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Caracterização clínica e laboratorial de crianças e adolescentes com insensibilidade parcial ao hormônio de crescimento ou ao IGF-I (2009)

  • Autores:
  • Autor USP: MILANI, SORAYA LOPES SADER - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RPP
  • Assuntos: HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (RESISTÊNCIA); PEDIATRIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Os objetivos deste estudo foram analisar a estatura final, o perfil metabólico e a expressão do gene do receptor tipo 1 do IGF-I (IGF1R) de indivíduos com diagnóstico de Baixa Estatura Idiopática (BEI) e concentrações elevadas de hormônio do crescimento (GH) em resposta aos testes de estímulo farmacológico. Estudamos 16 pacientes com BEI e pico do GH '> ou =' 40mU/L (Grupo 1) e 15 indivíduos com pico do GH entre 20 e 40mU/L (Grupo 2). A primeira avaliação fora realizada no período pré- puberal (9 indivíduos) ou na vigência da puberdade (7 indivíduos). Os indivíduos foram reconvocados com idades entre 16-24 anos (Grupo 1) e entre 15-26 anos (Grupo 2) para medida da estatura final, do peso, da prega triciptal e das circunferências braquial e abdominal, bem como para avaliação do estadiamento puberal. Nesta ocasião, realizou-se coleta única de sangue em jejum para análise das concentrações do IGF-I, da expressão do gene do IGF1R no sangue periférico, dos níveis plasmáticos do colesterol total e frações, dos triglicérides, da insulina e da glicose, sendo que no Grupo 1 também foram analisadas as concentrações de IGF-II, GHBP, IGFBPs, ALS e a bioatividade do GH. Todos os indivíduos foram submetidos a ultrassonografia (US) e tomografia computadorizada (TC) do abdome para quantificação da gordura adominal. Os pacientes do Grupo 1 apresentaram estatura final menor do que a do Grupo 2 (- 3,1 '+ ou -' 1,0 vs. -1,8 '+ ou -' 0,7, p=0,001). Adotando a média das concentrações deIGF-I do Grupo 2 como referência, observamos que apenas 3 pacientes do Grupo 1 apresentaram IGF-I entre -1 e +1 DP desta média; 7 pacientes apresentaram IGF-I >+1EDP (Subgrupo 1a) e 9 deles apresentaram IGF-I <+1EDP (Subgrupo 1b). Analisando-se o Grupo 2, 12 indivíduos apresentaram concentrações de IGF-I entre -1 e +1EDP; 2 exibiram IGF-I > +1EDP e 1 apresentou IGF-I < -1EDP. Este padrão de distribuição das concentrações de IGF-I foi significativamente diferente (p=0,04). O IMC do Subgrupo 1a foi menor quando comparado ao do Subgrupo 1b (medianas = - 1,28 vs. -0,58; p=0,03) e ao do Grupo 2 (medianas = -1,28 vs. -0,67; p=0,02). Não houve diferença nas concentrações de colesterol total entre os Grupos 1 e 2 e entre os Subgrupos 1a e 1b. Entretanto, a concentração de LDL-c resultou menor no Subgrupo 1a em relação ao Subgrupo 1b (medianas = 90,0 vs. 115,0 mg/dL; p=0,02) e a de HDL-c foi maior no Subgrupo 1a do que no Subgrupo 1b (medianas = 40,0 vs. 35 mg/dL; p=0,02). A concentração de HDL-c também foi maior no Grupo 2 quando comparada à do Subgrupo 1b (medianas = 42,0 vs. 35,0 mg/dL; p = 0,02). As concentrações de triglicérides foram maiores no Grupo 1 do que no Grupo 2 (medianas = 86,5 vs. 55,0 mg/dL; p=0,03), mas não houve diferença em relação aos Subgrupos 1a e 1b. A US mostrou tendência à quantidade de gordura abdominal ser menor no Subgrupo 1a do que no Subgrupo 1b (medianas = 3,10 vs. 4,19 mm; p=0,14) e do que no Grupo 2 (medianas =3,10 vs. 4,45 mm; p=0,11). A TC não mostrou diferença na quantidade da gordura abdominal entre os grupos e subgrupos. Todos os indivíduos do Grupo 1 apresentaram concentrações de ALS, de GHBP e de IGFBPs normais, bem como a bioatividade do GH. Quando avaliamos o RNAm do gene do IGF1R por PCR em tempo real, encontramos que os pacientes do Grupo 1 apresentam expressão aumentada deste gene em relação aos indivíduos do Grupo 2 (p=0,03). Em conclusão, indivíduos com BEI e concentrações elevadas de GH durante teste de estímulo farmacológico apresentam estatura final comprometida, têm um perfil metabólico peculiar e expressam mais RNAm do gene do IGF1R. Estas características distintas entre pacientes com BEI devem ser consideradas e valorizadas durante sua avaliação, já que podem indicar quadros variados de sensibilidade ao GH ou a IGF-I e, assim, sugerir condutas diferentes para cada grupo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 09.03.2009

  • Como citar
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    • ABNT

      MILANI, Soraya Lopes Sader. Caracterização clínica e laboratorial de crianças e adolescentes com insensibilidade parcial ao hormônio de crescimento ou ao IGF-I. 2009. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. . Acesso em: 25 set. 2024.
    • APA

      Milani, S. L. S. (2009). Caracterização clínica e laboratorial de crianças e adolescentes com insensibilidade parcial ao hormônio de crescimento ou ao IGF-I (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Milani SLS. Caracterização clínica e laboratorial de crianças e adolescentes com insensibilidade parcial ao hormônio de crescimento ou ao IGF-I. 2009 ;[citado 2024 set. 25 ]
    • Vancouver

      Milani SLS. Caracterização clínica e laboratorial de crianças e adolescentes com insensibilidade parcial ao hormônio de crescimento ou ao IGF-I. 2009 ;[citado 2024 set. 25 ]

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