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Perda celular e hipocampal e efeitos amnésicos induzidos por metotrexate e isquemia cerebral: estudos in vitro e em cultura organotípica de secções de hipocampo de ratos e efeitos do amifostine (2006)

  • Autores:
  • Autor USP: TANHOFFER, EDSON ANTONIO - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIF
  • Assuntos: HIPOCAMPU DE ANIMAL; ISQUEMIA CEREBRAL; COMPORTAMENTO ANIMAL
  • Idioma: Português
  • Resumo: O presente estudo avaliou o efeito do amifostine (WR-2721) na perda neural e alterações comportamentais que se seguem à aplicação neonatal do quimioterápico metotrexate (MTX), em ratos. Avaliou também os efeitos do amifostine na perda celular e no prejuízo comportamental que se seguem à isquemia cerebral "in vivo" e, paralelamente, o seu efeito em secções organotípicas de hipocampo mantidas em cultura, submetidas à privação de oxigênio e glicose. Grupos independentes de ratos da linhagem Wistar pré-tratados com amifostine (duas doses foram utilizadas) receberam injeções de MTX por via intratecal; posteriormente, esses animais foram testados em tarefas comportamentais sensíveis à função hipocampal, incluindo diferentes versões do labirinto aquático de Morris e do labirinto em cruz elevado. Comoesperado, os animais expostos ao MTX sem tratamento prévio com o amifostine apresentaram (1) perda substancial de células piramidais dos subcampos CA1 e CA3 da formação hipocampal e de células granulares do giro dentado, como revelado por estimativas estereológicas quantitativas, (2) prejuízo de aquisição e retenção no teste de memória de referencia espacial no labirinto aquático e (3) prejuízo de desempenho no teste de memória operacional espacial, no labirinto aquático. Os ratos submetidos à micro-infusão intratecal de amifostine previamente ao MTX revelaram substancial redução da perda neuronal bem como reversão parcial do prejuízo comportamental observado após oquimioterápico; esse efeito é tanto mais intenso quanto maior a dose de amifostine (Capítulo I). Portanto, o amifostine, reverteu parcialmente os efeitos do MTX. Os efeitos comportamentais de uma única dose intratecal de amifostine administrada antes da indução de 30 minutos de isquemia cerebral transitória total ou focal foram também avaliados no labirinto aquático de Morris. Ratos expostos apenas à isquemia cerebral transitória global exibiram prejuízo de desempenho tanto em tarefas de memória de referencia como de memória operacional, ambas espaciais. Esse prejuízo foi revertido pelo amifostine. No caso de ratos expostos apenas a isquemia cerebral transitória focal, não houve déficit de desempenho nas tarefas comportamentais; porém quando esse procedimento foi associado ao pré-tratamento com amifostine, houve substancial prejuízo no desempenho das tarefas de memória de referência e de memória operacional no labirinto aquático (Capítulo II). Adicionalmente, foi avaliado o potencial neuroprotetor do amifostine, em três diferentes concentrações, na sobrevivência de células mantidas em culturas organotípicas de secções de hipocampo de rato submetidas a 25 minutos de privação de oxigênio e glicose (POG); a taxa de morte celular foi avaliada pelo método de captação celular de iodeto de propídeo (IP). Como esperado, houve aumento da morte celular em todas as populações de células hipocampais no grupo que sofreu POG; esse efeito foiparticularmente pronunciado no sub-campo CA1 do hipocampo. O amifostine, quando administrado em baixas concentrações (0,0001mM), preveniu a morte celular induzida por POG; porém, quando adicionado em concentrações elevadas (0,005mM), intensificou a morte celular induzida pelo POG, principalmente no subcomponente CA1 da formação hipocampal. Na dose intermediária (0,001mM), o amifostine não acelerou a morte celular induzida por POG. Interessantemente, quando adicionado à cultura sem associação com o POG, o amifostine não apresentou toxicidade detectável (Capítulo III). No conjunto, esses resultados mostram que o amifostine exibe potencial citoprotetor contra a perda celular induzida pela administração de MTX e pela isquemia cerebral transitória. Porém, o amifostine pode intensificar a perda celular induzida pela isquemia focal transitória
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 15.08.2006

  • Como citar
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    • ABNT

      TANHOFFER, Edson Antônio. Perda celular e hipocampal e efeitos amnésicos induzidos por metotrexate e isquemia cerebral: estudos in vitro e em cultura organotípica de secções de hipocampo de ratos e efeitos do amifostine. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. . Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Tanhoffer, E. A. (2006). Perda celular e hipocampal e efeitos amnésicos induzidos por metotrexate e isquemia cerebral: estudos in vitro e em cultura organotípica de secções de hipocampo de ratos e efeitos do amifostine (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Tanhoffer EA. Perda celular e hipocampal e efeitos amnésicos induzidos por metotrexate e isquemia cerebral: estudos in vitro e em cultura organotípica de secções de hipocampo de ratos e efeitos do amifostine. 2006 ;[citado 2024 set. 19 ]
    • Vancouver

      Tanhoffer EA. Perda celular e hipocampal e efeitos amnésicos induzidos por metotrexate e isquemia cerebral: estudos in vitro e em cultura organotípica de secções de hipocampo de ratos e efeitos do amifostine. 2006 ;[citado 2024 set. 19 ]

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