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As construções médias do português do Brasil sob a perspectiva teórica da morfologia distribuída (2008)

  • Autores:
  • Autor USP: PACHECO, JULIANA DA COSTA - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLL
  • Assuntos: PORTUGUÊS DO BRASIL; MORFOLOGIA (LINGUÍSTICA); GRAMÁTICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: O propósito deste estudo é descrever e analisar o comportamento de sentenças médias no português do Brasil (PB), tais como Dissertação de mestrado não se escreve fácil e Cachecol tricota rápido. Muito têm-se discutido a respeito das construções médias, em diversas línguas, visto que elas agregam em si uma complexa relação entre a sintaxe, a semântica e, para alguns, o léxico. Foi a extensa bibliografia e a sempre presente discordância entre autores a respeito dessas construções que despertou nosso interesse em trabalhar com esse tema. Entretanto, descrever as construções médias do português Brasileiro revelou-se uma tarefa das mais árduas. Explica-se: há dois fatores de grande importância para a descrição dessas sentenças que estão em aparente mudança nesse idioma. O primeiro desses fenômenos é a mudança no uso dos clíticos que, de modo geral, está diminuindo em nossa língua (Tarallo (1983), Nunes (1990, 1995), Cyrino (1992, 2003), Fernandes (2000). O segundo fenômeno é o fato de o português do Brasil estar passando por um processo generalizado de mudança na classe dos verbos de alternância transitiva, já apontado na literatura (Whitaker-Franchi (1989), Chagas (2000), Viotti & Negrão (2006)). Tendo como perspectiva teórica a Morfologia Distribuída, um dos recentes desenvolvimentos da Gramática Gerativa, acreditamos poder dar um tratamento unicamente sintático, mais enxuto e uniforme do que as propostas de análise até hoje sugeridas. Fundamentando-nos notrabalho de Marantz (1997), no qual o autor propõe que uma interpretação agentiva de um determinado sintagma pode ser devida, não somente à presença de um núcleo verbal, mas também a informações sintático-semânticas da própria raiz participante da construção. além de baseando-nos na combinação das características sintático-semânticas das raízes envolvidas na construção. Também, Alexiadou, Anagnostopoulou e Schäfer ) (2005) hipotetizam, seguindo Kratzer (2002), em favor de decompor os verbos alternantes em uma raiz, um núcleo de causa e um núcleo de voz. Os dados do PB, vistos pela perspectiva da Morfologia Distribuída, nos permitirão ir adiante nas pesquisas sobre o tema específico que desenvolveremos neste trabalho e, ao mesmo tempo, trarão novas evidências e questionamentos a respeito da teoria que apóia este projeto
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.07.2008
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      PACHECO, Juliana da Costa. As construções médias do português do Brasil sob a perspectiva teórica da morfologia distribuída. 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-26112008-141332/. Acesso em: 06 maio 2024.
    • APA

      Pacheco, J. da C. (2008). As construções médias do português do Brasil sob a perspectiva teórica da morfologia distribuída (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-26112008-141332/
    • NLM

      Pacheco J da C. As construções médias do português do Brasil sob a perspectiva teórica da morfologia distribuída [Internet]. 2008 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-26112008-141332/
    • Vancouver

      Pacheco J da C. As construções médias do português do Brasil sob a perspectiva teórica da morfologia distribuída [Internet]. 2008 ;[citado 2024 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-26112008-141332/

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