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Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia (2002)

  • Autores:
  • Autor USP: MICHELONE, ADRIANA DE PAULA CONGRO - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENC
  • Assuntos: NEOPLASIAS COLORRETAIS; QUALIDADE DE VIDA; ENFERMAGEM ONCOLÓGICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar e comparar a qualidade de vida dos doentes com câncer colorretal, com e sem ostomia, atendidos pelo SUS na 14ª Divisão Regional da Secretaria de Saúde de Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, com abordagem quantitativa. Inicialmente, o estudo foi submetido ao Comitê de Ética de Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Medicina de Marília e, após aprovação, procedeu-se ao rastreamento da população e posterior coleta de dados. Para esta, utilizou-se um instrumento contendo os dados sócio-demográficos e clínicos da população e a escala World Health Organization Quality of Life-bref (WHOQOL-bref) que foi desenvolvida pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS e adaptada à língua portuguesa por Fleck et al. O WHOQOL-bref é composto por 24 questões distribuídas em quatro domínios: Dísico, Psicológico, Relações Sociais e Meio ambiente e duas questões que medem qualidade de vida geral. O instrumento mostrou propriedades psicométricas satisfatórias para este estudo quanto à consistência interna, à validade de constructo e à validade de critério concorrente. Quanto à casuística, de um total de 110 pessoas com diagnóstico de câncer colorretal no período de 1995-2000, excluídos os não sobreviventes, os residentes fora da DIR-14, aqueles sem condições para entrevista e os que não foram localizados, totalizou 48 indivíduos que compuseram 2 grupos, conforme a ausência (31 doentes ou 64,6%) e prsença (17doentes ou 35,4%) do estoma. Após as entrevistas, os dados coletados foram submetidos as análises estatísticas descritiva e inferencial. Para as pessoas sem ostomia houve predomínio de homens (54,85), com idade entre 47 e 67 anos (58,1%) e média de 60,9 anos (DP=12,07), com ensino fundamental (51,66), vivendo com companheiro (64,5%), católicos (90,3%), exercendo atividades remuneradas (41,9%), que não estavam recebendo tratamento adjuvante (80,6%), ) operados há mais de 1 ano (72,4%), com tempo médio após a cirurgia de 32,6 meses (DP=21,8) e com outras doenças associadas (67,75). No grupo de pessoas com ostomia houve predomínio de homens (58,8%), com idade superior a 68 anos (64,7%) e média de 66,5 anos (DP=15,95), não alfabetizados (47,1%), sem companheiro (52,9%), católicos (64,7%), exercendo atividades remuneradas (52,9%), sem retorno ao trabalho anterior após a doença (70,6%), que não estavam recebendo tratamento adjuvante (76,5%), operados entre 3 meses a 1 anos (47,1%), com tempo médio após a cirurgia de 20,2 meses (DP=20) e sem doenças associadas (70,6%). Diferenças estatisticamente significantes foram detectadas entre os grupos para os intervalos de idade, religião, retorno ao trabalho, intervalos de tempo após cirurgia e doenças associadas (p,0,05). Quanto à qualidade de vida, numa variação possível de 0 a 100, obtiveram-se escores médios para as pessoas sem ostomias de: 68,1 (DP=23,7) no domínio Físico, 68,2 (DP=29,5) no domínio Psicológico, 66,6(DP=23,6) no domínio Relações Sociais (DP=26,8) no domínio Meio ambiente. Para os ostomizados, obtiveram-se 58,6 (DP=18,6) no domínio Físico, 62,7 (DP=17,4) no domínio Psicológico, 64,7 (DP=21,0) no domínio Relações Sociais e 60,1 (DP=11,5) no domínio Meio-ambiente. Constataram-se diferenças estatisticamente significantes para os escores médios de qualidade de vida nos domínios Físico e Relações Sociais, respectivamente para as variavéis religião e retorno ao trabalho (p, 0,05). Apesar de casuística limitada e da utilização de instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida, embora com propriedades psicométricas satisfatórias para a população avaliada, o estudo foi importante não só pela possibilidade de comparar aspectos da qualidade de vida de pacientes oncológicos com e sem estoma, como pelo percurso metodológico com bases epidemiológicas bem estabelecidas que, certamente, ) possibilitarão a sua reprodutibilidade em outras regiões e mesmo em diferentes clientelas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.02.2002

  • Como citar
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    • ABNT

      MICHELONE, Adriana de Paula Congro. Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia. 2002. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Michelone, A. de P. C. (2002). Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Michelone A de PC. Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia. 2002 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Michelone A de PC. Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia. 2002 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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