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Syagrus coronata (Martius) Beccari e Syagrus Vagans (Bondar) Hawkes: palmeiras economicamente importantes na caatinga baiana (2001)

  • Autores:
  • Autor USP: CREPALDI, IARA CÂNDIDO - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIB
  • Assunto: PALMEIRAS
  • Idioma: Português
  • Resumo: Licuri (Syagrus coronata) e licurioba (S. vagans), duas espécies de palmeiras do semi-árido baiano, emitem uma folha por mês ao longo do ano. A produção de folhas não é comprometida pela exploração extrativista. As inflorescências de liburioba são menores que as de licuri, ambas levando cerca de dois meses para se formarem. As flores femininas são basais e as masculinas apicais, tendo licurioba uma proporção maior de flores masculinas. A floração em licuri é intensa e extensa, caracterizando-se como espécie policárpica; em lucurioba, o florescimento dura três meses. Embora simpátricas e congenéricas, licurioba frutifica mal na área de estudo, ou apresenta frutos partenocárpicos. Nas duas espécies, os frutos amadurecem em um período de dois meses. Syagrus coronata e S. vagans (licuri e licurioba, respectivamente) pertencem à maior subfamília de Arecaceae, as Arecoideae. Licuri é o nome popular mais comum de S. coronata, embora outras denominações existam, gerando confusão com outras espécies da família. Ambas são importantes para a subsistência no sertão baianao. O município de Itatim tem economia voltada para artefatos oriundos de folhas de palmeiras, principalmente chapéus. Essa dependência é tão forte, que gerou toda uma estrutura sócio-econômica em torno desse produto. No município de Mairi, o comércio é mais voltado para a venda de amêndoas para a produção de óleo. Ambas as atividades ocupam a mão-de-obra de mulheres e crianças e sustentam a economiada região, principalmente nos )períodos de seca. A palmeira Syagrus coronata, lucuri, nativa do sertão baiano, é importante fonte de alimento para as pessoas e animais domésticos da região: sua amêndoa pode ser substituta do milho para a alimentação das aves. A composição nutricional mostrou que o fruto é bastante calórico. Os principais constituintes das amêndoas são lipídeos e proteínas; na polpa, o 'beta'-caroteno é quase que o único constituinte. Discute-se a utilização dos frutos para complemento vitaminíco de escolares da área rural da caatinga baiana. O licuri (Syagrus coronata (Martius) Beccari) é importante oleaginosa no sertão da Bahia. O óleo obtido da amêndoa tem finalidade tanto culinária como atende a indústrias de sabão do recôncovo baiano. A extração do óleo nos moldes da realizada pelo sertanejo, fornece rendimento de 12,0-25,0 porcento e a extração laboratorial atinge teores de 49,2-63,0 porcento. A polpa não tem óleo em quantidades tão expressivas. Na amêndoa, o ácido graxo predominante é o láurico, justificando a aplicabilidade do óleo na indústria. Um teor relativamente alto de ácido oleico, sugere que o óleo é útil também para a alimentação humana. Determinaram-se os teores de ceras foliaraes epicuticulares de duas espécies nativas de Syagrus do semi-árido da Bahia, conhecidas popularmente por licuri (S.coronata (Martius) Beccari) e licurioba (S. vagans (Bondar) Hawkes). As folhas de licuri apresentaram-se bem mais ricasem ceras, com teores próximos a 1300'mü'g.cm 'POT.-1', que as de licurioba, com teores próximos a 260'mü'g.cm 'POT.-1'. Diferenças significativas nos teores de ceras entre duas populações de licuri, mas não de licurioba, foram observadas. A cera de licuri apresenta elevado ponto de fusão, em torno de '75 GRAUS' Celsius, enquanto licurioba tem ponto de fusão em torno de '65 GRAUS' Celsius. Os ésteres são os principais constituintes da cera do licuri, n-Alcanos são importantes ) constituintes de ambas as ceras, que contêm, também 6-8 porcento de triterpenóides derivados de lupeol. Teores maiores de alcanos e menores de ésteres são as principais caracter´siticas distintivas da cera epicuticular de licurioba em relação à de licuri. Consumidas pelo gado como forragem, as folhas das duas espécies apresentam mais de 70 porcento de fibras alimentares (com base no peso seco), sendo aproximadamente 2 porcento correspondentes a fibras solúveis. Syagrus coronata (Martius) Beccari, o licuri, é sustentáculo da economia no sertão da Bahia, mas vem sendo sobre-explorada localmente. As sementes dependem da chuva para germinar e a taxa de sobrevivência das plântulas é pequena em função do pisoteio pelo gado. Experimentos conduzidos indicaram que sementes com idade zero apresentam os melhores valores médios da taxa de germinação. Nessa idade, tratamentos de embebição por 24 e 48 horas e fervura por 5 minutos redundam nas maiores taxas de germinação. A escassez de plântulasjovens indica o efeito de perturbações ambientais na região
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.11.2001

  • Como citar
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    • ABNT

      CREPALDI, Iara Cândido. Syagrus coronata (Martius) Beccari e Syagrus Vagans (Bondar) Hawkes: palmeiras economicamente importantes na caatinga baiana. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Crepaldi, I. C. (2001). Syagrus coronata (Martius) Beccari e Syagrus Vagans (Bondar) Hawkes: palmeiras economicamente importantes na caatinga baiana (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Crepaldi IC. Syagrus coronata (Martius) Beccari e Syagrus Vagans (Bondar) Hawkes: palmeiras economicamente importantes na caatinga baiana. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Crepaldi IC. Syagrus coronata (Martius) Beccari e Syagrus Vagans (Bondar) Hawkes: palmeiras economicamente importantes na caatinga baiana. 2001 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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