Análise comparativa de segmentos dos genes das proteínas C e NS1 e da junção E/NS1 de vírus dengue 1 e 2 isolados no Brasil entre 1996 e 2001 (2001)
- Autores:
- Autor USP: PIRES NETO, ROBERTO DA JUSTA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RCM
- Assunto: VÍRUS DA DENGUE
- Idioma: Português
- Resumo: Dengue, doença infecciosa humana transmitida por mosquito, é a mais importante arbovirose da atualidade. Predominando em regiões urbanas de países tropicais, a enfermidade acomete anualmente mais de 100 milhões de pessoas no mundo e é causada por vírus RNA classificado em quatro sorotipos. Cada sorotipo, por sua vez, apresenta determinados padrões de variabilidade genômica que permitem uma subclassificação em genótipos. A introdução de novos sorotipos ou genótipos de um sorotipo em determinada região ou país tem sido relacionada com o aparecimento de formas mais graves da doença. Este fenômeno ainda não está totalmente compreendido, mas algumas evidências apontam para mutações genômicas evolutivas como responsáveis por alterações na virulência. Com o intuito de avaliar a variabilidade genômica de vírus dengue e investigar a introdução de novos genótipos no Brasil nos últimos cinco anos, o presente estudo analisou vinte e nove amostras de vírus dengue, dezessete do sorotipo 1 e doze do sorotipo 2, isolados no Brasil entre os anos de 1996 a 2001 em vários estados das quatro regiões de maior endemicidade da doença. Utilizando técnicas de biologia molecular, obteve-se a seqüência nucleotídica de segmentos dos genes de vírus dengue responsáveis pela codificação das proteínas do capsídeo e não-estrutural 1 e da região de junção E/NS 1. Mutações genômicas evolutivas foram observadas nas três regiões genômicas. A região de 147 nucleotídeos do gene da proteínado capsídio apresentou pequena taxa de mutações evolutivas. Por outro lado, a região de 419 nucleotídeos relacionada a proteína não-estrutural 1 apresentou taxa maior de mutações evolutivas, além de reversões. Em relação à região de junção E/NS1, classicamente utilizada para definição de genótipos e estudo filogenético, sua análise revelou que não houve introdução de novos genótipos de vírus dengue no Brasil nos últimos anos. ) Para o sorotipo 1, o genótipo circulante continua sendo o América/Caribe e, para o sorotipo 2, o genótipo continua sendo o Jamaica. Os resultados aqui apresentados representam a maior e mais abrangente análise da variabilidade genômica de vírus dengue circulantes no Brasil. A ocorrência de número cada vez maior de casos de febre hemorrágica em nosso país nos últimos anos parece não estar associada à introdução de novos genótipos. Um monitoramento contínuo se faz necessário haja vista que a detecção precoce da introdução de novos sorotipos e/ou genótipos possibilita a tomada de medidas adequadas visando reduzir o impacto, em termos de saúde pública, causado pela ocorrência de epidemias com casos de febre hemorrágica
- Imprenta:
- Local: Ribeirão Preto
- Data de publicação: 2001
- Data da defesa: 31.10.2001
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ABNT
PIRES NETO, Roberto da Justa. Análise comparativa de segmentos dos genes das proteínas C e NS1 e da junção E/NS1 de vírus dengue 1 e 2 isolados no Brasil entre 1996 e 2001. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 18 set. 2024. -
APA
Pires Neto, R. da J. (2001). Análise comparativa de segmentos dos genes das proteínas C e NS1 e da junção E/NS1 de vírus dengue 1 e 2 isolados no Brasil entre 1996 e 2001 (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Pires Neto R da J. Análise comparativa de segmentos dos genes das proteínas C e NS1 e da junção E/NS1 de vírus dengue 1 e 2 isolados no Brasil entre 1996 e 2001. 2001 ;[citado 2024 set. 18 ] -
Vancouver
Pires Neto R da J. Análise comparativa de segmentos dos genes das proteínas C e NS1 e da junção E/NS1 de vírus dengue 1 e 2 isolados no Brasil entre 1996 e 2001. 2001 ;[citado 2024 set. 18 ]
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