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Ictioplâncton na plataforma continental externa e talude superior do sudeste brasileiro (2008)

  • Autor:
  • Autor USP: KATSURAGAWA, MARIO - IO
  • Unidade: IO
  • Sigla do Departamento: IOB
  • Assuntos: PEIXES; ICTIOPLANCTON
  • Idioma: Português
  • Resumo: Baseando-se em dados obtidos durante dois cruzeiros oceanográficos com o N/Oc. "Prof. W. Besnard", ao largo da costa sudeste brasileira, entre Cabo Frio (RJ) e cabo de Santa Marta Grande (SC), durante o projeto "Importância e caracterização da quebra da plataforma continental para recursos vivos e não vivos" (PADCT), foi realizado um estudo quali-quantitativo, objetivando a obtenção de mais conhecimentos acerca das assembléias de larvas de peixes da área, bem como dos padrões de distribuição do ictioplâncton relacionados com as condições oceanográficas, em especial com a corrente do Brasil. O primeiro cruzeiro ocorreu em novembro/dezembro de 1997 e o segundo em maio de 2001. O ictioplâncton foi coletado com a rede bongô (333 'mü'm e 505 'mü'm), enquanto que os dados hidrográficos foram obtidos através do CTD. As análises dos pares T-S indicaram mistura entre AC e ACAS na faixa mais rasa nas duas épocas, que se torna tênue na faixa intermediária e praticamente inexistente na oceânica. Porém, no outono observou-se uma menor contribuição das ACAS no setor plataforma sul em relação ao norte. Já a contribuição da AT na composição das massas de água da faixa rasa foi baixa, mas comparativamente menor na primavera que no outono, sendo que no setor plataforma sul da primavera essa massa de água esteve ausente. Nos setores intermediários observa-se, nos dois cruzeiros, a tendência da maior contribuição da AT ao norte em relação ao sul. Houve diferença significativa embiovolume do zooplâncton, entre as duas estações do ano, sendo que na primavera houve uma variação entre 0,01 e 9,21 ml*'m POT.-3' (média = 0,73 ml*m'POT.-3, dp=1,53), enquanto que no outono a variação foi entre 0,02 ml*m'POT.-3' e 1,43 ml*m'POT.-3'(média = 0,23 ml*m'POT.-3', dp = 0,34). Os valores médios de abundância de ovos de peixes foram sempre mais baixos na faixa da plataforma, mas os altos valores em faixas mais distantes da costa, ) como na oceânica, indicam intensa atividade de desova, possivelmente de espécies mesopelágicas. Na primavera foram coletadas 6989 larvas (66 famílias e duas ordens) e no outono 8195 larvas (58 famílias e uma ordem). Myctophidae foi, de longe, o grupo mais abundante dentre todos os táxons identificados, correspondendo aos valores de abundância média de 43,05 larvas*m'POT.-2' (dp= 49,25) no primeiro cruzeiro e 27,69 larvas*m'POT.-2' (dp= 28,59) no segundo. Quatro grandes assembléias de larvas reconhecidas na área de estudo, cujas distribuições estão em correspondência com os agrupamentos das estações de coleta. Essas distribuições apresentam variações sazonais intensas, porém mantendo certos padrões, principalmente em relação à distância da costa. O grupo 1 inclui larvas de peixes pelágicos ou demersais típicos de plataforma continental, tais como S. brasiliensis, E. anchoita, T, lathami, Monolene spp. O grupo 2 inclui basicamente grupos demersais e epipelágicos típicos de plataforma, mas com tendência aocorrer também em águas mais afastadas, além de alguns mesopelágicos (Stomias sp., C. hipurus, Gobiidae, A. thazard). O grupo 3 apresentou grande variação entre primavera e outono, porém nos dois períodos observa-se a predominância de táxons mesopelágicos na sua composição (e.g. P. mauli, M. affine, M. stehmanni, Diaphus spp.), junto com larvas de pelágicos e demersais da plataforma continental. O grupo 4 também apresentou grande variabilidade em composição, entre os dois períodos, com predomínio de mesopelágicos, mas incluindo alguns epipelágicos e demersais de distribuição ampla, mas preferencialmente mais afastadas da costa (Lamprididae, S. spinosus, Ariommatidae, Macrouridae). Os resultados de ACP indicaram correlação entre grupos taxonômicos e menores ou maiores valores de temperatura e salinidade, profundidade, e épocas de coleta. Esses dados refletem o papel das massas de água na ) distribuição e variação sazonal dos agrupamentos de larvas, sendo forte a influência da massa de AT na distribuição dos táxons mesopelágicos, enquanto que as espécies epipelágicas se correlacionaram com valores mais altos de biovolume e valores baixos de temperatura e salinidade, sugerindo a influência de AC e ACAS
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.03.2008

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    • ABNT

      KATSURAGAWA, Mario. Ictioplâncton na plataforma continental externa e talude superior do sudeste brasileiro. 2008. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. . Acesso em: 25 set. 2024.
    • APA

      Katsuragawa, M. (2008). Ictioplâncton na plataforma continental externa e talude superior do sudeste brasileiro (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Katsuragawa M. Ictioplâncton na plataforma continental externa e talude superior do sudeste brasileiro. 2008 ;[citado 2024 set. 25 ]
    • Vancouver

      Katsuragawa M. Ictioplâncton na plataforma continental externa e talude superior do sudeste brasileiro. 2008 ;[citado 2024 set. 25 ]


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