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Abertura da privacidade e o sigilo do HIV/AIDS nas equipes do programa saúde da família de uma unidade básica de saúde do município de São Paulo (2007)

  • Autores:
  • Autor USP: ABDALLA, FERNANDA TAVARES DE MELLO - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENS
  • Assuntos: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; HIV; COMUNICAÇÃO SIGILOSA; SAÚDE DA FAMÍLIA; PRIVACIDADE
  • Idioma: Português
  • Resumo: Desde a identificação das primeiras pessoas com aids vêm ocorrendo mudanças no perfil da epidemia. Acometendo inicialmente homens, adultos com alta escolaridade e com práticas homossexuais, passou a atingir cada vez mais os jovens, os grupos sociais de maior exclusão social, as pessoas com práticas heterossexuais e as mulheres. Observa-se crescimento de casos em mulheres a partir da década de 90, embora proporcionalmente o número de casos seja ainda maior em homens. Até novembro de 2000, do total de 196 016 casos de aids notificados no Brasil, um quarto era do sexo feminino. Após o diagnóstico da infecção pelo HIV, as mulheres enfrentam dificuldades das mais variadas formas, desde aquelas relacionadas à infecção e ao adoecimento, ao tratamento e aos cuidados diários, até aquelas referidas ao campo afetivo-relacional. Dado que a doença é envolta em preconceito, estigma que podem levar a discriminação há preocupação das mulheres com o "segredo" da infecção pelo HIV. Considerando isto, o Programa Saúde da Família (PSF) pode incluir ações que desenvolvam habilidades de busca e recepção de apoio social, fortalecimento de vínculos familiares e sociais na assistência e convivência com as pessoas acometidas pelo HIV/AIDS. O PSF convergindo para a promoção da qualidade de vida das pessoas e de seu ambiente pode intensificar as ações de promoção à saúde e prevenção do HIV. Desta forma, entende-se que, considerando a autonomia da usuária, a abertura da privacidade pela usuáriapode auxiliar na resposta às necessidades de saúde pelas equipes de PSF. As discussões sobre os conflitos que os profissionais de saúde do PSF encontram no seu cotidiano e que envolvem a manutenção da privacidade e sigilo das informações das usuárias, na perspectiva da Bioética, especialmente na questão do HIV/AIDS, são objetos do presente estudo. Seus resultados podem servir como subsídios para a ) reflexão das práticas do PSF e conseqüentemente para a melhoria da qualidade da assistência em saúde. Este estudo teve como objetivo discutir as situações que envolvem questões de privacidade e sigilo das informações nas experiências de assistência às mulheres portadoras de HIV/AIDS, vivenciadas pelas equipes do PSF. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, exploratório, na qual foram utilizadas as metodologias de grupo focal e entrevista semi estruturada. Foi realizada numa Unidade Básica de Saúde que opera com modelo de PSF no município de São Paulo. Foram coletadas as falas de dois grupos focais com agentes comunitários de saúde (ACS) e 25 entrevistas individuais com enfermeiros, médicos e auxiliares de enfermagem. Os depoimentos foram analisados segundo Bardin e organizados nos temas: a) a revelação do diagnóstico de HIV para a usuária; b) acolhimento e vínculo na abertura da privacidade; c) a revelação do diagnóstico de HIV aos membros da equipe de PSF e, d) discussão em equipe e o sigilo das informações. Verificou-se que os profissionais do PSFtomam conhecimento sobre o diagnóstico do HIV pela própria usuária, familiares, vizinhos, ACS ou outro membro da equipe e profissionais de saúde dos serviços de referência, além do prontuário e dos resultados de exames. A mulher revela seu diagnóstico de HIV, abrindo sua privacidade quando há confiança e vínculo na relação usuáriaprofissional. Os profissionais buscam assegurar o sigilo referente ao diagnóstico do HIV. A abertura da privacidade da informação possibilita a discussão das necessidades de saúde da usuária e o planejamento das ações pelas equipes de PSF
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.05.2007
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      ABDALLA, Fernanda Tavares de Mello. Abertura da privacidade e o sigilo do HIV/AIDS nas equipes do programa saúde da família de uma unidade básica de saúde do município de São Paulo. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-05072007-084152/. Acesso em: 13 maio 2024.
    • APA

      Abdalla, F. T. de M. (2007). Abertura da privacidade e o sigilo do HIV/AIDS nas equipes do programa saúde da família de uma unidade básica de saúde do município de São Paulo (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-05072007-084152/
    • NLM

      Abdalla FT de M. Abertura da privacidade e o sigilo do HIV/AIDS nas equipes do programa saúde da família de uma unidade básica de saúde do município de São Paulo [Internet]. 2007 ;[citado 2024 maio 13 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-05072007-084152/
    • Vancouver

      Abdalla FT de M. Abertura da privacidade e o sigilo do HIV/AIDS nas equipes do programa saúde da família de uma unidade básica de saúde do município de São Paulo [Internet]. 2007 ;[citado 2024 maio 13 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-05072007-084152/


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