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Respostas à acidez em células de tabaco (Nicotiana tabacum) cv. BY-2 em diferentes estados de sensibilidade (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: STEFANUTO, VANDERLEI ANTONIO - CENA
  • Unidade: CENA
  • Assunto: MEMBRANA PLASMÁTICA
  • Language: Português
  • Abstract: Os solos ácidos recobrem, cerca de 40% da área terrestre, constituindo-se em um dos principais fatores limitantes à população à produção vegetal do planeta. No Brasil, os solos ácidos abrangem cerca de dois terços do território nacional. De um modo geral, a acidez do subsolo reduz a profundidade do sistema radicular, aumentando a susceptibilidade à seca e diminuindo o uso de nutrientes pelas plantas. Além da alta atividade de íon hidrogênio (H+), os solos ácidos geralmente apresentam níveis tóxicos de alumínio, sendo que a toxicidade por AI tem sido intensivamente investigada nos últimos anos. No entanto, a toxicidade por AI ocorre apenas a pH baixo e em condições onde a toxicidade por prótons geralmente também se manifesta. Apesar disto, trabalhos envolvendo a toxicidade por prótons são escassos. A sensibilidade de células a pH baixo depende da fase de crescimento e desenvolvimento em que estas se encontram. Em raízes, as células mais sensíveis são as da região de alongamento e em suspensões celulares as células na fase log de crescimento são mais sensíveis do que as células na fase estacionária. Este trabalho faz parte de uma linha de pesquisa que procura explorar as diferenças que existem entre células quanto à sensibilidade a pH baixo para melhor entender a toxicidade e tolerância a prótons. Foram utilizadas células da cultura de tabaco cv. BY-2, um sistema modelo que apresenta diversas vantagens sobre o uso de raízes para a realização destetrabalho continua... ) Os objetivos deste estudo foram de a) determinar condições apropriadas para a exposição destas células a acidez; b) caracterizar a resposta destas células a pH baixo, sob influência de diferentes fatores ambientais, quando se encontram em estados distintos de sensibilidade ao pH baixo; e c) verificar se mudanças na sensibilidade das células a pH baixo podem ser decorrentes de alterações na composição da membrana plasmática ou na atividade das ATPases. Vários testes iniciais foram realizados com o intuito de se definir algumas condições experimentais - o tempo de exposição, a composição do meio e o tampão a ser empregado. Optou-se por lavar as células e depois incubá-las por 1h em meio simples com pH desejado e contendo apenas Ca 'Cl IND. 2' 2mM, KCl 10mM. E o tampão MES ou biftalato (10 mM). O biftalato foi testado porque o tampão MES, usado normalmente no meio de cultura completo, não é eficiente na faixa de pH abaixo de 5,0. O biftalato (pKa = 4,1) praticamente não afetou a viabilidade celular avaliada pela permeabilidade a trypan blue, mas inibiu o crescimento celular no meio de cultura completo. Mesmo assim, os dois tampões foram utilizados em paralelo em diversos experimentos e verificou-se que os resultados foram semelhantes. A viabilidade das células na fase log (2 dias) foi reduzida quando se abaixou o pH de 5,6 a 3,8, sendo que caiu mais acentuadamente até o pH de 4,8 continua... ) As células da fase estacionaria (7d) foraminsensíveis ao baixo pH. A um pH fixo de 4,2 aumentando-se a concentração de Ca 'Cl IND. 2' para cerca de 8 a 16 mM praticamente aboliu o efeito deletério do pH baixo. Para se ter o mesmo efeito com a adição de KCl, foi necessário adicionar entre 80 e 160 mM. A adição de sacarose também amenizou os efeitos do pH'sendo praticamente revertido a uma concentração de 100 Mm. Os resultados indicam a importância da força iônica e da osmolaridade da solução, mas o efeito de Ca não parece depender apenas destas duas propriedades. A inibição de ATPases, pelo uso de DCCD, não pareceu ter qualquer relação com a sensibilidade a pH baixo. Tanto células de tabaco na fase log quanto estacionárias foram sensíveis à aplicação de ortovanadato de sódio. Em células da fase estacionária, este efeito mais acentuado a pH 4,2, sugerindo que nestas células, as H+ ATPases do tipo P da membrana plasmática podem ter algum papel na tolerância destas células ao baixo pH. Encontrou-se diferenças no perfil protéico de frações enriquecidas em membrana plasmática entre células da fase log e estacionárias e entre células tratadas ou não a pH baixo. Estas diferenças precisam ser melhor estudadas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.09.2006
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      STEFANUTO, Vanderlei Antonio. Respostas à acidez em células de tabaco (Nicotiana tabacum) cv. BY-2 em diferentes estados de sensibilidade. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-25012007-151831/. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Stefanuto, V. A. (2006). Respostas à acidez em células de tabaco (Nicotiana tabacum) cv. BY-2 em diferentes estados de sensibilidade (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-25012007-151831/
    • NLM

      Stefanuto VA. Respostas à acidez em células de tabaco (Nicotiana tabacum) cv. BY-2 em diferentes estados de sensibilidade [Internet]. 2006 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-25012007-151831/
    • Vancouver

      Stefanuto VA. Respostas à acidez em células de tabaco (Nicotiana tabacum) cv. BY-2 em diferentes estados de sensibilidade [Internet]. 2006 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-25012007-151831/


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