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Telecomunicações no Brasil e em Santa Catarina: operadoras e fabricantes de equipamentos (2002)

  • Autores:
  • Autor USP: VIEIRA, SHEILA - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLG
  • Assunto: TELECOMUNICAÇÕES
  • Idioma: Português
  • Resumo: A revolução tecnológica no setor de telecomunicações e sua aproximação com a informática permitiam, nos anos 60 e 70, às nações sem tradição tecnológica e sob certas condições, ocupar uma posição relevante frente aos países desenvolvidos, até então dominantes neste segmento industrial. Desta forma, o Brasil, mediante a adoção de planejamento pelo Governo Militar, estatizou este setor na década de 60 e realizou uma política industrial de nacionalização da produção de equipamentos, com a conseqüente capacitação tecnológica nacional, desenvolvida no CPqD. A Telebrás (1972) ditou a política do setor para a implantação das indústrias de equipamentos e componentes de telecomunicações, controladas por capitais nacionais. Seu poder de compra de monopólio estatal interveio no mercado restringindo o número de concorrentes e reservando segmentos de mercado para cada fornecedor, seguindo os modelos japonês (NTT) e norte-americano (Departamento de Defesa). O CPqD, trabalhando nas áreas de transição tecnológica, em setores inexplorados e não consolidados nos países desenvolvidos, colocou o Brasil junto aos poucos produtores mundiais de fibras ópticas em 1979, ocorrendo o mesmo com sua central de grande porte temporal, Trópico RA, nos anos 90. Consoante à política da Telebrás, as empresas-pólo igualmente fizeram nascer fornecedoras locais para abastecer seu mercado, como no caso da Telesc, que deu origem a pequenos fabricantes que lançaram no mercado nacional produtos esistemas inéditos, com projeção internacional, como a Dígitro e a Intelbrás. A partir de 1980, o Fundo Nacional de Telecomunicações e os ) superávits das subsidiárias mais rentáveis do sistema, passaram a ser confiscados para pagamento da dívida do Estado, acarretando cortes de investimentos que, somados ao aviltamento das tarifas, descapitalizaram a Telebrás, tornando-a vulnerável aos ataques das correntes privatistas nacional e internacional. Apesar da recuperação do ritmo dos investimentos do Sistema Telebrás, nos anos 90, possibilitado por políticas mais flexíveis com relação à obtenção de financiamento, e de parcerias com a iniciativa privada nas ampliações de rede, o Sistema Telebrás foi vendido para conglomerados internacionais que partilham o mercado mundial neste setor, trazendo consigo o suprimento de equipamentos garantido pelas fornecedoras estrangeiras, em detrimento da produção nacional
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.04.2002

  • Como citar
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    • ABNT

      VIEIRA, Sheila. Telecomunicações no Brasil e em Santa Catarina: operadoras e fabricantes de equipamentos. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Vieira, S. (2002). Telecomunicações no Brasil e em Santa Catarina: operadoras e fabricantes de equipamentos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Vieira S. Telecomunicações no Brasil e em Santa Catarina: operadoras e fabricantes de equipamentos. 2002 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Vieira S. Telecomunicações no Brasil e em Santa Catarina: operadoras e fabricantes de equipamentos. 2002 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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