Avaliação da secreção diária de melatonina pela glândula pineal em animais com alcoolismo crônico (2007)
- Autores:
- Autor USP: CIPOLLA NETO, JOSE - ICB
- Unidade: ICB
- Assunto: FISIOLOGIA
- Idioma: Português
- Resumo: Objetivo: Pacientes alcoólatras em recuperação freqüentemente têm problemas de distúrbios do sono, o que levou os cientistas a questionarem a influência desse quadro na produção de melatonina pela glândula pineal. Os dados na literatura, entretanto são controversos. O objetivo deste projeto foi verificar qual é realmente a influência do álcool na produção de melatonina, e quais eram os mecanismos de tais alterações. Métodos e Resultados: Para induzir o alcoolismo, ratos machos da linhagem Wistar com 2 meses de idade tiveram suas garrafas de água substituídas por outras com solução de etanol 10 % e foram mantidos por 35 dias. Em paralelo, havia animais controles ingerindo água. Após esse período os animais foram sacrificados em 8 pontos eqüidistantes ao longo do dia e as glândulas pineais retiradas. A dosagem de melatonina por cromatografia HPLC mostrou que os animais alcoólatras apresentavam uma produção média de melatonina menor e um atraso de fase para alcançar o pico de produção. Para caracterizar o efeito do álcool sobre parâmetros de morte celular na glândula foram analisadas a viabilidade celular e a fragmentação do DNA por citometria de fluxo, que não mostraram qualquer variação significativa entre os animais controle e os alcoólatras.Experimentos de RT-PCR realizados para verificar diferenças na expressão das enzimas da via de produção de melatonina nos mostraram que para a N-acetiltransferase, a expressão na pineal dos animais alcoólatras ésignificantemente (p< 0.05) menor que a dos animais controle. ) Para a hidroxindol-O-metiltransferase, a expressão também foi menor nos animais alcoólatras (p < 0.01). Para o atraso de fase na produção, realizamos experimentos de RT-PCR para os receptores de melatonina no Núcleo Supraquiasmático, que nos mostraram que a expressão tanto do receptor MT1 quanto do MT2 é significantemente menor nos animais alcoólatras (p< 0.05) em relação aos controles. Conclusões: A queda na produção de melatonina provavelmente se deve a queda na expressão das enzimas da via de produção de melatonina,principalmente da NAT,cuja atividade é diretamente dependente da expressão. Já os efeitos na expressão de MT1 e MT2 no NSQ poderiam explicar a mudança no padrão de produção de melatonina. A interação do hormônio com ambos os receptores são fundamentais para manter o efetivo controle da expressão rítmica dos genes relógio no NSQ. Assim, nos animais alcoólatras,a expressão destes genes deve estar modificada. Dado que o NSQ tem projeções para a glândula pineal, que regulam a produção da melatonina, esse deve ser o motivo da alteração no padrão temporal circadiano na secreção do indol.
- Imprenta:
- Editora: Federação de Sociedades de Biologia Experimental
- Local: Águas de Lindóia
- Data de publicação: 2007
- Fonte:
- Título do periódico: Programa e Resumos
- Nome do evento: Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental - FESBE
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ABNT
PERES, R. et al. Avaliação da secreção diária de melatonina pela glândula pineal em animais com alcoolismo crônico. 2007, Anais.. Águas de Lindóia: Federação de Sociedades de Biologia Experimental, 2007. . Acesso em: 19 set. 2024. -
APA
Peres, R., Amaral, F. G., Lima, T. M., Afeche, S. C., & Cipolla Neto, J. (2007). Avaliação da secreção diária de melatonina pela glândula pineal em animais com alcoolismo crônico. In Programa e Resumos. Águas de Lindóia: Federação de Sociedades de Biologia Experimental. -
NLM
Peres R, Amaral FG, Lima TM, Afeche SC, Cipolla Neto J. Avaliação da secreção diária de melatonina pela glândula pineal em animais com alcoolismo crônico. Programa e Resumos. 2007 ;[citado 2024 set. 19 ] -
Vancouver
Peres R, Amaral FG, Lima TM, Afeche SC, Cipolla Neto J. Avaliação da secreção diária de melatonina pela glândula pineal em animais com alcoolismo crônico. Programa e Resumos. 2007 ;[citado 2024 set. 19 ] - Tratado de Fisiologia Médica
- Pensamento e linguagem
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