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Arte e sensibilidade: as estruturas figurativas no universo de Vincent Van Gogh (2004)

  • Autores:
  • Autor USP: ARAUJO, MARIA HELENA VIEIRA DE - FE
  • Unidade: FE
  • Assuntos: ARTES; SENSIBILIDADE (PERSONALIDADE); EDUCAÇÃO (CULTURA); IMAGINAÇÃO; ANTROPOLOGIA EDUCACIONAL
  • Idioma: Português
  • Resumo: Pesquisa teórica de teor antropológico, trazendo a exame algumas estruturas de sensibilidade no cosmo imaginário do pintor holandês Vincent van Gogh. O estudo teve como suporte teórico e metodológico a teoria geral do imaginário de Gilbert Durand e a análise psicocrítica de Charles Mauron, além de contribuições convergentes no âmbito das investigações alinhadas à proposta de remitologização da educação e cultura, sobretudo de outros autores do Círculo de Eranos. Na intenção de uma releitura mítico-arquetípica do trajeto do artista, seguiu-se os procedimentos sugeridos por Durand, ensaiando uma mitocrítica de sua trajetória articulada com um ensaio de mitanálise do período em que viveu, a segunda metade do século XIX. Com vistas a esse objetivo, examinou-se sua correspondência e suas obras de arte a partir de uma dupla leitura, sincrônica e diacrônica, para detectar os traços de possíveis símbolos, cujos significados são passíveis de revelação no cruzamento do tempo vertical e do tempo linear, indicando a predominância de certos arquétipos, matrizes das grandes imagens da humanidade. Sendo o tempo existencial vinculado ao tempo cultural verificou-se os movimentos de recursividade entre os mitos romântico e decadente, de forte presença no século XIX, e sua dinâmica com os mitos pessoais que orientaram o percurso do pintor, quase-pastor e eterno peregrino. No âmbito de uma antropologia de inspiração educacional, o caminho de Van Gogh sugere uma noção de educação que possacontemplar as demandas internas do daimon vocacional, reunidas ao auxílio ao iniciado nas provas de uma via iniciática, visando a um conhecimento mais profundo, de teor gnóstico, conjugando o sagrado e o profano. Perspectiva que se abre no contexto mais amplo de uma gnose renovada, por meio da recondução de uma razão monolítica e ciclópica a uma racionalidade aberta e generosa, capaz de acolher os paradoxos do homo sapiens-demens. Nesse sentido, ), o processo educativo pressente-se como multidisciplinaridade viva e transcendente, recebendo com Eros e Psyché a pluralidade do ser humano, esse ser oximorônico, néoteno neg-entropo, que se constitui no trânsito recursivo em que as pulsões da fantasmática pessoal relacionam-se de modo concorrencial, antagonista e complementar com a fantástica coletiva. Processo no qual se tornam relevantes a percepção e apreensão da nossa herança mítica e dos poderes da imaginação, acolhendo esta que já foi 'a louca da casa', que então se transformaria em aliada na constituição de uma pessoa humana mais qualitativamente integrada na pluralidade da anima mundi
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.05.2004

  • Como citar
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    • ABNT

      ARAÚJO, Maria Helena Vieira de. Arte e sensibilidade: as estruturas figurativas no universo de Vincent Van Gogh. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Araújo, M. H. V. de. (2004). Arte e sensibilidade: as estruturas figurativas no universo de Vincent Van Gogh (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Araújo MHV de. Arte e sensibilidade: as estruturas figurativas no universo de Vincent Van Gogh. 2004 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Araújo MHV de. Arte e sensibilidade: as estruturas figurativas no universo de Vincent Van Gogh. 2004 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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