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Trauma pediátrico: aspectos epidemiológicos e análise de resultados em um hospital brasileiro de nível terciário (2001)

  • Autores:
  • Autor USP: STRACIERI, LUIS DONIZETI DA SILVA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCO
  • Assunto: TRAUMATOLOGIA
  • Idioma: Português
  • Resumo: O trauma é a principal causa de morte entre um e 14 anos de vida, sendo responsável por cerca de 50% delas. Hoje, não mais se admite o conceito de que ele seja produto do acaso. Portanto, um número crescente de estudos tem abordado a prevenção, o atendimento e a reabilitação da criança traumatizada. Um aspecto fundamental tem sido a utilização dos escores de trauma que propicia a comparação entre instituições diferentes e a mesma instituição em periodos diferentes. Os objetivos deste estudo foram analisar a epidemiologia e os resultados do trauma pediátrico na nossa instituição. A análise retrospectiva de 1845 crianças com idade de 0 a 14 anos foi realizada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto de janeiro de 1997 a dezembro de 1998. Do total de pacientes 1236 (66,99%) eram do gênero masculino e 609 (33,01%) do gênero feminino, com uma razão de 2,03:1. A média de idade foi ale 6,96 '+ OU - ' 3,89 anos. O traumatismo contuso ocorreu em 1835 pacientes (99,51%) e trauma penetrante em apenas 9 pacientes (0,49%). Os mecanismos de lesão mais comuns foram as quedas (50,51%), seguidos dos acidentes de trânsito (41,59%), das queimaduras (6,94%), dos ferimentos penetrantes (0,48%) e outros (0,54%). A taxa de mortalidade foi de 0,6% (11 pacientes). Dos 11 mortos, 10 faleceram em conseqüência de acidentes de trânsito. Houve apenas um óbito em decorrência de queda. O traumatismo craniano ocasionou 81,82% dos óbitos (9 pacientes) e o trauma hepático foi o responsávelpelas outras duas mortes (18,18%). Em relação ao T-RTS, observou-se que apenas 40 pacientes (2,17%) apresentaram resultados inferiores a 11. A media do RTS foi de 7,7982 (extremos: 0 e 7,8408: mediana = 7,8408). O ISS médio foi de 2,9057 e a mediana de 1, com variação de 0 a 75. A comparação da população em estudo com aquela do MTOS, através do emprego do TRISS e da estatística Z ) não demonstrou diferença significativa (Z<1,96) (p<0,05). Isto se traduz em semelhança na qualidade de atendimento entre as duas populações comparadas. Apesar dos resultados deste estudo indicarem bom nível de atendimento, o tratamento do traumatizado no nosso meio ainda requer mudanças. Estas devem começar pela prevenção, as quais ainda são quase inexistentes. Além disso, equipes de resgate e atendimento pré-hospitalar devem ser organizadas, propiciando atendimento de qualidade e regionalizado. E por fim, há de ser revisto o atendimento hospitalar em todos os sentidos, com implantação de programas de qualidade de segurança, de reciclagem, pesquisas clínicas através de informação de um banco de dados completo. Todas estas mudanças teriam a finalidade única de promover melhora continua nos resultados do atendimento à vítima do trauma pediátrico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.04.2001

  • Como citar
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    • ABNT

      STRACIERI, Luiz Donizeti da Silva. Trauma pediátrico: aspectos epidemiológicos e análise de resultados em um hospital brasileiro de nível terciário. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 14 maio 2024.
    • APA

      Stracieri, L. D. da S. (2001). Trauma pediátrico: aspectos epidemiológicos e análise de resultados em um hospital brasileiro de nível terciário (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Stracieri LD da S. Trauma pediátrico: aspectos epidemiológicos e análise de resultados em um hospital brasileiro de nível terciário. 2001 ;[citado 2024 maio 14 ]
    • Vancouver

      Stracieri LD da S. Trauma pediátrico: aspectos epidemiológicos e análise de resultados em um hospital brasileiro de nível terciário. 2001 ;[citado 2024 maio 14 ]


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