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Perfil de quimiocinas e ressonância magnética em esclerose múltipla (2009)

  • Autores:
  • Autor USP: FROTA, ELIZABETH REGINA COMINI - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assuntos: DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS; RESSONÂNCIA MAGNÉTICA; ADJUVANTES IMUNOLÓGICOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: A Esclerose Múltipla é a doença inflamatória desmielinizante crônica mais comum do Sistema Nervoso Central, em adultos jovens. Imunomediada por linfócitos T, tem como alvo componentes protéicos da mielina, produzindo desmielinização e lesão axonal em múltiplas áreas da substância branca no encéfalo e medula espinhal. Uma etapa crucial da doença é a migração de linfócitos T auto-reativos contra mielina para dentro do sistema nervoso. Várias moléculas participam desta migração e, dentre elas, as quimiocinas parecem desempenhar papel importante. O objetivo deste estudo foi verificar a variação de níveis séricos das quimiocinas CXCL10/IP-10, CXCL9/Mig, CCL5/ Rantes, CCL4/Mip-1'beta', CCL2/MCP-1 e correlacioná-los com parâmetros clínicos e de ressonância magnética. Foram selecionados 28 pacientes, 21 mulheres, com esclerose múltipla na forma remitente recorrente, com até 10 anos de doença (mediana 5) ,com escore na Escala Expandida de Estado de Incapacidade (Expanded Disability Status Scale -EDSS) até 5 (mediana 2), idades variando entre 18-52 anos (mediana 33), e ainda 28 controles saudáveis pareados aos pacientes por sexo e idade, para coleta de amostras sanguíneas a cada 2 meses durante um ano, num total de sete amostras por paciente, e três por controle. Foram realizadas duas ressonâncias magnéticas, inicial e final, para cada paciente, e uma em controles, avaliando-se as lesões em T2/Flair, T1 sem contraste e T1 com gadolínio, medindo-se a região medial do corpo calosodos pacientes e controles. Dezessete pacientes apresentaram lesões evidenciadas pelo gadolineo em pelo menos uma das ressonâncias. As medidas do corpo caloso dos pacientes foram significantemente menores do que as dos controles do mesmo sexo e idade, correlacionando-se negativamente com número de lesões em T2/Flair e em T1. Quatorze pacientes apresentaram surtos durante o seguimento, 22 pacientes mantiveram os escores de EDSS ao longo do ano. Dezessete pacientes estavam em tratamento antes de iniciar o estudo e 11 não estavam tratados. As quimiocinas foram quantificadas utilizando-se ELISA. CXCL10 foi mais elevada em pacientes do que em controles em todas as amostras, homens não mostraram diferença em relação aos controles, em mulheres tratadas houve aumento dos níveis influenciado por interferon beta. CXCL9 não mostrou alterações dos níveis entre pacientes e controles e não houve influencia de sexo. Os níveis foram mais elevados após os surtos e nos pacientes que não modificaram o escore de EDSS. CCL5 apresentou níveis elevados no soro de controles e pacientes com uma flutuação significante ao longo do tempo, sendo significante nas mulheres particularmente nas tratadas. CCL2 mostrou níveis mais elevados nos pacientes do que os controles e não mostrou alteração pela ocorrência de surtos, tratamento, nem foi influenciado pelo sexo. CCL4 mostrou níveis mais elevados nos pacientes do que em controles, sendo que as mulheres tratadas comimunomoduladores mostraram uma flutuação maior dos níveis ao longo do ano. Concluindo, o presente estudo evidenciou que a medida do corpo caloso pode ser um bom indicador de progressão da doença. As quantificações das quimiocinas CXCL10, CCL5 e CCU no sangue periférico, podem ser úteis para avaliação da gravidade, da flutuação da intensidade da doença e do efeito de tratamento na esclerose múltipla. Influências hormonais devem ser avaliadas em estudos futuros
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.06.2009

  • Como citar
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    • ABNT

      FROTA, Elizabeth Regina Comini. Perfil de quimiocinas e ressonância magnética em esclerose múltipla. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Frota, E. R. C. (2009). Perfil de quimiocinas e ressonância magnética em esclerose múltipla (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Frota ERC. Perfil de quimiocinas e ressonância magnética em esclerose múltipla. 2009 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Frota ERC. Perfil de quimiocinas e ressonância magnética em esclerose múltipla. 2009 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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