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Modelo experimental de isquemia crônica de extremidade em ratos. Avaliação dos efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica (2001)

  • Authors:
  • Autor USP: SOUZA, ANTONIO CARLOS DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Subjects: ISQUEMIA (EFEITOS DE DROGAS); ALCALOIDES (EFEITOS); CLÍNICA CIRÚRGICA
  • Language: Português
  • Abstract: A restrição progressiva da perfusão das extremidades, associada ao aumento da demanda metabólica provocada pelo exercício, leva à dor após o seu início, resultando em claudicação intermitente (CI). Apesar da existência da dor, existem evidências de que a limitação no desempenho muscular não seja devida somente a este fator, mas também à disfunção neuromuscular. É inegável o avanço ocorrido no arsenal terapêutico da isquemia de extremidades nos últimos anos, principalmente com relação aos procedimentos endovasculares. Apesar disto, a abordagem terapêutica não invasiva (por exemplo a farmacológica) permanece em ascensão, mormente para atender aqueles pacientes com isquemia que continuam apresentando limitações no estilo de vida. Ainda poderiam ser beneficiados pelo tratamento farmacológico os pacientes com comorbidades capazes de aumentar o risco dos procedimentos cirúrgicos àqueles que não desejam submeter-se a tratamentos intervencionistas. Não há modelos experimentais que utilizam parâmetros objetivos, quantitativos e automatizados que permitam a avaliação tanto da incapacitação quanto da eficácia de novas propostas terapêuticas para os portadores de CI. O objetivo deste estudo é o de desenvolver um método de análise quantitativo que permita detectar e avaliar a incapacitação de ratos submetidos à isquemia da pata posterior a testá-lo, após a administração de sulfato de morfina intraperitonial (i.p) a estes animais. Os experimentos foram feitos em duas etapas. Naprimeira etapa, 12 animais foram divididos em dois grupos: o grupo isquêmico (n=6), submetidos à ligadura da artéria ilíaca comum esquerda (GI) e o grupo (n=6) não isquêmico (GNI), nos quais procedeu-se apenas à simulação do procedimento de ligadura arterial. Seis semanas após a indução da isquemia, na primeira fase, os animais foram submetidos a teste de impressão plantar (completa a incompleta) durante deambulação sobre papel absovente a teste ) algesimétrico mecânico. Utilizando-se esteira rolante computadorizada foram quantificados o número de contatos (NC), a duração total dos contatos (DTC) e o índice de incapacitação da pata esquerda (IIPE). Na segunda fase do estudo foram testados os efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica Os animais foram divididos em 4 sub-grupos: GI MOR (n=6), com isquemia crônica da pata esquerda, tratados com sulfato de morfina (3 mg.'kg POT. -', .p); GI SAL (n=6) com isquemia crônica tratados com salina 0,9%, i.p; GNI MOR (n=6) sem isquemia crônica da pata esquerda, tratados com sulfato de morfina (3 mg.'kg POT. -1' Lp); GNI SAL (n=6) sem isquemia crônica, tratados com salina 0,9%, i.p. A análise da marcha dos animais na primeira fase demonstra que o número de impressões plantares completas da pata direita do GI é maior que os da pata isquêmica (p=0,002). Apesar da não detecção da hiperalgesia plantar, que justifique a assimetria da marcha. O NC da pata esquerda do GI é menor tanto em relação a patadireita quanto aos animais do GNI (p=0,001). O IIPE é menor nos animais com isquemia da pata que nos controies (p=0,001). Segunda etapa dos experimentos: no GI MOR nota-se a redução no NC do lado isquêmico, quando comparado ao GI SAL (p=0,001). Entretanto, quando se compara a pata direita com a pata esquerda ainda permanece a incapacitação (p=0,016). O IIPE é menor no GI MOR que no GI SAL. Não há diferença na DTC da pata esquerda nos GI (s), tratados com morfina a salina (p=0,11). Conclui-se que o modelo proposto pode ser utilizado para quantificar variáveis da marcha de ratos com incapacitação isquêmica por sua facilidade de emprego a reprodutibilidade dos resultados. A morfina apenas atenua a incapacitação demonstrando que a dor pode corresponder apenas um dos componentes da claudicação intermitente
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.08.2001

  • How to cite
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    • ABNT

      SOUZA, Antônio Carlos de. Modelo experimental de isquemia crônica de extremidade em ratos. Avaliação dos efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Souza, A. C. de. (2001). Modelo experimental de isquemia crônica de extremidade em ratos. Avaliação dos efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Souza AC de. Modelo experimental de isquemia crônica de extremidade em ratos. Avaliação dos efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica. 2001 ;[citado 2024 abr. 20 ]
    • Vancouver

      Souza AC de. Modelo experimental de isquemia crônica de extremidade em ratos. Avaliação dos efeitos do sulfato de morfina na incapacitação isquêmica. 2001 ;[citado 2024 abr. 20 ]

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