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Influência do sabor na deglutição de pacientes com sequela de acidente vascular encefálico (2009)

  • Authors:
  • Autor USP: ALVES, LEDA MARIA TAVARES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: ROO
  • Subjects: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL; DEGLUTIÇÃO; TRANSTORNOS DE DEGLUTIÇÃO; CINTILOGRAFIA
  • Language: Português
  • Abstract: Aproximadamente 25% a 50% dos acidentes vasculares encefálicos resultam em disfagia orofaríngea. Nosso objetivo foi avaliar a deglutição com bolos de diferentes sabores em pacientes com alterações neurológicas provocadas por acidente vascular encefálico. Nossa hipótese é de que o sabor do bolo deglutido possa influenciar na deglutição desses pacientes. Estudamos 36 pacientes, 21 homens e 15 mulheres, com idades entre 44 e 82 anos (média 63 anos) com antecedentes da ocorrência de AVE, de 1 mês a 7 anos, (mediana: 5,5 meses), e de 30 sujeitos no grupo controle, sendo 13 homens e 17 mulheres, com idades entre 33 e 85 anos (média 59 anos), sem sintomas. Foi realizada entrevista com questões direcionadas ao paciente e/ou cuidador. Posteriormente, foram realizadas duas etapas da avaliação clinica: estrutural e funcional. Após a avaliação clínica, os indivíduos foram submetidos à avaliação cintilográfica da deglutição. Foram oferecidos volumes de 5 mL de líquido com 4 sabores diferentes (Doce, Amargo, Azedo e Neutro), em sequência previamente sorteada. As avaliações fonoaudiológicas demonstraram que um número elevado de pacientes com AVE usava próteses dentárias, em um estado de conservação ruim e com má higienização oral, dificuldade na sensibilidade extra oral, na abertura da boca, na deglutição de saliva, além de uma diminuição da força e mobilidade de língua, postura inadequada durante a deglutição, vedamento labial alterado e ruídos cervicais alterados. Emrelação à avaliação cintilográfica da deglutição observamos que os tempos de trânsito, resíduo e depuração oral e faríngea foram maiores nos pacientes com AVE do que nos controles. Nos pacientes com AVE houve mais erros na percepção dos sabores amargo e azedo. Os pacientes com AVE apresentaram mais freqüentemente disfagia do que os controles, durante o exame cintilográfico. Nos controles, o trânsito e a depuração no esôfago proximal foi mais rápido com o sabor azedo do que os outros sabores. No esôfago distal, o trânsito e a depuração foram mais longos com o sabor azedo. No esôfago médio o resíduo foi maior com o sabor azedo do que com o sabor neutro, e no esôfago distal o sabor azedo provocou maior quantidade de resíduo. No grupo com AVE os sabores não influenciaram o tempo de entrada no esôfago proximal, o trânsito e a depuração em esôfago proximal, o trânsito em esôfago médio e a quantidade de resíduo em todo o esôfago. No esôfago médio e no esôfago distal, a depuração foi mais longa com sabor azedo, sendo que no esôfago distal o trânsito foi mais longo com o sabor azedo do que com os outros sabores. Concluímos que há diferença nas fases oral e faringeana da deglutição de pacientes com AVE comparado a controles. Os pacientes com AVE acumulam mais resíduos do material deglutido em esôfago distal do que controles. Os sabores não demonstraram influenciar a deglutição da população estudada nesta pesquisa
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.11.2009

  • How to cite
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    • ABNT

      ALVES, Leda Maria Tavares. Influência do sabor na deglutição de pacientes com sequela de acidente vascular encefálico. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Alves, L. M. T. (2009). Influência do sabor na deglutição de pacientes com sequela de acidente vascular encefálico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Alves LMT. Influência do sabor na deglutição de pacientes com sequela de acidente vascular encefálico. 2009 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Alves LMT. Influência do sabor na deglutição de pacientes com sequela de acidente vascular encefálico. 2009 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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