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Diversidade de fitofisionômias e aspectos fisiográficos na região sudeste da Chapada Diamantina - BA (2003)

  • Autores:
  • Autor USP: NOBREGA, MARCELO ARAUJO DA - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assuntos: BIODIVERSIDADE; GEOPROCESSAMENTO; GEOGRAFIA FÍSICA; FITOGEOGRAFIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Este estudo aborda aspectos fitogeográficos da região sudeste da Chapa Diamantina - BA, especialmente uma caracterização das fitofisionomias, suas relações com fatores climáticos e fisiográficos, suas distribuições espaciais e parte de suas composições florísticas. Além disso, foi analisada a relação da fitomassa com dados espectrais e identificados os padrões de distribuição geográfica de algumas das espécies estudadas. No estudo das fitofisionomias, foram elaborados perfis-diagramas com informações da estrutura da vegetação e da composição florística. Foram estudadas 9 fitofisionomias: floresta estacional semidecidual, capão de floresta estacional semidecidual, campo cerrado, campo sujo de cerrado, campo limpo de cerrado, campo rupestre, caatinga, mata seca entre a caatinga e o cerrado e o carrasco. A área basal total das espécies destas fitofisionomias varia de 0,74 'm POT.2' na floresta estacional semidecidual, até 0,01 'm POT.2' no campo limpo, no campo sujo e no campo rupestre. A floresta estacional semidecidual apresenta o maior porte com quase 10% das plantas acima dos 15m, enquanto o campo limpo tem o menor porte com mais de 70% das espécies menores que 1m. Foram estudadas as relações das fitofisionomias com fatores climáticos, topográficos e pedológicos. Essas relações constaram de simples relações com duas variáveis e também multivariadas. A precipitação média anual varia de 575mm, na caatinga, a 1291mm, na floresta estacional semidecidual e no camporupestre, enquanto a temperatura média anual varia de '19,9 GRAUS'C, no campo rupestre e na floresta estacional semidecidual, a '23,8 GRAUS'C na caatinga. As relações de vegetação com a topografia foram realizadas através de técnicas de geoprocessamento. Verificou-se que a maior parte dos tipos de vegetação da região (61%) situa-se acima dos 1000m e não muito relacionada a uma determinada declividade ou orientação de vertente. A altitude foi um fator evidente, mostrando, por exemplo, que a caatinga apareceu abaixo da cota dos 900m e o campo rupestre acima dos 1000m. As análises dos solos mostraram, de forma geral, que se tratam de solos bastante ácidos e poucos férteis. Os melhores solos quanto a fertilidade foram encontrados na caatinga, enquanto os poires estão no campo sujo. Quanto às profundidades são variadas, sendo profundos no compo limpo, no campo sujo, no carrasco e no capão de floresta estacional semidecidual e, aqueles rasos, presentes no campo rupestre, campo cerrado e na caatinga. Análises multivariadas com dados de solo, clima, vegetação e índice espectral mostraram relações mais completas entre as fitofisionomias estudadas. As análises mostraram que as florestas estacionais semidecíduas relacionam-se muito com a umidade, a presença de matéria orgânica nos solos e alta capacidade de troca catiônica e alta acidez potencial. Os tipos de cerrado apresentam relações próximas entre si, ao passo que, o camporupestre de um lado, e a caatinga de outro, apresentam os extremos das relações com os outros tipos de vegetação da região. Os tipos ecotonais, como o carrasco e a mata seca entre a caatinga e o cerrado, apresentaram razoáveis relações entre si. A distribuição espacial da vegetação foi realizada através de técnicas de geoprocessamento em imagens de satélite LANDSAT-TM, no programa IDRISI. As fitofisionomias foram delimitadas numa imagem que combina bandas no vermelho e no infravermelho próximo (índice de vegetação) e através de trabalhos de campo. Para elaboração dos mapas de vegetação, foram criadas 6 classes de índices de vegetação que correspondem a um ou mais de um tipo de fitofisionomia. Algumas das classes de índices de vegetação foram separadas, de modo que, toda a diversidade da vegetação na região pudesse ser observada nos mapas. Sendo assim, criou-se 11 classes de cobertura vegetal: agropecuária, mata seca, caatinga, mata seca entre a caatinga e o cerrado, campo cerrado, campo sujo, campo limpo, campo rupestre, carrasco, florestas estacionais semideciduais baixas incluído matas de galerias e de maior porte e, mosaico de savanas arborizadas/matas baixas. As classes que predominam são florestas estacionais semideciduais baixas/matas de galerias e campo limpo. No que diz respeito a composição florística, foram identificadas 164 espécies, 137 gêneros distribuídos em 60 famílias. A maioria dessas espécies foram exclusivas de umadeterminada fitofisionomia, sendo a vegetação de carrasco a que apresentou o maior número de espécies comuns a outro tipos de vegetação. A maior parte das espécies identificadas apresenta um padrão de distribuição geográfica amplo, englobando províncias ou regiões inteiras do Reino Neotropical. No entanto, um número considerável de espécies são endêmicas da Chapada Diamantina. As relações entre a fitomassa e índices de vegetação mostraram-se altas entre comunidades campestres (campo sujo, campo limpo e campo rupestre), enquanto que, as relações da área basal total com os índices de vegetação em todas as fitofisionomias estudadas, foram menores
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.07.2003

  • Como citar
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    • ABNT

      NÓBREGA, Marcelo Araújo da. Diversidade de fitofisionômias e aspectos fisiográficos na região sudeste da Chapada Diamantina - BA. 2003. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. . Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Nóbrega, M. A. da. (2003). Diversidade de fitofisionômias e aspectos fisiográficos na região sudeste da Chapada Diamantina - BA (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Nóbrega MA da. Diversidade de fitofisionômias e aspectos fisiográficos na região sudeste da Chapada Diamantina - BA. 2003 ;[citado 2024 set. 19 ]
    • Vancouver

      Nóbrega MA da. Diversidade de fitofisionômias e aspectos fisiográficos na região sudeste da Chapada Diamantina - BA. 2003 ;[citado 2024 set. 19 ]

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