Ser cuidadora: uma questão de gênero. [recurso eletrônico] (2006)
- Authors:
- Autor USP: OLIVEIRA, MARIA AMELIA DE CAMPOS - EE
- Unidade: EE
- Subjects: MULHERES; RELAÇÕES DE GÊNERO; CUIDADOS DOMICILIARES DE SAÚDE
- Language: Português
- Abstract: Introdução: No Brasil foi contatdo que os cuidadores domiciliares, na sua maioria são do sexo feminino e familiares. No estudo sobre a mulher cuidadora, Diaz discute o papel da mulher não só como instrumento de continuidade do cuidado, mas também como sujeito no processo de cuidar, com necessidades e capacidades para alcançar seu bem estar que devem ser potencializados por meio de ações preventivas. Cuidar de indivíduos dependentes para AVDs tornou-se uma função normativa e esperada na vida das mulheres, construída a partir de estruturas sociais de gênero. Gênero é utilizado como forma básica de representar as relações de poder em que as representações dominantes são apresentadas como naturais e inquestionáveis, a posição da mulher é subalternizada e há uma subvalorização do seu trabalho, tanto remunerado como doméstico, neste estudo, representado pelo ato de cuidar. Objetivo: Apreender a percepção das cuidadoras sobre o cuidado, suas expectativas e sentimentos sobre o ato de cuidar, privilegiando o enfoque de gênero. Metodologia: A população foi constituída por 38 cuidadoras. Foram realizadas entrevistas com perguntas abertas durante visitas domiciliárias do PAD-HU/USP. As variáveis qualitativas foram analisadas utilizando-se a análise de conteúdo definida por Bardin. Resultados: Após leitura flutuante foram separados 3 categorias empíricas: sentimentos ambíguos como sofrimento x prazer, facilidades x dificuldades no cuidado e ser mulher na perspectiva degênero como algo naturalizado na vida das mulheres. Foram reunidos os sentimentos como resultados das relações que estabelecem com os pacientes, das situações de intimidade física e emocional decorrentes do cuidado e de seus valores morais, culturais e religiosos. Ao serem questionados sobre as facilidades ou dificuldades elas destacaram algumas atividades que consideram mais fáceis, como a administração da alimentação, dar os remédios e fazer os curativos. ) Questionadas se o fato de "ser mulher" teve influência nas suas eleições como cuidadoras, referiram, em sua maioria, ser uma função naturalizada como própria da condição feminina, o que incluir o cuidado dos filhos e também dos idosos e doentes. Referem que a mulher tem mais "jeito" e mais paciência do que o homem para o cuidado. Conclusão: O trabalho como cuidadora domiciliária é permeado por situações de ambivalência de sentimentos e por situações de sofrimento x prazer, querer x não querer ser e estar como cuidadora. Cabe ressaltar que as facilidades e as dificuldades relatadas estão diretamente relacionadas à rede de suporte social, constituída predominantemente por familiares, ao apoio institucional que recebem para o cuidado domiciliário e às relações conflituosas ou não, que mantêm ou mantiveram com o paciente. Dessa forma, os profissionais devem permitir e apoiar a reflexão crítica do papel da mulher como cuidadora e propor intervenções para que estas questões não se torne destrutiva na vidadestas
- Imprenta:
- Publisher: Hospital Israelita Albert Einstein
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2006
- Source:
- Título do periódico: Anais
- Conference titles: Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar
-
ABNT
SPORTELLO, Elisabete Finzch et al. Ser cuidadora: uma questão de gênero. [recurso eletrônico]. 2006, Anais.. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein, 2006. . Acesso em: 18 abr. 2024. -
APA
Sportello, E. F., Oliveira, M. A. de C., Pereira, I., Silva Silmara N,, & Bonini, M. (2006). Ser cuidadora: uma questão de gênero. [recurso eletrônico]. In Anais. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein. -
NLM
Sportello EF, Oliveira MA de C, Pereira I, Silva Silmara N, Bonini M. Ser cuidadora: uma questão de gênero. [recurso eletrônico]. Anais. 2006 ;[citado 2024 abr. 18 ] -
Vancouver
Sportello EF, Oliveira MA de C, Pereira I, Silva Silmara N, Bonini M. Ser cuidadora: uma questão de gênero. [recurso eletrônico]. Anais. 2006 ;[citado 2024 abr. 18 ] - A institucionalização e o desenvolvimento da enfermagem no Brasil frente ás politicas de saúde
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