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Dinâmica paleoambiental da vegetação e clima durante o Quaternário tardio em domínios da mata Atlântica, brejo do semi-árido e cerrado nordestinos, utilizando isótopos do carbono da matéria orgânica do solo e das plantas (2002)

  • Autores:
  • Autor USP: RIBEIRO, ADAUTO DE SOUZA - CENA
  • Unidade: CENA
  • Assuntos: PALEOAMBIENTES; MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
  • Idioma: Português
  • Resumo: Estudos de reconstrução paleoambiental relativos à vegetação e clima vêm sendo desenvolvidos em várias regiões brasileiras através de dados palinológicos de sedimentos lacustres e isotópicos da matéria orgânica do solo (MOS), principalmente nas regiões Sul, Sudeste, Central e Norte do país. Os raros trabalhos desenvolvidos na região Nordeste baseiam-se principalmente em dados de pólens lacustres, aspecto que também motivou o desenvolvimento deste estudo da dinâmica de vegetação desde o Pleistoceno tardio, empregando os isótopos do carbono (13C, 14C) da MOS e das plantas, com inferências às variações climáticas. Os locais de estudo encontram-se nos domínios de mata Atlântica, caatinga e cerrado de Pernambuco e Maranhão. Foram amestrados solos e plantas para análises isotópicas de d13C , bem como efetuadas datações 14C da fração humina e de fragmentos de carvão soterrados nos solos. Em Pernambuco estudou-se uma transecção de aproximadamente 200 km no sentido Leste a Oeste, abrangendo o domínio de mata Atlântica, a mata de altitude na Serra dos Cavalos e a caatinga na Serra do Catimbau. Na região de Barreirinhas, Maranhão, no sentido Norte-Sul, estudou-se uma transecçâo de aproximadamente 80 km entre três fitofisionomias, de cerrado e matas mesófilas, bem como três pontos localizados em matas ao redor da Lagoa do Caçó, distante aproximadamente 11 km a sudoeste da transecção. A composição da floresta Atlântica remanescente e a mata de altitude do Brejodos Cavalos em Pernambuco apresentaram tendência de similaridade florística e estrutural. Os dados isotópicos (d13C) e a datação 14 C da fração humina e dos fragmentos de carvão indicaram que pelo menos desde 6.500 anos AP até o presente não houve troca de vegetação C3 para C4 nos locais estudados. Observou-se na mata Atlântica próxima a Tamandaré um enclave de cerrado que iniciou-se há pelo menos 1.300 anos AP, possivelmente devido à atividade antrópica A presença de fragmentos de carvão soterrados em várias profundidades no solo na região de Barreirinhas sugeriram a ocorrência de paleoincêndios durante todo o Holoceno. Os dados isotópicos (d13C) e as datações 14C dos fragmentos indicaram que aproximadamente de 15.000 a 9.000 anos AP, uma vegetação arbórea predominou em toda a transecção de 80 km do ecótono floresta-cerrado-restinga, provavelmente relacionado com a presença de um clima úmido. Entre aproximadamente 9.000 e 3.000 anos AP houve a expansão do cerrado, provavelmente devido à presença de clima seco. De 3.000 anos AP até o presente os dados de d13C dos solos apresentaram-se mais empobrecidos em vários pontos da transecção, que foram interpretados como uma expansão da floresta sobre o cerrado, devido ao retorno a um clima mais úmido e provavelmente similar ao atual. A dinâmica vegetacional observada na região de Barreirinhas desde aproximadamente 15.000 anos AP encontra-se em concordância com os resultados obtidos na região Amazônica, em estudospalinológicos de sedimentos lacustres e isotópicos da MOS. Tal dinâmica não foi observada na região de mata Atlântica em Pernambuco. Dados da estrutura, composição e fitossociologia da vegetação da transecção de 80 km, utilizados no estudo da dinâmica atual, não foram conclusivos com respeito ao avanço das matas sobre a vegetação de cerrado
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.06.2002

  • Como citar
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    • ABNT

      RIBEIRO, Adauto de Souza. Dinâmica paleoambiental da vegetação e clima durante o Quaternário tardio em domínios da mata Atlântica, brejo do semi-árido e cerrado nordestinos, utilizando isótopos do carbono da matéria orgânica do solo e das plantas. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. . Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Ribeiro, A. de S. (2002). Dinâmica paleoambiental da vegetação e clima durante o Quaternário tardio em domínios da mata Atlântica, brejo do semi-árido e cerrado nordestinos, utilizando isótopos do carbono da matéria orgânica do solo e das plantas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Piracicaba.
    • NLM

      Ribeiro A de S. Dinâmica paleoambiental da vegetação e clima durante o Quaternário tardio em domínios da mata Atlântica, brejo do semi-árido e cerrado nordestinos, utilizando isótopos do carbono da matéria orgânica do solo e das plantas. 2002 ;[citado 2024 abr. 20 ]
    • Vancouver

      Ribeiro A de S. Dinâmica paleoambiental da vegetação e clima durante o Quaternário tardio em domínios da mata Atlântica, brejo do semi-árido e cerrado nordestinos, utilizando isótopos do carbono da matéria orgânica do solo e das plantas. 2002 ;[citado 2024 abr. 20 ]

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