Avaliação do estresse oxidativo em gatos com insuficiência renal crônica e anemia (2005)
- Autores:
- Autor USP: SANTOS, MAURICIO DINIZ DOS - FMVZ
- Unidade: FMVZ
- Sigla do Departamento: VCM
- Assuntos: GATOS; INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA; ANEMIA
- Idioma: Português
- Resumo: A anemia hipoproliferativa é uma das principais conseqüências da insuficiência renal crônica (IRC), causada principalmente pela deficiência relativa na produção renal de eritropoetina. Evidências em humanos, roedores e cães demonstraram que outros fatores como a ocorrência de estresse oxidativo, pelo desequilíbrio entre a excessiva produção de espécies reativas do metabolismo do oxigênio (EROs) e/ou a diminuição dos mecanismos de defesa antioxidantes das hemácias, pode ocasionar a peroxidação dos lipídeos da membrana eritrocitária, causando a hemólise e, assim, exacerbando a anemia na IRC. Com o objetivo de avaliar a influência do estresse oxidativo na anemia dos gatos com IRC, foram avaliadas as concentrações de glutationa reduzida e as atividades das enzimas antioxidantes - glutationa-peroxidase, glutationa-redutase e superóxido-dismutase eritrocitárias em gatos sadios (n=22) e em gatos com IRC e anemia (n=25). Também foram determinadas as concentrações plasmáticas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (SRATB) como indicador de peroxidação lipídica plasmática em ambos os grupos. Não foram detectadas diferenças significantes nas concentrações eritrocitárias de glutationa reduzida e na atividade da enzima glutationa-peroxidase. Entretanto, os valores das atividades da enzima eritrocitária glutationa-redutase foram significativamente maiores (P = 0,006) nos gatos com IRC e anemia (25,45 ± 9,40 U/g Hb; média ± desvio padrão) do que nos animais normais(18,21 ± 5,69 U/g Hb), sugerindo que a sua ação possa ter promovido a regeneração da glutationa reduzida pela redução da glutationa oxidada. Os valores da atividade da enzima eritrocitária superóxido-dismutase foram significativamente menores (P = 0,022) nos gatos com IRC e anemia (2.471 ± 534 U/g Hb) se comparado ao grupo dos gatos clinicamente sadios (2.797 ± 799 U/g Hb), indicando a ocorrência de deficiência parcial deste sistema de defesa. Além ) disso, os gatos com IRC e anemia apresentaram maiores concentrações plasmáticas de SRATB (0,82 ± 0,36 µmol/L) quando comparadas ao grupo controle (0,39 ± 0,09 µmol/L) (P = 0,0001). Os resultados obtidos indicam a presença do estresse oxidativo em gatos com IRC, provavelmente desencadeado pelo aumento de produção das EROs que pôde ser causada pela hipóxia e ativação de leucócitos, decorrentes da anemia e pela deficiência relativa do sistema de defesa antioxidante intraeritrocitário. O aumento da atividade da enzima glutationa-redutase e a manutenção das concentrações eritrocitárias de glutationa reduzida nos animais doentes indicam que as células foram capazes de manter o principal mecanismo de defesa antioxidante eritrocitário, não havendo evidências de relação entre a presença de estresse oxidativo e a intensificação da anemia, apesar da presença do aumento da peroxidação lipídica plasmática
- Imprenta:
- Data da defesa: 21.10.2005
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ABNT
SANTOS, Maurício Diniz dos. Avaliação do estresse oxidativo em gatos com insuficiência renal crônica e anemia. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. . Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Santos, M. D. dos. (2005). Avaliação do estresse oxidativo em gatos com insuficiência renal crônica e anemia (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Santos MD dos. Avaliação do estresse oxidativo em gatos com insuficiência renal crônica e anemia. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ] -
Vancouver
Santos MD dos. Avaliação do estresse oxidativo em gatos com insuficiência renal crônica e anemia. 2005 ;[citado 2024 abr. 19 ]
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