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Reversão da anticoagulação oral: aplicação de protocolo de conduta em serviço médico de emergência (2005)

  • Authors:
  • Autor USP: TOZETTO, DAVID JOSÉ OLIVEIRA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: ANTICOAGULANTES; VITAMINA K (USO;PREVENÇÃO E CONTROLE); MEDICINA DE EMERGÊNCIA
  • Language: Português
  • Abstract: A anticoagulação oral é amplamente utilizada em nosso meio para o tratamento e prevenção de várias doenças associadas a eventos tromboembólicos. Porém, seu controle é difícil e as complicações são freqüentes, com tratamento no ambiente de urgência envolvendo a reversão da anticoagulação oral. Embora a vitamina K seja utilizada neste tratamento, dose e via de administração ainda são sujeitas à controvérsia, justificando o presente estudo que avaliou a implantação de protocolo para reversão da anticoagulação oral na sala de urgência. Foram estudados 104 pacientes (69,9 '+ OU -' 15,4 anos; 45 homens) com elevação do INR acima da faixa terapêutica, atendidos na urgência de hospital terciário, constituído por 26 pacientes sem sangramento (razão normalizada internacional INR <5 - 0%; INR 5 - 10 -16,34%; e INR > 10 - 8,65%) e por 78 pacientes com sangramento (menor - 48,1%; maior - 20,2%; ou ameaçador da vida - 6,7%). O índice de qualidade da anticoagulação nos 6 meses prévios à admissão (sangramento ausente - 67,17%; menor - 46,30%; maior - 52,75%) e a presença de lesões estruturais nos pacientes com sangramento foram as duas características que permitiram diferenciar os pacientes. O grupo de estudo não diferiu de um grupo de 46 pacientes (64,7 '+ OU -' 13,5 anos; 19 homens), atendidos previamente à implantação do protocolo, excluindo possível erro sistemático oriundo da modificação da população atendida. O protocolo para reversão do efeito anticoagulante foi baseadono uso de vitamina K (1; 2,5; 5 mg) por via endovenosa, particularizada dependendo da presença e da gravidade do sangramento ou do valor do INR inicial nos casos em que o sangramento se encontrava ausente e reservou a transfusão de plasma fresco congelado para os casos com sangramento ameaçador da vida. A reversão da anticoagulação foi documentada pela mensuração do INR a cada 12 horas. O protocolo se mostrou eficaz e seguro, com boa aderência. A vitamina K foi eficaz na reversão da anticoagulação, sendo seu efeito dose-dependente. Embora não se tenha documentado diferença entre as doses de 1 e 2,5 mg (redução percentual do INR - 72% x 67%; p ns) 12 horas após a administração da vitamina K, um incremento para 5 mg implicou em efeito adicional (83%; p < 0,05 em relação às dosagens de 1 e 2,5 mg). Além da magnitude, o aumento da dosagem implicou em persistência do efeito na avaliação 24 horas após a infusão de vitamina K. A gravidade do sangramento e o valor do INR inicial podem influenciar a resposta à vitamina K. Não foi documentado efeito adverso da aplicação endovenosa da vitamina K. A anticoagulação oral foi mantida em 79 pacientes após a alta, tendo o seguimento por 3 meses revelado baixa qualidade da anticoagulação oral, independentemente do uso de vitamina K ( sem administração - 45,21%; 1 mg - 40,06%; 2,5 mg - 48,13%). Estas características permitem concluir que a dose utilizada de vitamina K deve ser particularizada na dependênciada presença de sangramento, valor inicial de INR e tipo de sangramento, fundamentando o protocolo proposto
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.12.2005

  • How to cite
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    • ABNT

      TOZETTO, David José Oliveira. Reversão da anticoagulação oral: aplicação de protocolo de conduta em serviço médico de emergência. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Tozetto, D. J. O. (2005). Reversão da anticoagulação oral: aplicação de protocolo de conduta em serviço médico de emergência (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Tozetto DJO. Reversão da anticoagulação oral: aplicação de protocolo de conduta em serviço médico de emergência. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Tozetto DJO. Reversão da anticoagulação oral: aplicação de protocolo de conduta em serviço médico de emergência. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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