Exportar registro bibliográfico

O direito de resistência no pensamento político da reforma protestante: os sistemas de João Calvino e Théodore de Bèze (2005)

  • Autores:
  • Autor USP: ROCHA, PAULO ROBERTO PEDROZO - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLF
  • Assunto: REFORMA PROTESTANTE
  • Idioma: Português
  • Resumo: O pensamento político da Reforma Protestante tem sido tradicionalmente estudado por dois diferentes pontos de vista: a perspectiva histórica, que procura em fatos da vida dos Reformadores uma compreensão do turbulento período que deu origem à Reforma do século XVI e a perspectiva teológica, não importa se sistemática ou exegética, que usará os textos clássicos da Reforma Francesa para defender e ou entender a fé cristã. Em geral, os Reformadores mostraram em seus escritos, suas atividades políticas e pastorais. Entre eles, Théodore de Bèze e João Calvino enfatizaram o papel dos magistrados populares, que tinham que resistir às autoridades superiores quando estas não desempenhavam bem suas funções. Em caso de as autoridades terem perdido a dignidade de seu ofício, os magistrados populares deveriam oferecer-lhes resistência. É esta a condição do estabelecimento do dever e do direito de resistência contra o Estado, em qualquer regime político, quando ele se opõe à vontade de Deus para os povos. Nesta tese leva-se em consideração o desenvolvimento dos trabalhos políticos de Calvino e Bèze, entre outros Reformadores. A medida em que analisamos a idéia de vida política no pensamento desses Reformadores, levamos também em consideração o papel do indivíduo na formação do Estado de acordo com a tradição Reformada. O que objetivamos aqui é encontrar o limite legal da ação deste indivíduo, quais são suas possibilidades na resistência política: ele seria livre totalmenteou a quais formas de subserviência deveria se submeter sem contestação? Depois de lidar com a relação entre os cidadãos e o Estado na perspectiva de Lutero, Thomas Müntzer e Ulrico Zwínglio, esta tese trata da questão do mal, ou melhor, é possível imaginar ser Deus o autor do mal? A seguir, uma comparação dos sistemas políticos ) propostos por Bèze e Calvino e seus respectivos resultados, podemos concluir que existe uma teoria da resistência no pensamento político da Reforma Protestante do século XVI. Esta teoria não contradiz o imperioso dever de submissão à autoridade. Calvino, Bèze entre outros Reformadores lutaram contra os abusos de poder, enquanto lidavam com problemas políticos e filosóficos relativos à desobediência civil e ao direito de resistência. Então, como conclusão, é possível dizer que, a medida em que o tempo passou, o direito de resistência passou a ser um dever de resistência, tão logo as perseguições políticas se tornaram reais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.11.2005

  • Como citar
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      ROCHA, Paulo Roberto Pedrozo. O direito de resistência no pensamento político da reforma protestante: os sistemas de João Calvino e Théodore de Bèze. 2005. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Rocha, P. R. P. (2005). O direito de resistência no pensamento político da reforma protestante: os sistemas de João Calvino e Théodore de Bèze (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Rocha PRP. O direito de resistência no pensamento político da reforma protestante: os sistemas de João Calvino e Théodore de Bèze. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Rocha PRP. O direito de resistência no pensamento político da reforma protestante: os sistemas de João Calvino e Théodore de Bèze. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ]

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

Biblioteca Digital de Produção Intelectual da Universidade de São Paulo     2012 - 2024