Neurossífilis na era aids: análise clínica e laboratorial de trinta pacientes (2004)
- Autores:
- Autor USP: GITAÍ, LÍVIA LEITE GÓES - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RNP
- Assuntos: NEUROSSÍFILIS; INFECÇÕES POR HIV
- Idioma: Português
- Resumo: A sífilis permanece uma importante causa de morbidade em vários países em desenvolvimento e em áreas dos EUA e Europa. A neurossífilis é uma de suas complicações mais graves, cuja incidência foi reduzida e o perfil clínico modificado com a popularização do uso de antibióticos. O advento da aids suscitou muitas dúvidas sobre novas mudanças no seu perfil epidemiológico e clínico, no sentido de aumento na incidência, evolução mais rápida com manifestações clínicas mais graves, maior dificuldade diagnóstica e menor resposta ao tratamento. Definir o papel da infecção pelo HIV no desenvolvimento da neurossífilis é fundamental na abordagem diagnóstica e terapêutica desses pacientes. Para descrever e comparar as características clínicas e laboratoriais da neurossífilis em pacientes soropositivos e soronegativos para HIV, pesquisamos retrospectivamente os prontuários de pacientes com diagnóstico de neurossífilis no HCFMRP-USP no período de janeiro de 1988 a dezembro de 2002. O diagnóstico de neurossífilis foi baseado na presença de teste treponêmico positivo no, sangue (FTA-ABS ou MHA-TP) associado a teste não-treponêmico positivo no LCR (Wassermann ou VDRL). Identificamos 30 pacientes com neurossífilis, 26,7% soropositivos para HIV. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73,3%) e a idade média foi de 40,9 '+OU-' 13, 1 anos. Os pacientes soropositivos para HIV apresentaram menor idade média (30,7 anos), maior freqüência de neurossífilis precoce(100%), maiores títulos de VDRL (1:128) no sangue e maior proteinorraquia média na punção sub-occipital (101mg/dl) que os soronegativos. A maior freqüência de pleocitose e maior celularidade média nos pacientes soropositivos não atingiram significância estatística. Os pacientes com neurossífilis precoce apresentaram menor idade média (35,5 anos), maior celularidade média no LCR (139,1 cél./'mm. POT 3') e maior freqüência de melhora objetiva após o tratamento (70,6%) ... que aqueles com neurossífilis tardia. Observamos, portanto, que a neurossífilis apresenta diferenças epidemiológicas, clínicas e laboratoriais entre os pacientes soropositivos e soronegativos para HIV
- Imprenta:
- Local: Ribeirão Preto
- Data de publicação: 2004
- Data da defesa: 09.06.2004
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ABNT
GITAÍ, Lívia Leite Góes. Neurossífilis na era aids: análise clínica e laboratorial de trinta pacientes. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2004. . Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Gitaí, L. L. G. (2004). Neurossífilis na era aids: análise clínica e laboratorial de trinta pacientes (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Gitaí LLG. Neurossífilis na era aids: análise clínica e laboratorial de trinta pacientes. 2004 ;[citado 2024 abr. 19 ] -
Vancouver
Gitaí LLG. Neurossífilis na era aids: análise clínica e laboratorial de trinta pacientes. 2004 ;[citado 2024 abr. 19 ]
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