Vulnerabilidade de mulheres à aids: estudo da mortalidade segundo Anos Potenciais de Vida Perdidos, Estado de São Paulo, 1985 a 2006 (2008)
- Autores:
- Autor USP: NICHIATA, LUCIA YASUKO IZUMI - EE
- Unidade: EE
- Assuntos: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (MORTALIDADE); SAÚDE DA MULHER
- Idioma: Português
- Resumo: 1. Objetivos: No Estado de São Paulo, a aids aparece entre as principais causas de mortalidade entre mulheres na faixa etária de 15 a 39 anos. Quando o óbito ocorre precocemente, antes da expectativa de vida ao nascer, há indícios de que os indivíduos ou grupos sociais estiveram submetidos a uma particular condição de vida que os levou a morte. O presente estudo analisa a mortalidade por aids entre as mulheres no Estado de São Paulo, medido pelos Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) e indicadores sociais dos municípios. 2. Material e métodos: Os dados foram acessados em março de 2007, no Programa de Controle de DST/AIDS do Estado de São Paulo. Foram estudadas mulheres, com idades de 15 a 69 anos, que vieram a óbito a partir de 01/01/1985 até 31/12/2006. Calculou-se o APVP em número absoluto e taxa, segundo os 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) que reúne os 645 municípios. Considerou-se 70 anos como limite de idade para as mulheres. Foram utilizados o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e os Anos de Estudo Concluídos (AEC), como indicadores de condições de vida, elaborados pelo SEADE. 3. Resultados e discussão A mortalidade por aids entre mulheres tem sofrido redução a partir de 1996. A idade média das mulheres ao morrer veio aumentando gradativamente ao longo do período estudado, de 26 anos em 1985 para 41 anos em 2005, demonstrando maior sobrevida. A distribuição das TAPVP ao longo dos anos,nos DRS mostra que algumas regiões sofreram maior número de mortes por aids prematuramente: Baixada Santista, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Registro e Barretos. Segundo o IPRS, regiões com baixas taxas de APVP (Araçatuba, S.J. Boa Vista e Marília) tem seus municípios com baixos valores desse índice. Localidades com altas taxas de APVP não apresentaram piores índices. Quanto ao IPRS, parece haver relação desse com as TAPVP: regiões com piores condições de vulnerabilidade socioeconômica apresentaram alta taxa de APVP (DRS de Barretos e Registro) e vice-versa (Campinas). Acima de 75% dos DRS apresentou mais da metade dos óbitos por aids entre mulheres com até 3 anos de estudo, média esta menor que a do Estado (6,5 anos). Nos DRS de Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Piracicaba chama a atenção que quase a totalidade (mais de 75%) das mulheres que vieram a óbito, tinham até 3 anos de estudo. 4. Conclusões: A mortalidade por aids, embora venha sofrendo diminuição, ainda é importante causa de morte prematura no Estado de São Paulo entre as mulheres. A análise das taxas de APVP, segundo indicadores sociais demonstrou que há distribuição heterogênea dos anos de vida perdidos, segundo agregação por DRS. É visto certa relação entre piores condições de vida e maior número de APVP por aids. São conhecidos os determinantes que tornam as mulheres vulneráveis à morte precoce: são mulheres de baixa escolaridade, muitas delas envolvidascom a questão do uso de drogas (elas mesmas e/ou seus parceiros); tem dificuldade de se reconhecerem como população vulnerável, resultando em busca por diagnóstico e tratamento em estágios mais avançados da doença e, em geral ela prioriza o cuidado de outros da família, em detrimento de seu próprio, dentre outros. O aumento no tempo de sobrevida das mulheres está diretamente relacionado à política pública de enfrentamento de cada região (em termos de acesso a serviços)
- Imprenta:
- Editora: USP
- Local: Ribeirão Preto
- Data de publicação: 2008
- Nome do evento: Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP)
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ABNT
PRATA, Maiky Carneiro da Silva. Vulnerabilidade de mulheres à aids: estudo da mortalidade segundo Anos Potenciais de Vida Perdidos, Estado de São Paulo, 1985 a 2006. 2008, Anais.. Ribeirão Preto: USP, 2008. . Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Prata, M. C. da S. (2008). Vulnerabilidade de mulheres à aids: estudo da mortalidade segundo Anos Potenciais de Vida Perdidos, Estado de São Paulo, 1985 a 2006. In . Ribeirão Preto: USP. -
NLM
Prata MC da S. Vulnerabilidade de mulheres à aids: estudo da mortalidade segundo Anos Potenciais de Vida Perdidos, Estado de São Paulo, 1985 a 2006. 2008 ;[citado 2024 mar. 29 ] -
Vancouver
Prata MC da S. Vulnerabilidade de mulheres à aids: estudo da mortalidade segundo Anos Potenciais de Vida Perdidos, Estado de São Paulo, 1985 a 2006. 2008 ;[citado 2024 mar. 29 ] - Papilomavírus humano e neoplasia cervical: a produção científica nos países da América Latina e Caribe nos últimos 11 anos
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