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Migração lateral da desembocadura do rio Itapocú, Santa Catarina - Brasil: evolução morfológica e condicionantes físicas (2008)

  • Authors:
  • Autor USP: SIEGLE, EDUARDO - IO
  • Unidade: IO
  • Subjects: OCEANOGRAFIA FÍSICA; ECOSSISTEMAS COSTEIROS
  • Language: Português
  • Abstract: Desembocaduras são ambientes bastante dinâmicos e sujeitos à complexa interação entre fatores estabilizadores e desestabilizadores. Dependendo dessa interação, desembocaduras podem apresentar a tendência de migração ao longo de barreiras arenosas. A motivação do presente trabalho é a instabilidade no comportamento da desembocadura do rio Itapocú, localizada no litoral centro norte de Santa Catarina, a qual apresenta altas taxas de migração ao longo da barreira arenosa que separa o rio e a laguna do oceano. O objetivo do trabalho é entender o comportamento morfodinâmico desta desembocadura frente aos processos forçantes que atuam na sua migração ao longo da linha de costa. Para análise morfológica 5 levantamentos com DGPS foram realizados na região e foram obtidos dados de descarga fluvial do rio Itapocú. Para obtenção da correta estimativa da deriva litorânea potencial são necessários dados precisos de ondas próximo a costa. Para obtenção destes dados foi utilizado o modelo numérico de refração de ondas MIKE 21 - SW, onde dados de ondas utilizados como condição de contorno foram obtidos de Araújo et al. (2003) e do modelo global de ondas WAVEWATCH III. Os dados de saída do modelo foram utilizados para o cálculo da estimativa da deriva litorânea potencial através do método que considera que a intensidade da deriva é proporcional ao ângulo no qual a frente de onda se aproxima da costa; y = sená.cosá, e que a energia de onda é diretamente proporcional aoquadrado da sua altura x = y.H2. Para obter o ângulo da frente da onda, a região foi dividida em 10 segmentos de linha de costa que apresentam semelhança na inclinação em relação ao norte. Os dados fornecidos pelos 5 levantamentos demonstraram oscilações nas taxas de migração diária do canal, porém a resultante da migração foi para o norte. Foi observado variações na largura do canal durante o período monitorado que apresentaram como foi observado em análises históricas. A obteção dos sentidos opostos da deriva indica também a possível variação no clima de ondas da região. Entre as variáveis analisadas podemos afirmar que a deriva litorânea que controlou a migração do canal durante o período de estudo. A obtenção de dados simultâneos de ondas e morfológicos podem demonstrar uma relação melhor da influência da deriva no sentido de migração da desembocadura. uma relação de médio termo com a descarga fluvvial, em épocas de chuva a largura do canal foi maior, e em épocas de secas a largura diminui. O eixo do canal da desembocadura apresentou variação durante o ano, de norte passou levemente para sul. Essa variação pode causar maior ou menor exposição do pontal norte à ação de ondas, o que provoca erosão e pode contribuir para maiores taxas de migração do canal. O processo de refração de ondas nesta porção do litoral de Santa Catarina foi significativo na modificação das ondas incidentes de sudeste e sul, e as ondas de nordeste e leste foram as queapresentaram menor variação no ângulo de incidência a se aproximar da costa. A deriva litorânea potencial gerada devido ao fenômeno da refração, mostrou um padrão interessante na região. A deriva anual mostrou a predominância do sentido norte-sul, e quando analisada sazonalmente foram observadas inversões de sentido para os dados obtidos a partir de Araújo et al(2003). A deriva litorânea a partir de dados do modelo WAVEWATCH apresentou sentido sul-norte durante todo o ano monitorado e em frente a desembocadura todos os segmentos apresentaram sentido sul-norte concordando com a migração observada nos levantamentos morfológicos. Os anos de análise dos dados de Araújo et al, (2003) e do modelo WAVEWATCH são diferentes e o sentido da deriva foi oposto, Araújo et al. (2003) deriva dominante para sul e WAVEWATCH dominante para norte, essa inversão indica que a desembocadura pode apresentar inversões no sentido da migração como foi observado em análises históricas. A obteção dos sentidos opostos da deriva indica também a possível variação no clima de ondas da região. Entre as variáveis analisadas podemos afirmar que a deriva litorânea que controlou a migração do canal durante o período de estudo. A obtenção de dados simultâneos de ondas e morfológicos podem demonstrar uma relação melhor da influência da deriva no sentido de migração da
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    • ABNT

      CASSIANO, Gabriela Freire e SIEGLE, Eduardo. Migração lateral da desembocadura do rio Itapocú, Santa Catarina - Brasil: evolução morfológica e condicionantes físicas. 2008, Anais.. São Paulo: Iousp, 2008. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Cassiano, G. F., & Siegle, E. (2008). Migração lateral da desembocadura do rio Itapocú, Santa Catarina - Brasil: evolução morfológica e condicionantes físicas. In . São Paulo: Iousp.
    • NLM

      Cassiano GF, Siegle E. Migração lateral da desembocadura do rio Itapocú, Santa Catarina - Brasil: evolução morfológica e condicionantes físicas. 2008 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Cassiano GF, Siegle E. Migração lateral da desembocadura do rio Itapocú, Santa Catarina - Brasil: evolução morfológica e condicionantes físicas. 2008 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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