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Hipogonadismo hipogonadotrófico congênito: espectro clínico e o papel do gene KAL1, do gene do receptor 1 do fator de crescimento de fibroblastose do gene do receptor do hormônio liberador de gonadotrofina (2006)

  • Autores:
  • Autor USP: VERSIANI, BEATRIZ RIBEIRO - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Assunto: GENÉTICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: A base genética da maioria dos casos de hipogonadismo hipogonadotrófico (HH) ainda é desconhecida. O hipogonadismo hipogonadotrófico isolado (HHI) é geralmente esporádico, entretanto, entre os casos familiais, padrões de herança autossômica recessiva, autossômica dominante e ligada ao cromos somo X já foram descritos. Mutações no gene do receptor do GnRH (GNRHR) são responsáveis pelo quadro de HHI sem anosmia em algumas famílias. A Síndrome de Kallmann (SK) é uma síndrome de hipogonadismo hipogonadotrófico associado a hipo/anosmia, na qual existe uma grande variabilidade clínica e genética. Três tipos de herança estão associados a esta síndrome, sendo que dois genes já foram descritos: KALl, responsável pela SK com herança ligada ao cromossomo X recessiva; e FGFRl (KAL2), implicado na etiologia da SK com herança autossômica dominante. Os objetivos deste estudo foram avaliar alterações nos genes GNRHR, KAL1 e FGFR1 em pacientes com hipogonadismo hipogonadotrófico congênito isolado; avaliar a correlação genótipo/fenótipo, e o padrão de herança, no caso de história familiar positiva. Neste trabalho foram avaliados vinte e seis pacientes do sexo masculino com diagnóstico clínico e laboratorial de HH. Além do quadro de HH, sinais associados à SK (hipo/anosmia, criptorquidia, fenda labial, fenda palatina, hipoplasia ou agenesia renal, hipoacusia neurossensorial, sincinesia, anormalidades oculomotoras e ataxia cerebelar) também foramobservados. Os pacientes foram submetidos a exames laboratoriais e exames de imagem (ultra-sonografia renal e RMN de encéfalo). Na presente casuística, observamos que 85% dos pacientes com HH congênito apresentaram hipo/anosmia. Do grupo de pacientes com SK, 38% apresentaram história familiar positiva: uma família com padrão de herança autossômica dominante, uma com padrão de herança autossômica recessiva, quatro com padrão de herança ligada ao X recessiva e duas com padrão de herança indeterminado. Dentre as alterações mais freqüentemente associadas à SK, observamos que 83% dos pacientes com SK ligada ao X apresentaram sincinesia, entretanto, este sinal foi também encontrado em pacientes com padrão de herança autossômica dominante. Aproximadamente um terço dos pacientes com SK apresentaram alteração renal, sendo agenesia renal a mais comum, estando associada apenas à forma de herança ligada ao X. Dos vinte e três pacientes que realizaram RMN de encéfalo, quinze apresentaram hipotrofia ou atresia de bulbos e/ou sulcos olfatórios. Não foram detectadas mutações no gene GNRHR em pacientes com HHI sem hipo/anosmia. Foi observada a presença de duas novas mutações missense no gene KALl - a mutação S478X no éxon 10, associada à herança ligada ao X e a mutação N304S no éxon 7 associada a padrão de herança ignorado - além de uma deleção de catorze pares de base no éxon 11, em uma família com padrão de herança ligada ao X. Foi observada, ainda, apresença de duas alterações polimórficas no gene KAL1, previamente descritas: a troca de uma adenina por uma guanina no éxon 11, levando a uma mudança no códon 534 (V534I); e a troca de uma timina por uma citosina no éxon 12, sem alteração de aminoácido (Ile>Ile). No gene FGFRl duas mutações novas foram encontradas em três pacientes de duas diferentes famílias: P722S no éxon 16, encontrada em uma família, e L245P no éxon 6, observada em um caso esporádico. A presença, nesta série, de mutações em apenas 27% dos pacientes com hipogonadismo hipogonadotrófico congênito sugere o envolvimento de outros genes na sua etiologia. A grande variabilidade fenotípica sugere, ainda, que ocorra uma interação entre os produtos protéicos dos genes, não sendo possível descartar a ação de fatores epigenéticos e/ou ambientais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.07.2006

  • Como citar
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    • ABNT

      VERSIANI, Beatriz Ribeiro. Hipogonadismo hipogonadotrófico congênito: espectro clínico e o papel do gene KAL1, do gene do receptor 1 do fator de crescimento de fibroblastose do gene do receptor do hormônio liberador de gonadotrofina. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Versiani, B. R. (2006). Hipogonadismo hipogonadotrófico congênito: espectro clínico e o papel do gene KAL1, do gene do receptor 1 do fator de crescimento de fibroblastose do gene do receptor do hormônio liberador de gonadotrofina (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Versiani BR. Hipogonadismo hipogonadotrófico congênito: espectro clínico e o papel do gene KAL1, do gene do receptor 1 do fator de crescimento de fibroblastose do gene do receptor do hormônio liberador de gonadotrofina. 2006 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Versiani BR. Hipogonadismo hipogonadotrófico congênito: espectro clínico e o papel do gene KAL1, do gene do receptor 1 do fator de crescimento de fibroblastose do gene do receptor do hormônio liberador de gonadotrofina. 2006 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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