesar da disponibilidade de alimentos sofrem intensa limitação de território, isto torna QS comportamentos de territorialidade e relações afiliativas de grande importância paraa permanência no grupo. Além disso, o conflito com co-específicos se mostra altamente importante para a manutenção da sua área de usos Já que estão limitados. Dentre os- fragmentos da região de Ribeirão Preto, os quais possuem forte ação antrópica, devido principalmente, a agroindústria, o PMMSB é o de maior risco para a sobrevivência dos bugios. Não obstante a limitação de espaço, correm risco pelas possibilidades de agressões e endogamia
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.06.2010

  • Como citar
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    • ABNT

      FERMOSELI, André Fernando de Oliveira. Comportamento social e resposta hormonal: hierarquia e estresse em um grupo de bugio-pretos (Alouatta caraya) de uma ilha de mata urbana em Ribeirão Preto/SP. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Fermoseli, A. F. de O. (2010). Comportamento social e resposta hormonal: hierarquia e estresse em um grupo de bugio-pretos (Alouatta caraya) de uma ilha de mata urbana em Ribeirão Preto/SP (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Fermoseli AF de O. Comportamento social e resposta hormonal: hierarquia e estresse em um grupo de bugio-pretos (Alouatta caraya) de uma ilha de mata urbana em Ribeirão Preto/SP. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Fermoseli AF de O. Comportamento social e resposta hormonal: hierarquia e estresse em um grupo de bugio-pretos (Alouatta caraya) de uma ilha de mata urbana em Ribeirão Preto/SP. 2010 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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